sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Desafio

O que fazer quando tudo o que desejamos já foi alcançado, e mesmo assim insatisfatório?
Não adiantaria repetir, nem poderia caso desejasse.
As lágrimas fogem de abraços sonolentos, beijos solitários, masturbações esquizofrênicas.
Não quero que ninguém compreenda o que aqui escrevo, escrevo para esvaziar essa tímida tristeza.
Estou aprisionado em um saudosismo, confuso pelos indícios do passado.
Repetidamente não-namorados mostrando-se melhores do que qualquer namorante, amante ou amigo. Ironia do destino ou não eles são inatingíveis, inesgotáveis, no entanto, duram pouco e somem como poeira.
Eles se tornam um pedaço de nós e nos arrancam duas vezes mais essa parte quando vão embora.
Daí dói, dói... e nunca mais para de doer. Já faz mais de cinco anos entre acúmulos e frustrações me cansando sucessivamente de cansar.
Se ao menos isso me ajudasse no mundo dos jogos. Que falta de sorte é essa que me consome e lá vou eu chupar sorvete sozinho, de novo?
O tempo corre, mais uma vez desperto o dragão de pedra e gelo que fará de mim um insensível ninfomaníaco cínico.
Tudo o que queria era um olhar no fundo dos meus, iluminado pelo brilho do gostar. Veias nos braços trocando os corpos, satisfazendo o isolamento.
Cansei de ver a cumplicidade em fuga,
casamentos desmanchados,
sonhos destruídos,
realidades transformadas em ilusão.
Cansei de me perder nos meus desejos.
Devo estar gritando muito baixo, há tanto tempo perguntando por você: onde está, aonde foi, que até hoje não me encontrou?
Quando é que o mundo me oferecerá uma arma para lutar contra a única coisa que me dá medo: a solidão.
Dessa forma vou prosseguir, me apaixonando pelos errados e vendo os certos escaparem por entre dedos...
Por favor, me encontre!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Meu nome não é "Mariel"!

Queria poder pensar delicadamente em palavras às quais tirariam meu fôlego, denunciando assim a felicidade timidamente escondida atrás de lágrimas preguiçosas em meu rosto. Lágrimas teimosas que não sabem agir para o bem ou para o mau, elas ficam paradas sem me dar descanso.
Sinto-me rotineiramente entalado, entalado por lágrimas, por sorrisos, por abraços, por apertos no coração, por vaidade, teimosia e inexperiência.
Não procuro respostas, não procuro perguntas, simplesmente desejo um sentido, mesmo que ele seja dês-norteador, só quero poder me sentir bem por estar vivo. Bem, não pelos outros, mas para mim mesmo. Deixando de me sentir fracassado errando mesmo antes de tentar.
Riscando meu corpo, meu rosto antes mesmo de deixar alguém me gostar.
Fechando-me, trancado, jogando fora a chave e esquecendo onde fui deixado órfão sem sangue ou companhia.
Entretanto, não entendo por que estou reclamando se essas escolhas são minhas. Por que é que eu sempre escolho andar sozinho pelas ruas, estabelecimentos, residências? Meu pequeno ensaio sobre a cegueira.
Por mais que as escolhas sejam minhas elas também me superam e se tornam algo além. Cresce tanto que não sei mais controlar. Porém não desejo ser levado pela correnteza fluída e incerta desse tipo de vida.
Não gosto de rotina, mas gosto ainda menos de me perder. Sou sempre assim, não é?
Sou sempre o mesmo melodramático – passional – excêntrico – destrutivo (quase emo).
Sempre contraditório, complicado e quem sabe “bobo” (dizem que isso é bom, mesmo quando utilizam outras palavras para dizer-lo).
Continuo em dúvida sobre mim e sobre tudo. Duvidando em mentir para mim mesmo, adormecendo minhas tragédias; vendo o mundo em cor-de-rosa. Vivendo ainda num mundo em que a música “dancing queen” é melhor que o próprio viver.
Cadê a minha história, a minha cúmplice em enrascadas, desventuras e toda sorte em sortilégios para aquilo que gostaria de chamar... ?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Somente Saudade

Estou exausto. Já tem um tempo que eu não durmo, pouco como e, menos ainda, faço algo direito.
Não sei muito sobre certo ou errado, sobre mim ou os outros, sorte ou azar. Sei que meus trabalhos não estão prontos, meus desejos irrealizáveis, minhas vontades ampliadas.
Como sempre eu continuo trilhando meu caminho errante enquanto faço boas cagadas (Boa no sentido de bom).
Raras vezes acontece algo como ontem, e eu deixo de ser um conceito vago no universo tal qual a palavra "liberdade", para me libertar de mim mesmo.
Eu tanto falo, mas pouco conto...
Eu tanto apalpo , mas pouco faço...
Eu tanto sonho, mas pouco durmo...
E assim brinco de gostar dessa inocência que carameliza e mascara minhas dúvidas e timidez. Vejam vocês, eu em "my own codes" falando de forma vaga sobre... ah, sei lá!
Melhor deixar quieto hoje estou muito cansado. Cansado talvez de não me amar, e quem sabe ainda mais cansado de ter uma vontade grande assim:
\___________________o___________________/
e mais um pouco em abraçar!!!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Reencontro

Tempo de incertezas, conflitos acerca das sensações versus racionalidades resultaram em desacato com meus princípios. Deste modo tempestuoso minha alma dormiu em uma consciência intelectual negando os princípios fundadores do que conclamaria o eu.
Nessa busca incessante por criticidade o niilismo marginalizou aquilo que estabiliza minha personalidade e ligeiramente controla o TOC. Estou falando do senso mágico, do mítico no qual consigo facilmente manipular enquanto me incluo e transformo-me.
Não digo que agora atingirei o equilíbrio sonhado por Gregos em relação às delicadezas da deusa ou nas brutalidades do deus. Nem mesmo assumirei que toda cosmologia conseguirá apreender as diversas mascaras nas quais os dias nascem e as luas dormem. Na qual o meu espírito tornou-se um buraco negro, uma amnésia doce e fugitiva.
Esse retorno funde meu todo com o alterego em poesia no saudosismo do universo hippie. Acordando assim a natureza adormecida em minhas veias ressuscitando a fonte do meu poder.
Existem muitos nomes para o que o destino e o acaso me configuraram. Me chamem de Mago Natural, Príncipe de Asgard, Oráculo dos Tolos, Médium, Pagão. Eremita, Sacerdote de Eros, Escravo de Krishna ou apenas Renan.
Aonde o real e o mágico se fundiram o reino metafísico sempre foi a principal ferramenta de transformação do mundo semiótico. É como eu obrigo a imaginação/real serem minhas aliadas no tear da existência.
Tudo o que escrevo não é uma romantização ou mesmo distorção, é como a mim o mundo se apresenta. Em cada pulsação, nas cores do arco-íris e no amor acorrentado eu abro os olhes e vejo esse instante.
Sempre bipolar, ambivalente, não significa que abandonarei meus vícios. O que tentei explicar aqui foi que reavivei as penas da fênix, quer dizer que reencontrei a coerência; desenterrei um sorriso; dei férias ao pessimismo sem desfazer minha amizade com ele...
Sou passional.
Sou excêntrico.
Sou instável] volátil [fluído.
Sou...
e para sempre serei inacabado em minha busca do um mais um igual a:
VOCÊ!

Continuação de: Alguma coisa igual a começo!

