domingo, 15 de outubro de 2017

Prisão

















Veja em mim a pele solta que na cama pesadamente repousa como areia
Partes minhas esfareladas pela ampulheta do tempo deixam histórias secretas perdidas pelo lençol após tanto sono sem morte
Sonhos cegos desfazem o horizonte e esboçam o quão perdido está meu propósito
assim como o de meu corpo. Abandonada essência de Eros, resta apenas pulsões de morte homeopática – Vida apática acinzentada e sem chama
Se já não posso sentir
Se o corpo não responde mais a mim
Se sou objeto de uso violento e destrutivo
Se a consciência esvaziou-se
Para que um outro “se”?
Amigos não compreendem fazendo-se fantasmas do passado num futuro amargo onde tudo o que pode ser já foi um dia e novamente ciclico “se” repetira
Repetiria
Repetiria
... até o fim melancólico.
Sem empatia a vida brocha a falta de um amor exato e necessário a manutenção
Não quero a festas, rua, viagens, filmes, livros, brisas ante a solidão, compulsões, vícios
Desejo o toque mágico e recíproco de olhos rasgados
Fadados ao desencontro fica apenas para o mundo onírico a plenitude de uma existência que não se concretizou
Um texto tão quebrado assim só poderia vir de uma pessoa de mil recortes toda desencaixada, um quebra-cabeças largado as traças
A boca silencia e os desejos já distantes desaparecem
Todos desaparecem
Resta um silencio total
Uma insignificância honorável e sem história
Não é suicídio é dês-existência
Havia ali amor e já secou
Havia ali tempero e grandiloquência por conjugação
O que havia foi perdido pelo tempo intransitivo
Como passos no deserto que desaparecem lentamente
Desaparecido fiquei
Esfarelado nessa cama
Meu coração feito areia de um algo maior que já teria sido
Perdido
Repetido
Perdido
Chamam a isso – Inferno
Eterna repetição de uma dor
Estaria eu já morto a tanto tempo que até me esqueci já ter estado alguma vez vivo?

Repetido.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

A senhora que montava cubos mágicos

Por várias horas, fazendo da rodoviária sua casa com apenas três sacos pretos como malas, tornozelos inchados e um cubo mágico na mão, fica essa senhora sentada como se aguardasse o ônibus com o seu destino final. Quantos mistérios por traz de tanta maquiagem, olhar tímido e vários adereços não devem estar por traz desse sujeito invisível.
Pessoas passando por um local que leva as pessoas a destinos diversos em contraste com essa mulher. Ela que apenas fica o dia todo sentada resolvendo seu cubo mágico até que o dia termine para arrastar suas pernas cansadas à sua casa no aguardo do dia de amanha. Novamente resolvendo os enigmas do que já se acostumou fazer.
Diante de um olhar vazio fica a dúvida se resta a ela uma alma, o que se desmistifica assim que a doçura de sua voz quase em sussurros expressam a carência de uma senilidade solitária. Calculando diversas vidas, vendo personalidades ocultas que cruzam os caminhos dando progresso a suas vidas enquanto a mente dela parodia possíveis, possíveis e impossíveis.
Será que os dias ainda transcorrem? Como passam as horas? Como age seu intestino e fluídos corporais ao tempo?

Sua mente desapegou de muito e se tornou tão leve quanto o corpo não pode mais ser – em sobrepeso. Tão leve que flutua quando não é violentamente subjugada pelas emoções. É uma rotina de viver mesclada a sabedoria oculta em seus cálculos. Uma das Moiras, Láquesis é seu nome antigo, abandonado e desacreditado já foi o tempo em que nem o rei dos deuses poderia contra ela. Tudo o que possui um começo, possui um final.


sexta-feira, 14 de julho de 2017

Enojado e abusado ... insistência, permanência e por quê?

