segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Mais um texto sem palavras.



Há em mim uma fera que urra a força sinistra presente em seu desejo. Ela mescla o que idealiza com as respostas dadas pelo real. Simplesmente me perco nos pensamentos enquanto o corpo age. Por que motivo não haveria eu de ser mais um fútil qualquer? Vivendo de modo impulsivo atendendo ao estimulo do sexo compulsivo ou demandas televisivas de entretenimento alimentando o desejo fetichista e compulsivo dos outros? Somos meros pedaços de carne que apodrecem.
Os símbolos e significados criados pelo humano como: o amor, carinho, compaixão, cuidado um com o outro através da alteridade estão simplesmente distanciados. Quais seriam as necessidades das outras pessoas? Como poderíamos ter a delicadeza de saber o que o outro necessita realmente acima do que ele deseja ou aparenta querer?
Quanta confusão toda de uma só vez.
Assim chegam dias festivos os quais passarei na solidão intencional das minhas prisões. Não me permito ser feliz nesse inverno em pleno verão. Não quero desonrar em meu corpo a falta que tu me faz.
Se eu tivesse pulso firme talvez evitasse alguns problemas, mas cada um é responsável pelos passos que escolhe dar e suas consequências. Maldito coração meu, quanto mais o tempo passou, mais trouxa e mole me torno. Masoquista sofredor.
Quais foram meus ganhos e perdas? A que aspira meu futuro promissor?
Ora garotinho, por que não se deita e dorme um pouco? Por que não lê outros livros, estuda, se organiza e arruma toda sua vida? Por que não estar logo pronto ao outro alguém? O que quer realmente a tua confusão?
Agora pare de chorar e deite sutilmente sobre a grama, observe nuvens e estrelas permanecendo em sonho. Você se escravizou em sua escolha e desejo que seja consumido por ela até a ultima gota sabendo assim que foi coerente consigo próprio - Intenso, real e resignado sacrificador - “Quod me nutrit me destruit” literalmente. Desde o princípio fora essa a profecia do blog no sangue presente nas lágrimas de escorpião. Trancado em mim mesmo; incompreendido em meu silêncio; morto a mim mesmo por subjugar meus sentimentos. Nada mais, nada menos do que um temperinho de vida.

Eu amo.
Te amo.
Amo amo,
e não des"amo".
Minha escolha é te amar,
mesmo que amar não te seja dado como um dom
tu me amas.
Nos amamos de vários modos diferentes.
O vosso abraço me faz ainda mais amado,
do que o amor que a morte tem por mim.
Pelos meus desejos,
minhas palavras,
tudo finda com esse ponto incompleto no texto, as reticências...