Vou continuar minha história mesmo que ninguém compreenda, pois ela corre em meus olhos de forma semelhante a um filme. Portanto, lá vamos nós...
Não tenho certeza, mas acho que dia três de fevereiro, todo atrevido e próximo a um sofá qualquer foi quando decidi nadar mais rápido cansando todos meus fluídos até atingir a redoma matriarcal.
Deflorada a inocência, a juventude sussurrada em ares de mudança. Mudança dos tempos, o muro de Berlim que iria cair ao mesmo tempo em que uma barriga cresce, pessoas nascem, ou trás morrem... etc.
Assim começa minha aventura, em um coito mal interrompido estava minha mãe grávida do meu pai (mais obvio só com pleonasmos).
Por meses tive de resistir a investidas de um chá forte, sabor canela, na tentativa de uma jovem reaver sua menstruação. Quando finalmente chega a notícia de sua gravidez é um alvoroço, um escândalo. Como pode uma menina de quatorze anos estar grávida!
Logo se acerta. A família da jovem decide pegar na espada e decidir na esgrima: ou casa, ou cadeia. Das duas formas toda papelada acabaria indo parar no Fórum.
Foi dito e feito, meus pais casaram-se e um mês depois eu nasci. Entretanto as coisas não foram tão simples, eu ainda tive de me segurar enquanto mamãe matava aula, subia em muros, corria, caia de bicicleta, ia para a beira do rio, talvez tenha mais coisas eu nem consigo me lembrar agora, só sei que em todos os casos ela estava barriguda de sete meses.
No dia 27 de outubro de 1986 eu fiquei cansado da rotina e monólogos solitários, decidindo deste modo conhecer novos lugares. Me ajeitei e comecei a fazer pressão, assim que minha mãe entendeu o recado começou a brigar com o médico. Ela iria fazer cesárea, mas uma injeção rack ninguém aplicaria, se quisessem teriam de aplicar uma geral.
Não tendo saída e conforme minha impaciência aumentava, deram meia vacina anestésica de tamanho poder. Em geral foi o bastante para que um atrevido conseguisse retirar-me de uma preguiça puxando-me para fora.
“_Mas vejam só o médico parece que é japonês!”
Eu olhava para um lado, para outro. Quiseram que eu chorasse, chorei; Quiseram que eu mamasse, mamei; Quiseram tantas coisas e eu aceitei.
Ainda sim minha mãe conseguiu ficar com depressão pós-parto e eu nem tinha demonstrado minha personalidade.
Por quinze dias fiquei de um canto a outro conhecido por “Bebê”. O nome secreto que meus pais haviam escolhido era significado de mais e tiveram de trocar.
Graças a Deus (que ainda existe nesse momento) naquela época existia televisão e assim ao invés de ser conhecido como Vimael decidiram que eu seria Renan mesmo, mas não o do vôlei. Seria Renan Menezes Cardozo o de Paulo de Faria, sem mais ou menos.
Ah, sim! (Memória é uma coisa louca né. Nunca linear e completamente incontrolável, por isso conforme eu for escrevendo alguns fragmentos vão, outros virão e assim se o Alzheimer me pegar um pedacinho de mim estará por ai sonhado em histórias).Então conforme ia escrevendo, tinha esquecido de registrar que eu nasci entre 10 e 11 horas da noite, ninguém sabe ao certo por causa do problema em relação ao horário de verão. O importante é que em ambos horários eu permaneço sendo de Escorpião com ascendente em Gêmeos.

Bussola & Roleta-Russa

Sou mesmo um péssimo acadêmico, eu nunca sei nada. Nunca sei se estou deixando que minha racionalidade esteja sendo tomada por um mundo mágico ou mítico, ou mesmo que o inverso ocorra. Minha escrita é conhecidamente péssima, tal qual minhas formas de expressão. Não produzo textos lineares, muitas vezes eles não são coerentes, coesos ou accessíveis.
Parece que meu mundo gira, gira e eu sou o mais tonto do universo. Mesmo movimento que produz uma angustia ofensiva da qual procuro me defender com uma personalidade instável.
Personalidade essa arrogante, individualista e mais alguma coisa qualquer*. No fundo são palavras tentando denunciar meu mundo particular. Mas como elas podem ser tão ousadas se o mundo quando se torna palavra não é mundo, e ser o mundo sem ser palavra (conceito ou dígito) não pode ser raciocinado, visto e qualquer* outra coisa ligada aos sentidos. [Veja só a repetição. É como sinto a rotina fabril-orgânica-metafísica na qual nós, alguma coisa parecido com a palavra: sobrevivemos].
Em meio a esse samba surgem outras categorias como: perspectivismo (existiriam diversos olhares, sistemas culturais dos quais não podemos julgar o nosso ou o do outro superior. São lógicas distintas onde não cabe os juízos de valores, mas sim um dialogo com o diverso, o plural e mesmo o diferente); a loucura (alguém desajustado, desencaixado em certos padrões culturais em que a realidade é percebida de outra forma); fanatismo (visão persistente e absoluta de algo que se torna à verdade suprema “única”, alegoricamente traduzido por Deus); e por fim, o niilismo vulgar (nada nesse ou em qualquer* papo importa, vamos abandonar isso e ponto).
Tantas coisas, tantas ferramentas e desdobramentos humanos com finalidades únicas na estimulação de uma imaginação que manipula o mundo. Sendo dessa forma que um argumento de errado pode ser correto, de irracional, racional. Talvez meu não saber nada, completamente arrogante/individualista seja aquela coisa do só sei que nada sei e por isso mesmo já sei tudo.
Distorção, manipulação, poder, metafísica, semiótica, blá, blá, blá tão grande e chato que não vale a pena gastar mais impulsos elétricos. Em meio a tantas possibilidades do infinito será que alguém pode me dizer o que fazer?
Se eu posso tudo, não sei por que não faço nada. Por que não consigo escolher, direcionar minha vida sempre fluida, incerta, instável?
Em que quadradinho do lego a nossa magnífica “psicologia” me enquadraria para tirar-me da correnteza do mundo, sem porto seguro ou uma terceira, quarta, quinta margem qualquer* de rio.
Os riscos são grandes, a angústia, melancolia, depressão são os novos demônios sociais combatidos e eu nem sei escolher entre o que Eu consideraria melhor: Ser feliz, me enquadrar em algo seja lá onde essa ancora descida cair. Ou deveria seguir sempre como o vento por caminhos não caminhos, seguindo e seguindo... Ou “BUM” explodir tudo e concluir com um ponto final sem o começo ou o fim?Vejam só em que confusão me enrosquei. Acreditem se quiser, mas tudo isso só pode ter um fundo comum no qual eu diria a mim mesmo: Vá procurar um namorado!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Cut Copy

This is where we walk today
For your birthday
Secrets that we held that day
Will be kept straight

All your friends have gone away
So let's celebrate
With holding hope open for the one
Making new way

[Chorus]

Lights and music
Are on my mind
Be my baby
One more time

Lights and music
Are on my mind
Be my baby
One more time

Fading will become of you
Seeing my face
Cold and crystal you can hide
But ur tears race

I'll be waiting by your time
Put ur dreams away
With holding hope, hoping for the one
Making new way

[Chorus]