Tu foi o pior erro, câncer, veneno, lamuria de minha vida. Isso porque não acaba e cada hora cresce um pouco mais se inovando nas formas de tortura, no “ta tudo bem para ti e foda-se o resto”. É de uma falta de palavra e posicionamento que revolta, uma coisa completamente amorfa do que vendia sobre si. Será que só você acredita nas coisas que da tua boca ecoa e eu que era um tonto de ter perdido tanto tempo com isso - acreditando?
De forma geral me fez aprender que é sim possível desamar, mas a um preço muito maior do que viver a vida toda sofrendo por um amor que não foi adiante. Desamar é ter dois sentimentos violentamente estraçalhados, o do amor que vivia e do amor que viveu destruídos por uma brutalidade super sadomasoquista do outro em mim mesmo.
Sem propósito e planejamento essa esquizofrenia compulsiva de uma conjunção não conjugada. De uma relação que nunca ocorreu. De um emburrecimento emocional que só definha o corpo e mente. Me mata.
Cansado de viver nesse limbo, prefiro destruir tudo me levando junto. Prefiro matar e morrer. Quero sangue, quero o prazer de ver que não sofro sozinho o dilaceramento do eu e ser espancado após ter encomendado um fim.
Animalidade que invade meu ser quer apenas a paz e satisfação momentânea da destruição, da conclusão de um ciclo que reluta em persistir adiante.
Vontade de vomitar demônios que exemplifiquem melhor todo inferno dessa tragédia... esperando apenas que meu corpo tenha forças para se estraçalhar até o ultimo pedaço. Até que não tenha restado nada dessa piada.
Estou zonzo.
Vou respirar e tentar ter a cabeça de volto ao lugar, retornando a minha passividade, antes que esse sentimento domine tudo, libere o Kydo e me faça pagar mais ainda, pela vida que escolhi as pressas, ao erro e carência. Ninguém poderia culpar uma criança por isso, mas é como se ela já tivesse nascido com a sina do que levaria a sua morte e assim, cegamente o destino a faz fazer o que faria inevitavelmente.

Morte!


terça-feira, 27 de junho de 2017

Meu amigo se tornou meu crush, porém não foi tão raso a ponto de se desgastar ganhando assim diversas formas do meu amor. (isso não é um título, mas sim uma confissão)

Prefiro a sinceridade dilacerante de tuas palavras a mentiras reconfortantes de inverdades e omissões. Foi ao acaso e no despreparo que descobri meus equívocos sobre quem tu eras e desarmadamente fui cativado por tudo o que não imaginava fazer parte da pessoa que tu és. Que tamanha covardia ser você algo tão mágico e especial assim. Se eu tivesse conhecimento prévio teria corrido o mundo de distância para me prevenir dessa proximidade que já me viciou. Intensidade inebriante que é impossibilitada de ganhar substancialidade para além do sonhado por mim.
Por favor, não me mutile ou maltrate mais do que eu mesmo já o faço por utilizar as forças que tenho a fim de dar a você o que você quer e precisa, e não o que eu almejo e descontroladamente desejo. Não acredito que seja culpa minha ou de ninguém, foi algo dado aos acasos da vida que me deixaram de quatro pela descoberta de um ser tão ímpar.
Meu medo é perder o que possuo hoje, mas acho tão injusto não poder ser plenamente sincero, por medo de que isso seja pesado de mais as suas vistas. Dessa forma, aquilo que tínhamos seria ameaçado pelo descontrole de um sentimento incontrolável. Queria te perguntar o que eu faço? Pedir sua ajuda, não por mim, mas por você. Porque eu gosto do que sinto, só não gosto que isso vá na contramão dos teus objetivos.
Não gosto de me sentir um inconveniente o qual tu precisarias medir palavras.
Não gostaria que se limitasse por minha causa e destruísse assim nossa naturalidade livre de ser.
Perdão, eu disse que em algum momento estragaria as coisas e juro que foi de forma inocente. Eu literamente não entendo como pude deixar de não me sentir atraído por você. Tudo o que você parecia estar imune no passado é agora ressaltado dentro de mim, me deixa zonzo, me deixa eufórico, me deixa feliz e absurdamente passional.
E também um cadinho ciumento.
Que vontade louca de cuidar de ti, tanto da forma como você deseja quanto não, mas que precisa.
Guardo em segredo o que só posso contar para mim mesmo, esse dilema paradoxal de escolher contar tudo o que se passa e ver como poderia me ajudar sonhando que nada iria mudar entre nós (ou se mudasse que fosse para o que eu quero), ou então pagar o preço do mesmo acaso que me fez te conhecer, fazer ver você lentamente indo... esfarelando como o tempo sempre faz, mas libertar-me do que guardo no peito.
Talvez a melhor escolha seja manter esse amor platônico o qual divide espaço com a doce amizade que me oferece sempre. Ir vivendo e aguardando o tempo apagar a lembrança e os acasos que construíram essa sentimentalidade, esses desejos.
“Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar”
Quero manter-te livre e gozar da felicidade que posso desfrutar de você, mesmo que para isso eu a limite. Me satisfaço dessa forma, ao menos por hora, já que não sei o que é certo ou errado a se fazer. Não sei qual atitude mais adequada a tomar. E te peço perdão por gostar,
tanto,
tão rápido e desmedidamente assim...

