quinta-feira, 14 de junho de 2018

Lhano

De uma escrita camuflada a vida enevoada ressalta o desejo impossível...
meta de vida que foge ao toque toda vez que arrisco a sorte de um desejo.
Mais do que um simples beijo, o menino idealizado em padrões se torna único detentor do meu sossego. Essa paz interior espelhada e confinada ao outro preserva minha condição de Eco.
Ninfa incapaz de ser, sem ser um outro quer perder-se em todos os corpos enquanto não encontra seu Narciso.
Melancolicamente esfria as noites retirando o sabor e alma de cada um que toca e destrói.
Não sente
Angustia-se
Dorme
São tantas as belezas plásticas que se derretem facilmente como a cera de uma vela quando a chama de um coração ofusca sua estrutura pouco solida. Toda disforme as pessoas são tantas, repletas de tantas histórias que com o tempo não temos mais paciência em redescobrir vivencias.
Tem pessoas que mudam de endereço, outros mudam sua forma externa, enquanto eu prefiro mudar a minha massa interna, me tornando outra pessoa... em que medida esta preservada a identidade?
Nada melhor do que dançar nu ao vento e chuva me sentindo usado por todo ambiente, cada parte do corpo completamente consumida
Por que não posso ser apenas um pedaço de carne fornicável? Essa necessidade compulsória de significação emocional é tão tediosamente angustiante.
Lírios da loucura
Um corpo após o outro sobre as minhas camas
Ninfa da perdição sou reflexo de uma luxuria social
Temporariamente
Esperançosa
de um futuro.