Lights and music
Are on my mind
Be my baby
One more time

Lights and music
Are on my mind
Be my baby
One more time

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Alguma coisa igual a começo

Que esse texto comece tal qual Garcia Márquez, conseguindo apreender a essência do que compreenderíamos como humano ou homo-sapies. Somos seres familiares, sociales, sempre relacionais. A vida em isolamento provocaria nosso declínio. Somos seres dependentes da infância até a morte. Assim é que a família, a história, o tempo e tudo mais passam. Como um tornado, uma tempestade, as coisas são varridas e é assim que pretenderia explicitar os caminhos por onde Márquez passou, onde quero eu também passar.
Antes que essa tempestade descida desorganizar meus sistemas, reformular minha imaginação, re-colorir meu empírico, irei entintuar algumas memórias.
Não sei se as lembranças manterão alguma fidelidade, ou mesmo meus dedos preservarão a paciência do papel fixando o passado, reavivando meus batimentos quando ouvia o canto de querubins.
Talvez o começo que eu conseguirei tecer não seja institucional, mas certamente o é sentimental.
Nos mapas paternos uma família de passado turvo entre uma Vóneuza filha de descendentes italianos com muitos tios perdidos nesse caminho longo. Seu Domenico e Dona Maria, ancorados no Bexiga traçam o compasso desse esquadro.
No outro paralelo uma família de migrantes sertanejos no sentido baiano de deslocamento. Chegaram em Guarací, local onde a matriarca Etelvina ainda hoje detém o poder criador. Como a um templo, retornando a esse ponto comum a procura de origens jamais encontradas. Ali a família Cardoso se faz coerente e infelizmente lhes dou meu diferencial: eu nasci com um z.
Quimicamente essa mistura fermentou transferindo-se de um Paulo a outro (São Paulo até Paulo de Faria) os laços Diomar e Neuza. Um álbum que possui mais quatro figurinhas: Deise, Eduardo, Fernanda e Carina.
Irmãos característicos pelo desejo inocente de trabalho, sem ambição natural e grande poder nas palavras. Seu caráter homogêneo sintetiza o poder de uma personalidade fixa e esconde os medos de uma certeza também fixa.
Um pequeno caldo de algo que posiciona-se ao lado esquerdo de Libra. Claro que cada espírito possui mais e mais histórias, eu mesmo poderia presentificá-las em maiores detalhes, mas não o farei.
Vamos falar do lado direito dos ombros de Libra.
Família há muito tempo brasileira prefere definir-se por outra dualidade, Mineiros Menezes, Paulistas, Marques, Oliveiras e etc. Nesse caso o laço comum é outra forma de sertanejo. Caipira de lenha e pão-de-queijo atravessaram o rio grande que separa o estado, após muitas misturas: portugueses e índios, portugueses e portugueses... Na cidade dos Patos, Anastácio, filho de Lourdes e Michilim encontrou a supremacia nascida nas pontes.
A Vózinha, também conhecida por Dona Neném, Maria, Ambrósia, Moça da Farmácia do Postinho e blá, blá, blá, possui raízes firmes em Paulo de Faria. Tendo recebido dons tão caros ao espiritismo, uma médium natural pelos poderes de Peixes, curando com a mesma força de Jesus o Cristão. Amando mais que Deus o católico, transcendendo mais do que Allan Kardeck o espírita, comparo ela a Mel Strip no filme Casa dos Espíritos.
Minha bisavó, Bertolina a qual eu chamava de Vózona, transferiu esses dons, bem como as maldições. Algo que migrou, que eu saiba quatro gerações: bisavó, vó, mãe e futuramente eu. Nossos grandes potencias minados pela melancolia.
Enquanto isso o caipira toca dentro de nós a alegria e as lágrimas. Porém, sigamos com o toque do violão. Outro lado, outras histórias e novamente muitas folhas jogadas ao vento do mundo mágico já no passado.
Foi nesse caldo primordial do irreproduzível, do acidental que várias variáveis cruzaram caminhos em uma loteria cósmica gigantesca. Anunciando lentamente o momento no qual tentarei me introduzir de forma mais ativa nessa história longa, confusa e... Seria possível dizer verdadeira? Ah, sei lá! Vamos apenas seguir com as palavras e ver onde é que essa ventania poderá nos levar. Entretanto, agora eu vou dormir.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Só uma lágrima.

Estive pensando por que é que escrevo tanto? Não é por sobra de tempo, mas sim uma vontade compulsiva de mentir e dizer a verdade para mim mesmo. Entretanto a coisa mais importante é o fato da escrita me distrair, me fazendo sentir certo conforto. Parece que escrevendo eu não estou mais sozinho.
Quando falo em sozinho me refiro a um aperto físico, até mesmo porque eu sei que existem amigos, família e etc. O que falta é... [não interessa].
Literalmente minhas angústias nunca cessam, não há final para essa compulsão por melancolia. Tudo isso porque sinto a desilusão de um futuro frio...
Não adianta lutar, correr atrás, deixar a vida seguir e laia, laia. Foi assim que me tornei pessimista desses dias para cá. Estou caindo e o buraco parece mais fundo.
Antigamente uma mão me salvava, sendo também este um dos motivos dessa amnésia que me engole. Sem lembrar não sinto; Sem lembrar não perco; Sem lembrar não lamento e sem lembrar não preciso reconfortar minha baixa-estima comigo mesmo.Falta descobrir o que fiz de errado em não poder dormir mil anos. Ser envenenado por uma bruxa que inveje minha tristeza. Ta faltando mais conto porque fadas já têm de mais. Enquanto isso vou mordendo o dedo... e se quiserem eu também faço programa.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

The Royal?

Ouvir o som de algo que esfarelou-se, falas vazias em uma sala lotada. E lá vou eu de novo falar um pouco mais do mesmo, as mesmas reclamações/exclamações cotidianas. São sensações de isolamento perante a contemplação da minha vida em cor de rosa. Tendo reprimido aquele olhar realista e fantástico. No lugar disto, preferi morder lágrimas amarradas por tinta, caneta e livros.
Estudar, estudar, to cansado de tanto estudar e ser tão pouco. De tanto querer qualquer coisa e ser tão pouco.
Tudo;
Pouco.
Mesmo assim eu não penso em virar pozinho, nem pedrinha, adubo, enfeite ou livro didático pré-testes. Vai saber o que quer um excêntrico Tenenbaum: tristeza, drama, atenção, dinheiro, amor, ruína, suicídio, incesto, cigarros, segurança, família, um dedo de madeira, etc.
Uma pitada de desventuras e lápis preto dão um tom chique ao romance que tenho escrito.
Nascido sem planejamento ou fórmulas, fui crescendo. Sem vínculos as ruas foram me apresentando o diverso de forma livre e incomum.
Claro que traumas e desconcertos me foram presenteados. Quando achava que meu umbigo já estava lotado, descobri novos limites.
O ser família segue como um tornado cíclico e destrutivo. Forma, constrói ][ do mesmo modo que destrói círculos. Amigos passam, alguns grudam, outros machucam, entretanto no final nada fica. Nem eu, nem você.
No presente momento tento digerir esses caminhos por onde andei, tentando descobrir algo novo que me anime permita novas práticas vampirescas. Provavelmente é isso que me falta, sangue e boas dentadas.
Que bonitinho, até parece que estou dançando tango, bem agora quando começo a refletir sobre quais são ou não minhas perspectivas. A teoria que tem vencido é a de um individualismo cristão exagerado.
Exagerado é algo comum para alguém tão passional quanto eu. Mas enfim, como dizia, estou tão centrado numa radicalidade de individualidade que qualquer coisa não tem mais importância. Tudo não passa de um jogo de forças (ideologias) onde tudo seria imaginação/invenção.
A realidade ultrapassa a capacidade de compreensão do homem, quando apreendemos qualquer coisa isso já é uma pequena parcela do mundo traduzida em símbolos, significados e outras coisas sempre subjetivas. Nos basta manipular esse mundo metafísico segundo a sorte dos desejos camaleônicos que nos faz homens (humanos).
Ai, não quero falar mais sobre isso hoje, afinal de contas, não tem importância. E nada disso trará o Sr. Royal Tenenbaum de volta.
Flores para vocês meus amigos que há tantos dias não me dizem Oi!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Me-me-me...