Num silêncio escorpiano que faz barulho, manterei a fidelidade desse sentimento pelo tempo que minha memória e corpo resistirem. Junto a isso, aquilo que sempre te digo: Obrigado, obrigado, obrigado sempre pelo que me fez e faz sentir.
Amor pesado, amor doído, amor secreto, amor amigo... se pudesse ao soprar minhas velinhas realizar apenas um desejo, sei bem qual seria e como seria. Essa é a vida, desencontros que nem sempre se realizam.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Selado


Dos demônios o tempo é esperança
que cansa
que ânsia
ganância.
A militância do desespero
o sabor do pecado ardido rasgando a pele:
Infâmia.
Flama que queima e impulsiona rumo as pernas
incertas e diversas,
nunca a boca.
E o peito que inexiste,
junto a ele o amor.
Só desejo, impulsos, gracejos
nada sério,
tudo leve e atroz.
Sabedoria antiga de um Pã caído
filho fedido da natureza
escondido
ressentido
mentindo - Humano.
Causa nojo
novamente desejo.
Almejo... mata-me, cura-me, transforma-me
e desfaça

tudo o que essa trapaça ultrapassada vida me fez.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Me lacre com um beijo

Enquanto não posso estar com a pessoa certa, deixo que meu corpo vá indo com as pessoas erradas perdendo-se cada vez mais. Como Alice no País das Maravilhas todos os caminhos levam a Rainha.
Na aparência de uma inverdade, construirei verdades de açúcar. E se necessário for, com poucas lágrimas destrua tudo o que em nada esteve preso, fixo, permanente... não é amor, mas sobrevida!
Outra vez mais, mais um ciclo, outro rodopio. Será que estou mesmo perdido ou indo de encontro a um novo fracasso?
Quando será que meu coração se fará sábio, se fará autossuficiente, se fará pleno diante do que suprime os seres que amam?
Pequena criança não deseja mais dançar, mas o corpo não obedece estamos nos destruindo, ainda assim persistindo naquilo que não sabemos fazer direito. Quero tanto o que me foi dito por outro: "Uma vida de poucos amores"... e repetidamente a lista cresce na mesma medida em que a esperança diminui junto a ela a própria vida. Até quando terei chances para tentar?
Preciso de uma boca que me faça prisioneiro sem desejos de escapar, mas sim na ânsia de cada dia me prender ainda mais até que um não se desvincule mais do outro = idéias, cheiros, sentidos, sonhos, manias, sorrisos, corações batendo juntos, cama dividida, calor compartilhado... um pouco desse tempero de tudo que o emocional agoniza aguardando, clamando - desespero - solidão.

sábado, 17 de junho de 2017

Xiiiiiuuu!


