sexta-feira, 25 de abril de 2008

O que sonham as borboletas?

Hoje me deu uma saudade dos dias frios e chuvosos que eu tinha na minha infância. Época em que ficava assistindo desenhos o dia inteiro, enrolado em um cobertor esperando o chazinho quente com biscoitos que minha Vózinha traria. Sem preocupações nem responsabilidades, apenas conforto, amor e felicidade.
Viver não era problema porque não existia passado ou futuro, somente o presente. Em que aproveitava para viver, de forma realmente intensa, os detalhes de cada momento. Fosse nas viagens para praia, como sentindo o cheirinho do misto quente já frio em minha lancheirinha do maternal.
Tudo parecia mais gostoso, mais simples e verdadeiro, pois as dúvidas eram passageiras e não dependiam de esperanças, nem da realidade. Se alguma incerteza persistisse, bastava expelir algumas lágrimas e logo um cafuné acalmaria meus tormentos.
Do que mais gostava e faz mais falta, não é o frio, e sim o fato de nunca me sentir sozinho. Família parecia algo para vida toda, como os amigos e os namoricos também. Não existia uma consciência de que o mundo, da mesma forma que todas as coisas, chegariam a um fim. Nisso inventaram a morte, os problemas, a distância, o esquecimento, a solidão, a responsabilidade e tantas coisas mais, que me deixam uma dúvida: Quem é mais sábio e vive melhor, o adulto ou a criança?
Pena não estar frio o bastante, queria tanto uma desculpa para pedir um abraço morno, manhoso e gostoso. Poder ser embalado por braços que me protejam e se fundam com os meus. Quero sentir no peito a alegria que apenas uma criança pode entender, quando ao deitar-se no travesseiro fecha os olhos, conclui sua vida e iniciar outra, sempre mais nova, e melhor e mais bela ao amanhecer.

2 comentários:

Anônimo disse...

vamos buscar essa sensaçao lah em votu.
a tua tah lah,
a minha eu nao sei.


bjooo

Anônimo disse...

Tentar não custa nda,
mas não é em Votu
nem em lugar algum que vou encontrar essas coisas... elas são irrecuperáveis. A unica coisa a fazer, é tentar conseguir algo tão bom quanto. Mas algo novo e diferente, algo para turista guardar em fotografias...
Ai escrevi muito.
Alterego