Dorme em mim minha memória embebida por muito vinho, sangue e sentimento. Adoecendo mais do que meu corpo até atingir aquilo que chamaríamos vulgarmente de alma ou espírito.
O sopro de uma amnésia branca, azul, rosada (não consigo saber ao certo. Eu não me recordo) atacou minhas fotografias.
Minhas músicas, minhas palavras, meus sentimentos tudo esfarelou-se. Um pó satânico que corrói, corrompe e impregna as dimensões. Tudo está tão incerto, encoberto por algo sombrio, coisas as quais não consigo definir.
O que é medo? O que é a felicidade? O que é estar vivo?
Estou tão triste com essa magia... [Desanimo] [Alzheimer]
Estou tão petrificado com essa carência...
Estou tão perdido com toda urgência.
Em Pandora me inspirei para guardar quantos tesouros consiga, em cada pessoa que comigo esteja nos momentos de vida.
A maçã podre caída do paraíso a qual mordi e destruiu minhas fortalezas sexuais foram responsáveis também pelo seqüestro do deus Onírico e conseqüentemente o assassinato da Mnemosine.
Os lapsos já são a memória e a memória tornou-se pequenos fragmentos voando impacientemente, quando não, quando nunca, repousando poucas vezes no meu ombro.
Ao menos as lágrimas ficaram (des)significadas, os sorrisos transparentes, o ódio adocicado e o amor tornou-se “impar”. Coisas essas resultado dessa grande perda. Perda essa muito poderosa, assassina de mim, do eu, do alterego e qualquer outro morador.
Perda do metafísico e a insustentabilidade do empírico, do Padre Hume.
Não adianta trocar os óculos, tomar remédios, cantar Mari, dançar Ruana...Assim funciona meu espírito de elefante envolto na ejaculação farpada do TOC irmão, quase gêmeo da Depressão.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Cego não! De olho no dedo!!!!!!

Que felicidade poder imaginar que realmente o mundo vai explodir. Melhor ainda, será se eu agüentar esperar para ver tudo isso acontecer. Tão próximo tão doce o som da histeria que se aproxima muito semelhante ao som de uma Rave.
Como bom Camaleão, à lá “Mutantes” da Record, eu vou me sentindo e experimentando os fluxos de sensações sociais. Ressentindo em informar aos desavisados, porém, a sociedade como um todo é suicida.
Tentem visualizar isso: jovens que não se importam, e se se importam não possuem o controle necessário de uma coerência. Os velhos aguardam por punhais, correndo num fio de vida enquanto sugam e arranham mais o planeta.
Ambientalistas e outros istas tentam salvar alguma coisa, tentam preservar e não percebem como isso contribui para o bum final. Já os intelectuais continuam intelectuais, e os lideres ainda aguardam nossas ordens para finalmente apertar o botão vermelho.
Coitadinhos dos índios, não terão nem tempo para pedir a um deus qualquer que mande raios fortes o bastante para explodir as ilhas onde refugiam-se vaidades, egos e muitos cigarros.
O povo, os homens trazidos nas asas de Lúcifer, finalmente matarão seu Deus carnal. Concluiremos com a filosofia de Platão nos tornando espíritos, idéias ambulantes... Gostinho doce de limão azedo que enruga a cara, mas que de nada adianta porque o sabor permanece.
Por isso estudo; por isso danço; por isso bebo; por isso mato; por isso morro e por isso também que não amo. Vamos continuar mexendo pecinhas, brincando de viver e fazer coisas que os vivos fazem. Desde que para isso Tim Burton e os mortos continuem fazendo o que eles deveriam fazer.
Nessa postagem sim me sinto pessimista e não quero falar sobre, já está tudo fodido mesmo, portanto basta saber o que nos resta a fazer: fazer algo ou finalmente deixar de fazer qualquer coisa.Não sei se vou lembrar, entretanto teria como resumir tudo em uma fala do filme da Poullan: “O bobo quando o dedo aponta alguma coisa olha para o dedo”.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Meu desperdício

Após tanto tempo perturbado pela vida, em mil histórias vezes mil a serem narradas neste espaço, eu retornei.
Não estou muito animado em falar sobre o que passou nem discursos filosóficos ou as baboseiras cotidianas. Simplesmente quero digitar algumas palavras.
Esses dias em Paulo de Faria foram uma mistura de férias com desperdício. Aproveitei para me jogar e curtir um número muito reduzido de amigos. Sem bebidas, mas muitos tóxicos eu me engasguei com risadas e tropecei em novas ilusões. Tudo ao mesmo tempo em que meus trabalhos escolares coçavam e pioravam as frustrações.
Fiz milhares de coisas e mesmo assim não me sinto bem... Por mais risadas que tenha dado eu não consigo parar de sentir essas coisas:
Medo, preguiça, inutilidade, burrice aguda, frio, carência (principalmente de abraços), desanimo, pessimismo, tristeza, falsidade casual, necessidade destrutiva, vontade de fuga, sem apetite, dor de cabeça e coluna, ânsia de vômito, dor na bexiga e vários sangramentos nasais, solidão e insanidade... Podem dizer, “se mata logo, meu!”.
Sei lá, em que lua ou fase me encontro, pensar demais para mim nunca é um bom remédio. Parece que quanto mais chances a vida me dá, mais forte eu me torno em desperdiçá-las.
Ainda por cima poderiam me chamar de melo dramático ou qualquer excentricidade minha, entretanto, ilusório ou real não podem negar que ainda sim eu sinto!
Realmente eu me sinto mal quando fico assim incompleto e não pretendo me explicar, apenas acho que mais uma vez acabei falando em demasia o que não devia, para não falar nada.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Deixe de besteira Aleksandr Bruno!

Me sinto sempre como um ser de um não lugar. Não sei se isso remete a minha condição de antropólogo em estranhar constantemente tudo o que consigo dentro do rio em que me afogo. Tanto o rotineiro como o que chamaríamos de diferente, de outro, me são sempre coisas distantes.
Talvez seja um vício querer me encaixar em algum fluxo homogeneizador, em algum grupo integrador de personalidade. Acredito que esse não lugar, esse limbo carnal e ao mesmo tempo metafísico, seja o meu grupo. Onde estou sempre negando, tentando me diferenciar para escapar a fixação dentro de um conceito.
Assim inicio uma briga entre ego e outros egos... Por isso também é que meu alterego intervém em algumas explicações. Renan por Renan, meu nome também poderia ser Lucas Silva e Silva diretamente do Mundo da Lua.
Uma novidade nesse tabuleiro foi a chegada do niilismo, principalmente anticristão (parece até pleonasmo), mesmo sem ter lido Nietzsche. Essas teorias e formas de viver estão ligadas a respostas que decidi dar para a vida nas provocações que me foram impostas.
A dês-importância das coisas e futilização do mundo ligam-se a isso, em uma transição da modernidade para um campo incerto e fugidio chamado de “entre-lugar”. Não confundam “entre-lugar” com “não-lugar”, o primeiro diz respeito a algo híbrido que me constitui na prática, mas escapa quando tento apreendê-lo (é o campo do real). O segundo diz respeito a um espaço ideológico que aflige pensamentos ligados a sensações (é o virtual/realidade).
Por essa barca navega Hercules demonstrando o turbilhão de autonomia e afirmação numa forma de personalidade em construção (salve Jung, okê arô Oxossi é caçador). Seria o primeiro passo de um adentrar a intelectualidade e arrogância ignorante, somados a guinada da auto-reflexão e meta-crítica que sacodem minha alma.
É tão gostoso estar em um “mundo em descontrole”, sabendo que “tudo vá um dia a explodir” enquanto eu persisto na busca por interlocutores. Muitas vezes os encontrando para perdê-los logo em seguida por acaso de desventuras de um destino...
Estou agora pensado: Será que sou uma Cigarra? Não faço nada a vida inteira e quando inverno chega procura um otário para sugar.
Na verdade, eu me consideraria mais um camaleão em que mesclo-me em meio às situações e camuflo de acordo com o que absorvo feito um vampiro manipulando igual a Maligna.
Por falar nisso eu amo a Maligna (Evil-Lyn) do desenho “He-Man”: “Pelos poderes de Grayskull” já falei bobeiras de mais. Futilidades por hoje: “Já deu, né?”. Alterego = PS: Isso não é um pseudo-ensaio, nem uma descrição densa, nem terapia assistida. Talvez isso seja um pouco do vômito literário fálico de um inconsciente. O mais curioso nisso tudo é que os sonhos do Renan são mais coerentes do que o Renan sóbrio e consciente.
Depois dessa eu prefiro pedir licença maternidade e arrancar os meus cisos.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Não tinha nda p fazer!