Como uma criança, recorrentemente com medo do mundo e da vida corro para os teus braços na expectativa que esse aperto me proteja de tudo. Me agasalhando entre o seu calor que ilusoriamente sufocaria minhas angustias me salvando de mim mesmo, tento encontrar o conforto. Infelizmente conforto não existe mais desde que obrigadamente tivemos de crescer e a vida que era de brincadeira se tornou densa e pesada.
Queria eu poder encontrar aquela coisa mágica que nos mantém em equilíbrio, plenamente ajustados a mediocridade da vida. Contudo deixo meu corpo ser levado como se já me encontrasse morto, de modo que qualquer um faz o que bem entender de mim.
Sou pessoa sem alma, movimento sem pensamento, dia sem luz. Ser sem rumo, desperdício de vida desnecessária. Palavras engolidas me engordam e pesam me levando cada vez mais para o fundo de mim mesmo. Um mantra inverso de aprisionamento, corte a corte deixando cicatrizes que não se fecham mais. Vejo o sangue esvaindo, assim como os sonhos, desejos e persistência.
Sem ser o salvador de mim mesmo e sem ter um salvador pressiono o peso de minhas escolhas, enlouqueço com a pintura feita da realidade. Tanta promiscuidade pedagógica quanto a fugacidade das sentimentalidades me deixam enamorado dos desencontros, não me ajusto a essa impermanêcia.
Desconectado da minha essência criativa, torno-me um suicida potencial com grandes conquistas destrutivas e, quem sabe em algum momento, irretornável.
Existe beleza e tristeza que não se conciliam em minha ansiedade de vida, da qual como expectador observo as realizações de todos os mundos diversos que representam as pessoas
 e me dói, dói ver que perdi os meus olhos em uma janela telada por onde observo a solidão.
Solidão do que sou em segredo, assistindo as vidas de ex, amigos, desconhecidos e seres imaginários. Na saudade da lembrança de suas peles, lábios, cheiros, possibilidades... tudo me machuca mais um pouco e como um viciado minha crise de abstinência parece obrigar-me a estar entorpecido ou morto. Não há escolha positiva. Não há visão de cura ou solução.
Salva-me da vida oh acaso que tira vidas, calculo não programado do fim.
Grita o peito e a boca em silencio o tamanho dessa dor que assola o coração burro com o qual fui dotado. Todos os dias me punindo por querer insistir em manter, de alguma forma inexplicável, vivo. Eu vivo?
Nem mesmo as carícias por estranhos também feridos a seu modo conseguem penetrar minha pele dura. Sem esperança, canto e choro feito criança o pesar de dias que passam lentamente, eu preso a lembranças sufocantes que não matam, mas ameaçam fazê-lo.
Compulsiva loucura que se apossou de mim.
Afastem-se todos em quanto é tempo, pois não vale a pena insistir no que está fadado definhar assim... uma ultima lágrima que escorre e beija minha boca, me aquece um pouco mais antes do completo enrijecimento e gélido corpo deitar. Durma e não sonhe, não pense, não exista. Tudo acabou agora, não precisará mais esperar o amor impossível. Não esperar mais a mão que te guia, olhos que com teus olhos em silencio conversam... nada mais esperar, sem espera e sem pressa, sono. Feche os olhos e deite sobre meu colo enquanto com um ultimo cafuné aguardamos seu final, nem triste e nem feliz, apenas um fim.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Sorver

Um coração dolorido sente o peso da solidão inconectável que habita nosso corpo. Em minhas entranhas sinto a dor dilaceral de encontrar em cada rua, cada estabelecimento, cada parte dessa cidade a crueldade do nosso silêncio. Embora adore brincar de signo não há vingança que modifique os sentimentos doídos. Não vejo reparação suficiente para que a vida se inicie mais uma vez.


Fomos distanciados à força a uma distância tão grande que correr atrás poderia levar uma vida inteira e ainda assim não sermos bem sucedidos. Toda vez que tento pensar o contrário vejo que não há disposição verdadeira o bastante de nenhum dos lados para passar pelas provações necessárias. A vontade vaza o corpo junto ao suor e os sons de “No regret” se tornam, também, distantes. Somos como em “Dolls” arrastados pelo fio do destino negando a realidade, esquecido, perdidos.
Não sei o que fazer ou para onde ir. A insustentável leveza me descentraliza e perco a cabeça... Que seja feita a oração de um novo salvador e possa ele sanar todas feridas, todos buracos, todas necessidades junto a memória fugidia que tem sido apagada ferozmente pelo coração.
Prevejo novos erros, nova queda, um novo ciclo... meu vício desnecessário de "alguém".

