segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Reencontro

Tempo de incertezas, conflitos acerca das sensações versus racionalidades resultaram em desacato com meus princípios. Deste modo tempestuoso minha alma dormiu em uma consciência intelectual negando os princípios fundadores do que conclamaria o eu.
Nessa busca incessante por criticidade o niilismo marginalizou aquilo que estabiliza minha personalidade e ligeiramente controla o TOC. Estou falando do senso mágico, do mítico no qual consigo facilmente manipular enquanto me incluo e transformo-me.
Não digo que agora atingirei o equilíbrio sonhado por Gregos em relação às delicadezas da deusa ou nas brutalidades do deus. Nem mesmo assumirei que toda cosmologia conseguirá apreender as diversas mascaras nas quais os dias nascem e as luas dormem. Na qual o meu espírito tornou-se um buraco negro, uma amnésia doce e fugitiva.
Esse retorno funde meu todo com o alterego em poesia no saudosismo do universo hippie. Acordando assim a natureza adormecida em minhas veias ressuscitando a fonte do meu poder.
Existem muitos nomes para o que o destino e o acaso me configuraram. Me chamem de Mago Natural, Príncipe de Asgard, Oráculo dos Tolos, Médium, Pagão. Eremita, Sacerdote de Eros, Escravo de Krishna ou apenas Renan.
Aonde o real e o mágico se fundiram o reino metafísico sempre foi a principal ferramenta de transformação do mundo semiótico. É como eu obrigo a imaginação/real serem minhas aliadas no tear da existência.
Tudo o que escrevo não é uma romantização ou mesmo distorção, é como a mim o mundo se apresenta. Em cada pulsação, nas cores do arco-íris e no amor acorrentado eu abro os olhes e vejo esse instante.
Sempre bipolar, ambivalente, não significa que abandonarei meus vícios. O que tentei explicar aqui foi que reavivei as penas da fênix, quer dizer que reencontrei a coerência; desenterrei um sorriso; dei férias ao pessimismo sem desfazer minha amizade com ele...
Sou passional.
Sou excêntrico.
Sou instável] volátil [fluído.
Sou...
e para sempre serei inacabado em minha busca do um mais um igual a:
VOCÊ!

Continuação de: Alguma coisa igual a começo!

Vou continuar minha história mesmo que ninguém compreenda, pois ela corre em meus olhos de forma semelhante a um filme. Portanto, lá vamos nós...
Não tenho certeza, mas acho que dia três de fevereiro, todo atrevido e próximo a um sofá qualquer foi quando decidi nadar mais rápido cansando todos meus fluídos até atingir a redoma matriarcal.
Deflorada a inocência, a juventude sussurrada em ares de mudança. Mudança dos tempos, o muro de Berlim que iria cair ao mesmo tempo em que uma barriga cresce, pessoas nascem, ou trás morrem... etc.
Assim começa minha aventura, em um coito mal interrompido estava minha mãe grávida do meu pai (mais obvio só com pleonasmos).
Por meses tive de resistir a investidas de um chá forte, sabor canela, na tentativa de uma jovem reaver sua menstruação. Quando finalmente chega a notícia de sua gravidez é um alvoroço, um escândalo. Como pode uma menina de quatorze anos estar grávida!
Logo se acerta. A família da jovem decide pegar na espada e decidir na esgrima: ou casa, ou cadeia. Das duas formas toda papelada acabaria indo parar no Fórum.
Foi dito e feito, meus pais casaram-se e um mês depois eu nasci. Entretanto as coisas não foram tão simples, eu ainda tive de me segurar enquanto mamãe matava aula, subia em muros, corria, caia de bicicleta, ia para a beira do rio, talvez tenha mais coisas eu nem consigo me lembrar agora, só sei que em todos os casos ela estava barriguda de sete meses.
No dia 27 de outubro de 1986 eu fiquei cansado da rotina e monólogos solitários, decidindo deste modo conhecer novos lugares. Me ajeitei e comecei a fazer pressão, assim que minha mãe entendeu o recado começou a brigar com o médico. Ela iria fazer cesárea, mas uma injeção rack ninguém aplicaria, se quisessem teriam de aplicar uma geral.
Não tendo saída e conforme minha impaciência aumentava, deram meia vacina anestésica de tamanho poder. Em geral foi o bastante para que um atrevido conseguisse retirar-me de uma preguiça puxando-me para fora.
“_Mas vejam só o médico parece que é japonês!”
Eu olhava para um lado, para outro. Quiseram que eu chorasse, chorei; Quiseram que eu mamasse, mamei; Quiseram tantas coisas e eu aceitei.
Ainda sim minha mãe conseguiu ficar com depressão pós-parto e eu nem tinha demonstrado minha personalidade.
Por quinze dias fiquei de um canto a outro conhecido por “Bebê”. O nome secreto que meus pais haviam escolhido era significado de mais e tiveram de trocar.
Graças a Deus (que ainda existe nesse momento) naquela época existia televisão e assim ao invés de ser conhecido como Vimael decidiram que eu seria Renan mesmo, mas não o do vôlei. Seria Renan Menezes Cardozo o de Paulo de Faria, sem mais ou menos.
Ah, sim! (Memória é uma coisa louca né. Nunca linear e completamente incontrolável, por isso conforme eu for escrevendo alguns fragmentos vão, outros virão e assim se o Alzheimer me pegar um pedacinho de mim estará por ai sonhado em histórias).Então conforme ia escrevendo, tinha esquecido de registrar que eu nasci entre 10 e 11 horas da noite, ninguém sabe ao certo por causa do problema em relação ao horário de verão. O importante é que em ambos horários eu permaneço sendo de Escorpião com ascendente em Gêmeos.