What a beautiful morning
The best in life is free

What a beautiful morning
Believe me

What a mystery
Though the world's on fire
Yesterday's hard words is still in my head
I feel no despair
No regrets or sorrows
Cause this new day
Makes me dance on air

What a golden day

What a beautiful morning in my life
The best in life is free
I give it all away
And I wonder what more is to come
And this beautiful morning changed my mind
Believe me when I say
The shadows fading out

As the day grows bright
We are turning pages
And we write new chapters of our life
Some are strong and long
Others weak with sorrows
Keep the focus on the rising sun

What a golden day

What a beautiful morning in my life
The best in life is free
I give it all away
And I wonder what more is to come
And this beautiful morning changed my mind
Believe me when I say
Shadows fading out

Believe me - crows will always fly
Believe me - they are only birds
You have to
You have to let go and you will see things in a different light

What a beautiful morning
What a beautiful morning
Believe me

What a beautiful
What a beautiful morning...

Believe me

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Colcha de retalhos

Responder ou não as questões da nossa vida são questões efêmeras. Compreender o que é o tempo, os acidentes e as gargalhadas no fundo a própria história são uma invenção etérea e se desfaz. Seria igual a um tricô feito pela manha e desmanchado na noite densa.
Pois bem, eu comecei minha costura em 27 de outubro de 1986 por volta das 11:30. O horário de verão interfere um pouco nessas questões. De lá para cá ganhei, roubei e achei retalhos pela estrada. Cada um e cada qual somados a colcha que costuro.
Infância, adolescência e agora um sei lá o que, todo costuradinho. Quer dizer, as vezes uma linha enrosca, outra arrebenta, entretanto tudo faz parte da magia. Onde o olhar para colcha significa recordar.
Recordar e sentir, e depois saber porque vivo com vivo hoje. Uma mistura louca de mineirisses paulistana, de humildade e arrogância, de paixão e carência, de etcs e pontos finais.
De vez em quando minha mão cansa fazendo-me hibernar alguns meses. Mais tarde, descansado eu retorno com toda intensidade aos meus trabalhos. Nesse instante tem feito um pouco de frio e eu estou distante das pessoas que gostaria poder rever. Poderia aproveitar o tamanho de minha colcha para cobrir várias pessoas, conforme o frio aumente, cada um com as suas, poderíamos ampliar o conforto.
Esqueci minha bagagem além de estar com medo de passar frio. Assim mesmo eu vou continuar até chegar na Rússia.
Opa, um minutinho. Acabou a linha eu vou buscar mais...

“O tempo é um fio”
Henriqueta Lisboa

O tempo é um fio
bastante frágil
Um fio fino
que à toa escapa.

O tempo é um fio
Tecei! Tecei!
rendas de bilro
com gentileza.
Com mais empenho
façanhas espessas.
Malhas e redes
Com mais astúcia.

O tempo é um fio
que vale muito

Franças espessas
carregam frutos.
Malhas e redes
apanham peixes

O tempo é um fio
por entre os dedos
Escapa o fio,
perdeu-se o tempo.

Lá vai o tempo
como um farrapo
jogado à toa!

Mas ainda é tempo!

Soltai os potros
aos quatro ventos,
mandai os servos
de um pólo a outro,
vencei escarpas,
dormi nas moitas,
voltai com o tempo
que já se foi!

Campanha Cultural

Para: Amor,
um diálogo com a pluralidade.
Bem poderia eu ser sincero comigo mesmo e escrever como escreveria a um diário sem qualquer policiamento. Simplesmente deixaria fluir e traduzir o que da sociedade em mim penetrou e (re) significou-se. Até onde a culpa é externa ou interna a mim também não são coisas as quais saberia falar.
Uma das poucas possibilidades que se sustentam em minha imaginação limitada culturalmente foi preservar o diálogo. Muitos diriam que precisamos falar de racismo, de negros, de história e tantas coisas mais. Para mim tais questões não poderiam nem ter existido ou sido sonhadas. Assim sendo, elas não deveriam constituir um problema, pois não deveriam ter sido criadas por nenhum humano que possua relações éticas com a vida.
Entretanto se essa realidade se fez, sendo incomoda até hoje, além de gerar debates e novas significações é porque algumas tradições demoram a desaparecer e outras ainda mais para nascer. Mais do que questões éticas, morais, racionais, sociais/culturais essas questões não são naturais. São relações de poder dentro de um discurso.
Eu não apologizo nenhum dos lados, nem quem discrimina nem o oposto, seja ele qual for. Defendo a pluralidade de perspectivas e a liberdade de pensamentos desde que duas condições mínimas estejam preservadas: a do humano e a preservação do diálogo sincero entre diferença, o igual e o simétrico.
Infelizmente, na minha opinião, a maior conquista dos “negros” foi descobrir o drama do poder. E o pior exemplo dos “brancos” foi iniciar essa relação desumana de como submeter através do poder, sem que nenhuma das partes percebesse qual a chave dessa discussão: (ainda é segredo). Deixemos mais uma vez que a realidade entre em choque contra ideologias de modo que algum dia finalmente a palavra amor deixe de ter uma cor específica, sem ser algo particular ou universal, mas sim plural. Deixemos de naturalizar a diferença sem também tentar submeter uma universalidade, porque temos de ter medo em ser sincero?
Deste modo tento expressar como eu, jovem “branco”, penso essas questões e ajudo a escrever uma história que perpassa meu cotidiano, me diz respeito enquanto escolha individual e responsabilidade social.
Agora sim, vamos falar... ou melhor, conversar sobre?!