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

No Regret - A vida que ambos desperdiçamos


Agora o que restou são apenas fotos não reveladas de tudo o que poderíamos ter sido, mas nos negamos. Resta a dor crescente de tantos futuros planejados e sonhados como verdadeiros agora plenamente negados. Isso somada a angustia enojante de ter me torturado com cenas e situações destrutivas as quais fixaram em minha pele e memória a dor de você existir.
Não fizemos por merecer nem fomos um a força que faltava no outro, assim como não trocamos intimidades nos fazendo ser, ou ao menos parecer ser um casal anacrônico, só em nossas cabeças e em minha vida que tínhamos um “pseudo” relacionamento. Pelo menos na minha tenho com quem chorar porque você existia, já na sua eu não tinha ou tenho nem ao menos o título de fantasma.
Extremamente desvalorizado e de vida negada você tentava me compensar ao seu modo, mas não ouvia meus lamentos de loucura e me negava, me fazendo te negar sem que eu conseguisse voltar atrás. O meu tempo de recuperação era bem mais longo que o teu, mas nosso desencaixe fazia com que nos tornássemos inatingíveis.
Agora estou muito doido por ter me obrigado a uma segunda chance tão desastrosa.
Agora fico com essa incerteza da vida de aqui para frente, fico com magoas de não ter tido chance de realizar minhas vontades e nem de ter sido capaz de superar as dificuldades.


Estou morto e toda vez que passo por alguns cômodos de casa fico com as ideias perversas e pervertidas do que aconteceu... a busca por cumplicidade parece uma meta inalcançável e voltar a tua pele me recorda sangue e carne do crime cometido no ultimo suspiro de nossa vida agora enterrada. Dos meus olhos que não conseguiram ver os teus e da tua incapacidade em ter feito valer a sua consciência e responsabilidade pelos fatos.
Você me deixou morrer assim como ao Pudim, nos negligenciando e toda vez que tento pensar para alem disso minhas mãos tremem e fico sem força de escrever porque me dói pensar que... chega! Não quero me torturar ainda mais pensando em um nós sem sentido, pensando em como eu amo e quero continuar amando sabendo que você é minha destruição e não teve força o suficiente para ser um namorado de verdade e valoroso, ser alguém que toma as rédeas do destino e faz acontecer da forma como você quer e não como o mundo parece te impelir para. Me transformo em um bipolar ao teu lado e já não sei o quanto posso ser bom ou ruim sem você. Não sei mais o que sou.
Como morri perdi todo meu sentido de ser.Não me peça abraços sabendo que isso me levará de volta a viver o que me matou. Todo dia eu vou morrer ao nascer do sol sabendo que tivemos uma vida e não levamos adiante tal qual você já leu em “ensaiando um sorriso” eu vou girar de cabeça em não

refletir, apenas consumindo a minha carne sem valor algum. Estou exausto e embora pareça muito simples e muito vazio o que vou escrever agora é essa simplicidade que traduz e resume tudo:
ESTOU DESAPONTADO COM VOCÊ PORQUE ACREDITEI QUE VOCÊ PODERIA SER MELHOR DO QUE QUALQUER UM E MELHOR DO QUE MIM MESMO, ALGUÉM COM QUE A VIDA EM CONJUNTO NOS FIZESSE DESCOBRIR UMA VIDA APROVEITÁVEL ATÉ SEU FINAL OLHO NO OLHO, VIDA A VIDA, DORES E FORÇAS COMPARTILHADAS SEMPRE INDEPENDENTE DA DISTANCIA UM O APOIO DO OUTRO.
Agora pouco a pouco seremos dois estranhos que costumavam se conhecer, por isso espero poder ter você longe das vistas, longe da minha rotina a fim de frear o crescimento da dor e da angustia por ter tido esperanças frustradas por nós dois.