Bussola & Roleta-Russa

Sou mesmo um péssimo acadêmico, eu nunca sei nada. Nunca sei se estou deixando que minha racionalidade esteja sendo tomada por um mundo mágico ou mítico, ou mesmo que o inverso ocorra. Minha escrita é conhecidamente péssima, tal qual minhas formas de expressão. Não produzo textos lineares, muitas vezes eles não são coerentes, coesos ou accessíveis.
Parece que meu mundo gira, gira e eu sou o mais tonto do universo. Mesmo movimento que produz uma angustia ofensiva da qual procuro me defender com uma personalidade instável.
Personalidade essa arrogante, individualista e mais alguma coisa qualquer*. No fundo são palavras tentando denunciar meu mundo particular. Mas como elas podem ser tão ousadas se o mundo quando se torna palavra não é mundo, e ser o mundo sem ser palavra (conceito ou dígito) não pode ser raciocinado, visto e qualquer* outra coisa ligada aos sentidos. [Veja só a repetição. É como sinto a rotina fabril-orgânica-metafísica na qual nós, alguma coisa parecido com a palavra: sobrevivemos].
Em meio a esse samba surgem outras categorias como: perspectivismo (existiriam diversos olhares, sistemas culturais dos quais não podemos julgar o nosso ou o do outro superior. São lógicas distintas onde não cabe os juízos de valores, mas sim um dialogo com o diverso, o plural e mesmo o diferente); a loucura (alguém desajustado, desencaixado em certos padrões culturais em que a realidade é percebida de outra forma); fanatismo (visão persistente e absoluta de algo que se torna à verdade suprema “única”, alegoricamente traduzido por Deus); e por fim, o niilismo vulgar (nada nesse ou em qualquer* papo importa, vamos abandonar isso e ponto).
Tantas coisas, tantas ferramentas e desdobramentos humanos com finalidades únicas na estimulação de uma imaginação que manipula o mundo. Sendo dessa forma que um argumento de errado pode ser correto, de irracional, racional. Talvez meu não saber nada, completamente arrogante/individualista seja aquela coisa do só sei que nada sei e por isso mesmo já sei tudo.
Distorção, manipulação, poder, metafísica, semiótica, blá, blá, blá tão grande e chato que não vale a pena gastar mais impulsos elétricos. Em meio a tantas possibilidades do infinito será que alguém pode me dizer o que fazer?
Se eu posso tudo, não sei por que não faço nada. Por que não consigo escolher, direcionar minha vida sempre fluida, incerta, instável?
Em que quadradinho do lego a nossa magnífica “psicologia” me enquadraria para tirar-me da correnteza do mundo, sem porto seguro ou uma terceira, quarta, quinta margem qualquer* de rio.
Os riscos são grandes, a angústia, melancolia, depressão são os novos demônios sociais combatidos e eu nem sei escolher entre o que Eu consideraria melhor: Ser feliz, me enquadrar em algo seja lá onde essa ancora descida cair. Ou deveria seguir sempre como o vento por caminhos não caminhos, seguindo e seguindo... Ou “BUM” explodir tudo e concluir com um ponto final sem o começo ou o fim?Vejam só em que confusão me enrosquei. Acreditem se quiser, mas tudo isso só pode ter um fundo comum no qual eu diria a mim mesmo: Vá procurar um namorado!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Cut Copy

This is where we walk today
For your birthday
Secrets that we held that day
Will be kept straight

All your friends have gone away
So let's celebrate
With holding hope open for the one
Making new way

[Chorus]

Lights and music
Are on my mind
Be my baby
One more time

Lights and music
Are on my mind
Be my baby
One more time

Fading will become of you
Seeing my face
Cold and crystal you can hide
But ur tears race

I'll be waiting by your time
Put ur dreams away
With holding hope, hoping for the one
Making new way

[Chorus]

Lights and music
Are on my mind
Be my baby
One more time

Lights and music
Are on my mind
Be my baby
One more time