sábado, 14 de junho de 2008

De olhos bem fechados

Sair, correr, brincar, estar vivo ou apenas deixar fluir. Estar no mundo sem deixar de agir, virar para o lado e atravessar o espelho. Tudo isso pode parecer muito complicado para vocês, entretanto é uma arte facilmente realizável. Basta fechar bem seus olhos.
No tudo preto que se esfarela eu lentamente crio. No quatro paredes do meu quadrado sólido gosto sempre de crescer em meu universo infinito. Já que não posso me realizar ou viajar em dinheiro o faço em espírito valente e galopante.
Meus desejos ciclônicos sempre tomam rédeas dos olhos que guiam no escuro e no claro, na noite e na rua, assim vai... Será que existe um ponto de chegada? Ah, é mesmo, ainda falta a morte.
Enquanto ela se demora vou sair para brincar, continuar minhas tranças, fazer minhas estrelas. Todos os dias novas flores crescem e somem no meu jardim. Voando estou nas minhas meias e línguas salinas enriquecidas por histórias.
Uhm, que fome, logo agora que acabei de jantar. Acho que amor não é capaz de me saciar. Melhor mudar de prato, lavar as mãos e espetar azeitonas... hehehehe, realmente vocês devem estar achando muito difícil fechar os olhos, não é?
Peguem Diazepans e Catuaba, molhem suas hóstias com safadezas, pois somente assim conseguirão saborear minhas palavras. Palavras essas humildes e muito simples, de significados retos por caminhos sinuosos. Estou fumando um baseado de entediamento e preguiça, pior ainda que acabaram meus cogumelos.
Miau, uau, sim, sim eu falo a língua dos gatos. Gira, gira um saci na estrada me cansei de te esperar. Mensagens cifradas, engano seu. São dedos presos de um fanho bêbado.
Acredito que já seja hora dessa ciranda chegar ao fim. De rei a sapo, agora não sou nem mesmo príncipe. Chegou a hora de chorar molhado e coçar o nariz, vou correr atrás do meu anão, mesmo que nunca encontre o final do arco-íris.
Nossa, como fui longe. Andei tanto que esqueci de mim, de eu, será que falta mais alguém? É mesmo, a Eco está em casa onde Narciso menino dorme ao lado de Epimeteu. O melhor de tudo foi despertar Ártemis enfurecida com Iansã ao meu lado.
Quando finalmente abri meus olhos só tocava uma música ainda distante em minha memória vaga. Cada letra uma bola de sabão, cada segundo um novo zodíaco. Finalmente o Tigre desenha o que os Titãs plagiaram e eu repito:
“Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, o lugar
Pro que eu sou
Eu não quero mais dormir
De olhos abertos me esquenta o sol
Eu não espero que um revólver venha explodir
Na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar
Foge o destino do azar
Que restou
E se você puder me olhar
E se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar
Eu vou cuidar, eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Do seu jardim
Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar, e de você e de mim”
Agora sim, levante-se, você já abriu os olhos e esse caminho dificilmente volta atrás. Meu telefone é o mesmo, mas deu cupim na operadora. Dança, dança bailarina voe e saia do armário borboletinha que um dia o sapo come. (se deseja entender me conheça e leia Jung).

domingo, 8 de junho de 2008

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Porto Seguro

Melhor tomar cuidado com meu humor negro e questões filosóficas, pode ser que me desconfigure, mesmo quando me torno e me mostro intimamente como realmente sou e nas coisas que me ajudam a agir, como também rir pensando a vida. Novamente: Tomem cuidado com o mau uso do termo pessimismo.
Semana passada Marília assemelhava-se muito ao clima londrino, encoberta por uma neblina densa. Do mesmo modo que as sacerdotisas de Avalon, me preparei para a longa viagem até as terras distantes e mágicas da Bahia. De mágico mesmo só teve meus desencantamentos; “óké aro” Oxóssi é caçador!
Pois bem, narrarei minhas novas desventuras:
Cheguei bem cedo a fim de não perder o ônibus e tive de esperar cerca de quatros horas, em que o motorista lindamente decidiu atrasar. No percurso eu e meus colegas descobrimos que Minas Gerais não acaba nunca (piadinha interna). Após passar trinta e poucas horas dentro do ônibus, sem banho, pés inchados e dor de cabeça fenomenal conseguimos chegar. Logo lá, encontrei uma baiana e fui me informar sobre terreiros de umbanda. Ela me disse toda angustiada que a Bahia podia ter começado ali, mas que estava era acabando ali. Toda indignada, ela respondeu que lá não tinha terreiro. Eu e ela achando que isso deveria ter na Bahia inteira, sendo que em Marília e em Paulo de Faria cidades no meio do nada tinham, tinha certeza de que lá também teria. Mero engano, até mesmo porque a Umbanda não nasceu na Bahia, mas vá explicar isso a um baiano... meus estudos indicam que essa religião começou no Rio de Janeiro.
Entretanto o que achei mais engraçado foi o fato de Porto Seguro ser cheio de lojas indianas. Se Colombo ou Cabral chegassem hoje teriam certeza de que alcançaram as índias. Com tantos incensos e roupas, como Budas e etc, teriam mesmo de achar algo assim.
Meu hotel ficava longe de tudo, por isso aproveitei muito pouco da cidade, das praias que não cheguei nem a ver, além de tudo mais que existe em Porto Seguro. Melhor ainda era o fato de que o evento, estava sendo realizado bem longe da cidade e qualquer um dos hotéis. Tinha de levantar bem cedo e correr para pegar o único ônibus que levava até lá.
Com o tempo aprendi umas malandragens, andava de carona com qualquer um, como se fosse uma celebridade. Comia até ficar buxudo, aproveitei da sauna, piscina e trapalhadas. Meu hotel parecia uma selva cheia de animais (calango, sapos e pernilongos) como madeiras e coisas imperiais localizado ao lado do aeroporto. Detalhe, morro de medo de aviões, por isso a toda decolagem eu queria sair correndo. Inúmeras coisas divertidas ocorreram que infelizmente terei de censurar a fim de evitar um processo por parte de minha amiga. De acordo com ela já to queimado por causa da minha língua grande. O que me fez lembrar, eu comi novamente um pedação de minha boca, coisa que está se tornando rotina (desejo muito específico de beijar alguém bem específica também).
Antes que me esqueça, a todos que perguntava sobre o evento, respondiam-me que fora uma bosta e odiaram tudo. Realmente muitíssimas coisas foram horríveis, mas eu dei sorte de ter participado de duas coisas muito boas, muito produtivas. Acabei por ficar mais angustiado como desanimado quando vieram falar sobre meu trabalho. Tudo isso porque agora sim tenho certeza de que necessitarei angariar alguns fundos para poder realizar minha pesquisa. Meu objeto e estudo foram elogiados, mas precisarei cumprir com minha profissão e realizar uma pesquisa de campo, ou seja, precisarei sacrificar minhas férias e ir para São Paulo. Na verdade acho que sacrificarei minha formatura aniquilando ótimas chances de passar um tempo com pessoas que me fazem falta.
O que muito me alegra foi essa possibilidade de que eu esteja entrando em um bom campo de estudo, onde poderei ganhar dinheiro como arrumar emprego, etc.
Existem muitos blá, blá, blá que vão ficar para outra vez. No momento vou tratar do meu dedo inflamado, das cagadas que aprontei com meus pés, etc, etc, etc...
Vixe, tem muita história ainda...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Mesma coisa, uai!

Apelando contra todas minhas atividades em atraso, aqui estou eu, tentando seguir o fluxo de minhas compulsões por postar. Ultimamente tenho postado menos, não por falta de tempo, e sim por desanimo. Cada dia encontro uma coisa nova em me desanimar, só não sei como ainda não desanimei desse vício de desanimar.
Por enquanto está tudo “bem” em relação aos preparativos de minha viagem. Mesmo achando que Porto Seguro deva seu “uoh” eu vou estar com minha amiga (o que salva toda pátria). Já praias, festas, gente, eu não terei muito acesso, não sem antes fazer um programinha para arrumar dinheiro.
Tenho me sentido uma Cinderela (Terça Insana) esses dias que estou todo louco. Correndo, arrumando e desarrumando minhas coisas, e muito etc. Acho que tirei férias de mim e esqueceram de me avisar.
Quando não temos nada para fazer e não fazemos nada, somos chamados de desocupados. No meu caso, quando temos muito para fazer e não fazemos, somos vagabundos, sem vergonha, etc.
Tudo está muito doido. Meu corpo inteiro pipocou de um dia para o outro e depois sumiu. Mais tarde eu dormindo, sonhando com altos beijos, consegui comer minha boca toda. Que acabou ficando feia, furada e roxa. Agora tem milhares de gatos ariscos revirando minha casa, me atormentando a fim de ganharem uma bela pedrada.
Resumindo, está tudo em plena paz. Bem normal na mais perfeita ordem. Continuo sentindo saudade de quem deveria, com falta de dinheiro, com meu corpo atlético e animo estimulante, além de super empregado. Com todas minhas coisinhas, desse todo chatolino que sou eu. Blá, blá, blá... falei muito, mais uma vez, como sempre!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Virada Cultural = Hanseníase


Nesse final de semana participei da virada cultural em Marília. Numa mistura doida de gêneros como: samba, maracatu, rap, rock, rock e rock consegui me divertir e perceber o sabor de um show. Na verdade, minha grande vontade agora de ir num show da Pitty com pessoas legais zoar. Coisas que pude fazer bem esse final de semana e agora quero mais!
Estudos como sempre zero, diversão e futilidades nota 5. Gastos e etc, nota 1000! Tudo o que precisava era limpar minha casa, pois está virando um chiqueiro. Não sei o que está mais acumulado, se são as roupas, livros, louças, lixo, vinho sobre vinhos na mesa e no chão. Ah! Vou morrer, chamem a vigilância sanitária.
Para compensar estou todo lindinho, uma gracinha. Todo depiladinho, barba feita, banhos diários e dentes bem cuidados. Estou até fazendo esfoliação além de cuidar das unhas com direito a base e tudo mais.
Enfim, né. É isso que dá em visitar a “Never Land”, mesmo que o que tenha ido buscar não tenha sido bem sucedido, ainda sim eu vi o “Michael”. Heheheh... têm sido uma doidera, meu próximo objetivo é ir beber uma pinga na Zona. Quer dizer, em uma das Zonas que consegui aprender o caminho.
Se ainda não chegou minha hora de conhecer um motel, tudo bem. Mas quero ir com minhas amigas dar risadas, chapar o côco no Zonão.
Continuando nesse ritmo eu vou acabar voltando a fazer teatro, ou pior (melhor?) ainda, vou começar a trabalhar.Aff... como eu falo “borrachas”, melhor parar de histórias e dar um de Joe e as Baratas, vou arrumar minha casa antes que pegue tétano do colchão ou algo pior.

sábado, 10 de maio de 2008

! Xolíto ][ Otílox ?

Xolíto: palavra que não possui uma tradução completa é utilizada entre alguns índios chilenos para expressar uma relação de afeto e carinho.
Se e ter um pingüim é isso, estar com um xolíto. De modo que o xolíto representa uma relação de troca e confiança, sendo algo que não pode ser roubado ou tomado, apenas ganhado livremente.
Ser xolíto de alguém é ser especial, ser parte de um sentimento inominável.
Ter um xolíto é não sentir frio, sorrir sozinho pelos cantos com lembranças bobas sobre os dois.
Não banalizo o uso desses e outros termos como o amor, dor, medo, eu simplesmente os sinto sem compreender. Na verdade, nem sei se poderia ou conseguiria definir o que são cada um desses sentimentos.
Meu grande problema é viver toda minha vida em poucos segundos, por isso tudo está sempre à beira do fim do mundo. Intenso, excêntrico, ansioso e impulsivo faz de mim uma pólvora fugindo de seu gran finale. Dessa forma vejo um mundo todo passar amargando meus pulsos insensíveis. Mãos que não conseguem crer ou encontrar xolítos, amores, medos, dores, sentimentos resfriados.
Deixar de ser humano é fundamental para que eu mantenha tudo o que o Renan é. De repente, agora me deparo com alguém que chora, sente, deseja, etc.... um humano, e me pergunto: Credo, o que é isso?
Assim me divido entre dois mundos de Renans paralelos coexistindo com o ontem, o hoje e o agora. Novamente, droga! Serei eu o meu alterego quem vos fala?

Prefiro entao fazer como no clipe e entrar em um estado de "extase"!

R. M. C.


Meu destino, minha vida, meu futuro, meu passado, meu presente... eu!
Para aqueles que são sensíveis o bastante poderão sentir os meus dramas... a vida e o amor são e sempre serão uma tragédia... a felicidade é uma ilusão que nos esforçamos em destruí-la ou entorpecer com ela.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Terça-feira



Estou felizérrimo, ia sair para uma reunião tendo aula depois, quando a maior chuva do mundo começa a cair. Ainda para aumentar minha ansiedade o Matt estava on e não podia ir até os pcs com msn... tudo apenas colaborou para me deixar irritado e acabar com meu ultimo maço. Se ainda vai piorar mais prefiro tomar um tiro. Isso pq não falei tudo o q deu errado hj, prefiro nem entrar em detalhes a melhor coisa a fazer é cerrar um cigarrinho agora e chupar o dedo.
Odeio essa chuva da porra, o sol, o frio exagerado, eu odeio quando o tempo não me obedece!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

2+2=5

Hoje começa toda arte. Vou para Votu, enviarei a bendita carta das reflexões/considerações (Alcorão) e Bum!
A pior coisa que poderia me acontecer é morrer, e eu que deveria estar preocupado, não estou. Já perdi muito tempo da minha vida com mentiras, repressão, infelicidade e solidão. Agora quero correr atrás do que acho certo. Não quero nem saber, dessa vez, só vou viver sem me arrepender mais tarde.
Se os pingüins estão em extinção o negócio é me tornar uma brisa e sair sem limites correndo o mundo, sem controle, nem lágrimas. Somente tocando quem se aproxima e ficando onde encontrar minha sina.
Pois que as últimas batidas desse velho coração, bombe uma brisa tão forte a ponto de fazer um enorme furacão. Quero girar o mundo e me divertir, porque viver é um caos e o mundo vai terminar em um grande Bada Bum, como diz a Liloo no “Quinto Elemento”. Se não posso fazer meu destino, posso ao menos me jogar sem rumo, espero que quem me pegue saiba bem o que fazer com seu novo brinquedo. Isso se alguém tiver chance de me encontrar... como o futuro a ninguém pertence, vou viver as minhas somas.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O que sonham as borboletas?

Hoje me deu uma saudade dos dias frios e chuvosos que eu tinha na minha infância. Época em que ficava assistindo desenhos o dia inteiro, enrolado em um cobertor esperando o chazinho quente com biscoitos que minha Vózinha traria. Sem preocupações nem responsabilidades, apenas conforto, amor e felicidade.
Viver não era problema porque não existia passado ou futuro, somente o presente. Em que aproveitava para viver, de forma realmente intensa, os detalhes de cada momento. Fosse nas viagens para praia, como sentindo o cheirinho do misto quente já frio em minha lancheirinha do maternal.
Tudo parecia mais gostoso, mais simples e verdadeiro, pois as dúvidas eram passageiras e não dependiam de esperanças, nem da realidade. Se alguma incerteza persistisse, bastava expelir algumas lágrimas e logo um cafuné acalmaria meus tormentos.
Do que mais gostava e faz mais falta, não é o frio, e sim o fato de nunca me sentir sozinho. Família parecia algo para vida toda, como os amigos e os namoricos também. Não existia uma consciência de que o mundo, da mesma forma que todas as coisas, chegariam a um fim. Nisso inventaram a morte, os problemas, a distância, o esquecimento, a solidão, a responsabilidade e tantas coisas mais, que me deixam uma dúvida: Quem é mais sábio e vive melhor, o adulto ou a criança?
Pena não estar frio o bastante, queria tanto uma desculpa para pedir um abraço morno, manhoso e gostoso. Poder ser embalado por braços que me protejam e se fundam com os meus. Quero sentir no peito a alegria que apenas uma criança pode entender, quando ao deitar-se no travesseiro fecha os olhos, conclui sua vida e iniciar outra, sempre mais nova, e melhor e mais bela ao amanhecer.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Arroto com gosto de Coca-cola


Depois do Matt, agora é minha vez de ficar preocupado com minha avó. Bem a “Vozinha”, que é minha favorita, está com suspeitas de câncer. Essa notícia veio somada a de uma amiga bem jovem e lindíssima estar com uma espécie de câncer incurável. Infelizmente esses casos não são como os da Irmã Selma em que podemos dar risadas.
Fora isso continuo mergulhado em um niilismo oportunista até o momento em que eu venha a explodir ou crie juízo, quem sabe, né! “I wanna be away from here”. Pensando também em como é difícil quando queremos crescer, a custas de uma independência que arranque os sorrisos do nosso rosto.
Nisso já torrei tanto dinheiro quanto pude, mais de 1000 reais de um limite que não possuo. Pretendendo fazer minha última viagem dessa temporada, para depois retornar a escravidão que me aprisiona.
Assim pretendo continuar vivendo e realizando minhas obrigações, fumando, bebendo, vomitando o máximo que puder. Mantendo esperanças sobre doces ilusões acerca do futuro amargadas pelo presente em uma realidade pessimista.
É Kah, não consigo mais ser otimista como ainda tentei na última postagem. Entretanto no fundo, bem no fundo, nada mudou, eu continuo querendo apenas uma coisa que ficou chata repetir sempre. Na verdade isso acontece porque tem perdido o sentido pensar sobre algo que flutua no silêncio da incerteza. Esperança e expectativa sobre o futuro é um luxo que não posso me permitir ter, afinal de contas não importa o que façamos nós vamos mesmo morrer. Acelerar ou não esse processo não importa, desde que eu possa sorrir novamente agora. Nem que para isso seja necessário dar um arroto com gosto de Coca-cola.

(sem mais comentários, por enquanto)

terça-feira, 22 de abril de 2008

...

NEW RADICALS
Someday We'll Know


90 miles outside chicago
Can't stop driving
I don't know why

So many questions
I need an answer
Two years later you're still on my mind

Whatever happened to Amelia Earhart
Who holds the stars up in the sky
Is true love just once in a lifetime
Did the captain of the titanic cry?

(chorus)
Someday we'll know
If love can move a mountain
Someday we'll know
Why the sky is blue
Someday we'll know
Why I wasn´t meant for you

Does anybody know the way to Atlantis
Or what the wind says when she cries
I'm speeding by the place that I met you
For the 97th time..... tonight

(chorus)

Someday we'll know
Why Samson loved Delilah
One day I'll go
Dancing on the moon
Someday you'll know
That I was the one for you

(yeah yeah yeah yeah)



I bought a ticket to the end of the rainbow
I watched the stars crash in the sea
If I could ask god just one question
Why aren't you here with me....tonight

(chorus)



instrumental fade



IRA!
Eu Quero Sempre Mais

A minha vida, eu preciso mudar todo dia
Pra escapar da rotina dos meus desejos por seus beijos
Dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus sonhos
Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei

Eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais de ti

Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim

Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Amor absoluto: assim se escraviza um escorpião (postagem curtinha)

Vou contar algo bem intimo, mas que já possui significado e vivência real para mim. Em uma postagem anterior havia dito que narraria um sonho, e é o que pretendo fazer agora.
Já sonhei e recordei esse sonho várias vezes, ele representa o que estou sentindo agora, só espero poder encontrar um dia uma imagem que o represente tal qual ele surge na minha memória.
No sonho vejo pés com botas feitas de coro de coelho andando por um chão de cascalho, como as de certas praias de água doce. Dava para ouvir o som conforme caminhava, em uma estrada rodeada por uma floresta de bambus balançando com o vento.

O céu é tão claro que mal se vêem algumas nuvens cinzas refletindo tanta claridade, isso tudo acompanhado por uma tênue luz azulada que parece estar em tudo que olho e configura mais ainda o aspecto de surreal. É como se fosse a lente de minha câmera, de um azul com branco embaçando e retirando parte das outras cores por todo o cenário.
Conforme me aproximo de uma porteira, ouço o som de uma madeira que bate sucessivamente dentro de um espaço de tempo determinado. Chegando ao local, compreendo que o som saia de uma mina d’água, que cai sobre um pedaço de bambu trabalhado e vai em direção a um poço. Nesse mesmo espaço circular, todo cercado pelos bambuzais que abraça toda clareira sobrando apenas espaço para a humilde casa de madeira ao lado da mina d’água.
O frio é imenso como se estivesse para nevar após uma chuva longa, e uma fumaça terna insiste em subir pela chaminé da casinha.

Dentro não há divisórias. A direita está uma espécie de cozinha com uma pequena dispensa, mesa e não me lembro de outros detalhes. Logo em frente, a lareira com algumas coisas em cima e uma panela escura ao lado ou no fogo, também não me recordo.
O casebre é bem apertadinho e acolhedor. A minha esquerda tem uma cama grande e bem fofa encostada à parede com lençóis e cobertores brancos, além de um gatinho persa branquinho e bem peludo ao centro da cama.
Nisso começo a me sentir cansado como se o sono já desejasse brincar comigo e fossemos nos divertir pela noite anunciada na fresta da janela, que igual à casa toda, é de madeira salvo algumas partes de vidro. Bonito mesmo são os furos em formato de coraçõesinhos em suas abas, e também presente nas cadeiras.
Não existe nenhuma forma de tecnologia muito refinada, sou eu e a claridade da lareira. Quando me deito, sinto o gozo particular de fugir do frio, chegando a vapores termais que saem da cama aquecida pela gatinha. Um gozo semelhante ao do bebê no ventre de sua mãe, um calorzinho de prazer e conforto. Estando eu e a gatinha agora próxima dos meus pés, quando não transitando até o meu peito, com suas patinhas afiadas e o ronronar. Querendo brincar ou conversar comigo, pedindo carinho e cafuné até cair no sono outra vez.
Até mesmo eu vou pegando no sono, na mesma proporção em que a brasa esfria na lareira ainda clara. Pouco a pouco, com aquele sentimento de realização absoluta, de um ser completo, sem preocupações, carências, infelicidades, nem tristezas.
Embora o sonho pareça algo que remete a uma fantasia, em que eu estou vivendo uma vida sozinho, sendo que na verdade reflete um pouco do meu conceito de amor.
Um amor ideal, um amor que esquenta e esfria, que acolhe e conforta, que brinca e dorme, que cega e tranqüiliza, que precisa atravessar um caminho de cascalho até encontrá-lo e se abrigar da chuva ou do frio (tristeza e angustia). Seria um amor dialético, o duo no uno, aquilo que sentimos pelo outro, mas que só se significa e se sente em nós.

Caso alguém esteja me lendo e considere-se sábio o bastante me diga: Como, quando e aonde poderia encontrar esse tipo de amor e com quem, desde que isso não remeta a um outro sonhar? Essas coisas não existem, nem podem ser inventadas no mundo real? Se não por que não? O que mais eu deveria saber sobre essas coisas da vida? Ou essas coisas não se pergunta?
(Vixe, achei o texto mal escrito, mas estou com preguiça de corrigir os detalhes... Clique no título e veja a postagem completa)