terça-feira, 21 de setembro de 2010

Concordo!

http://thesisdifficilis.blogspot.com/2008/06/mais-uma-de-amor.html

O amor é um dos temas que mais inspiram escritores por aí. E quem não gosta de ler uma boa história de amor? E sobre o amor em si esse sentimento que eu não entendo direito. O amor atinge a gente de um jeito absurdo. Muda, transforma, anima, incomoda. Tudo isso junto e muito mais. O amor lírico é o mais aclamado. A idealização do encontro, do ser amado e do felizes para sempre. Não que eu não goste, mas nunca acreditei muito nisso. Prefiro os amores viscerais. O amor afinal não vem para trazer paz nenhuma. Esquece. É desejo, pessoas misturadas, aflição, felicidade angustiada. Não saber onde acaba um e começa o outro. Carne, cheiro, gosto, gozo. Aceitação do outro, receptividade, descoberta, in-ti-mi-da-de. É, o amor é mesmo essa coisa que faz com que a gente se sinta mais vivo. Só vale a pena assim, né? Outro dia encontrei uma definição do Caio Fernando (é, ele de novo) que traduziu de forma bem cortante esses meus pensamentos sobre o amor. Aí, vai:



- Pode ser, mas... Suponhamos. Eu já vivi isso. E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo, No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido? Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, porque de repente você até pode gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também.




(Caio Fernando Abreu - Pela noite)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sábado, 29 de Agosto de 2009

Mostra-me!

Dentre muitas perturbações relatarei inocentemente dois sonhos de hoje. No primeiro estou acorrentado à parede com o corpo nu e olhos plenamente direcionados a cama que se apresenta a minha frente. Nela meu namorado delicia-se com quantos corpos desejar. Vejo em seu rosto a expressão de prazer com lábios mordidos, penetrações intimas e gemidos musicais. O esperma jorra farto entre eles junto às lágrimas de ciúme e vergonha que escorrem no meu rosto. Ciúmes pelo amor ideal perdido, pelo namorado que ignora meus gritos e vergonha por ver também meu pau ereto diante da traição.
Sinto-me fraco, me sinto só, me sinto ambiguamente enganado.
O segundo sonho não é fictício, ele se apresentou como verdade. É como se meu espírito flutuasse no escuro da noite rompido apenas pelas luzes de postes amarelados. Lá em cima eu vejo novamente meu namorado beijando alguém que não consigo avistar o rosto. Eu aponto gargalhando de nervoso dizendo que sabia e ele em resposta lança uma nuvem negra como se não quisesse que eu visse o que aconteceria no final. A dúvida do resto ou de outras coisas gelam meu coração e eu caio morto no sono profundo perturbado por mais e mais pesadelos.
Estou ficando louco por ver coisas que não existem persistindo nesse sentimento insistente de coisa errada.

Sábado, 29 de Agosto de 2009

Vale a pena esse peso?
Quem me dera às palavras garantissem a segurança que por obrigação meu coração deveria dar. Olhares tortos para vultos vulgares soprando aos ouvidos promessas “falsas” de atos e fatos em desacordo com o amor.
O que é certo e verdadeiro?
Como se apropriar do mundo real e não de ilusão a qual as palavras contam tentando confortar a imaginação, quando na verdade faz o oposto e me mata lentamente. Lentamente são as lágrimas que escorrem e ressecam a vida. Lentamente eu definho em dores, vômitos e pensamentos perversos de histórias ditas por todos ilusória.
Terei eu perdido meus instintos ou quem sabe feito mal a alguém tão forte que o retorno seja a depressão, a infelicidade contrariando minha melancolia típica?
Por que os erros do passado precisam da crueldade imposta pela justiça (sistemas de valores morais somados a consciência)?
Talvez não exista ordem alguma nesse universo certo e confuso e tudo não passe de um acontecimento infeliz... Paranóias escorpianas ou alargamento do dom daquele signo que é o único a conhecer o intimo das pessoas, porém condenado a jamais se conhecer.
Crises que colocam em risco o futuro e a vida sonhada por mim. Coincidências e fatos do acaso que são irônicos e sarcásticos... Para mim a verdade é sempre melhor do que qualquer coisa. Jamais poderei concordar com: “o que os olhos não vêem o coração não sente” ou uma situação qualquer parecida com essa. Isso não é, e jamais será o melhor em meu mundo.
Teresa sempre retorna e sempre sente um cheiro que só ela compreende, é ela escrava de um amor que não pode ser explicado. E a distância... Já não sei dizer em palavras.
De certa forma um tenta cuidar do coração do outro, mas o medo do possível fode com tudo ou seriam as “ideologias” de vida que estragam a sinfonia?
Só vejo preconceitos crescerem em relação ao GLS, transtornado pelo meu pânico em mais uma vez ser traído como em tantas vezes do passado. Isso para não dizer todas, marcando a sina dessa falsa Capitu que nasceu. Nesse caso minha dúvida será eterna, pois nenhuma das partes dará seu braço a torcer. Transformando a verdade e a mentira em coisas irrelevantes por desacordo do casal.
Mesmo dessa forma eu preservo os ideais já muito utópicos de fidelidade e sinceridade absolutas como a única condição de permanência do nosso acordo. Quem me dera bastasse a promessa de que eu cuido de você e você de mim. Nada, nunca é tão simples assim.
Se o erro não foi cometido então me diga qual é o problema? Ou quem sabe, quem será o sadomasoquista que se isola e guarda a verdade apenas consigo? Não deveria ser cavalheiro e compartilhar tudo com o outro?
Talvez, como eu acredito, as coisas são como são porque assim escolhemos. Só espero que meus olhos vendados realmente apontem uma inverdade. Porque dessa forma eu terei sido injusto e você a todo o momento coerente com meus pedidos. Quanto antes às coisas se esclarecerem antes as coisas se tornam mais firmes e sinceras no sentido de forjar aquilo fundamental chamado: CUMPLICIDADE. Acreditar que o amor pode mesmo tudo, caso contrário o futuro será insustentável.
Me de um tapa pelo meu erro para que eu perca uma vida toda tentando compensar ou assuma meu desespero para que eu decida o que podemos fazer afim de ficarmos juntos sem que isso possa tornar a acontecer.
Se eu cobro tanto é para poder me sentir seguro de qual estratégia assumir em prol do meu sonho de amor eterno. Não quero mais procurar, não quero mais ser deixado. Só gostaria de ver tudo em verdade sem pudor ou barreiras do superego para finalmente dizer que sou seu e você meu. Não é, portanto a infidelidade ou a mentira que estão me destruindo, é o resultado de algo assim que impossibilita (espiritualmente/fisicamente) um poder ser plenamente do outro.
Me diz agora o que é que eu faço?

Sexta-feira, 21 de Agosto de 2009

Imponderáveis

Toda noite esse desejo persistente embebido pelos seus negros cabelos nas minhas narinas embala o sono no desejo incerto. Olhos que se fecham sem querer abrir e quando se abrem desejam retornar ao sono eterno. Tão sedutora quanto à menina vida você é mais madura e bela enquanto sutilmente sussurra promessas aos meus ouvidos. Você me diz outros nomes, mas sei bem que te chamam morte.
Dançando a noite sobre meu corpo, desfila assim antíteses de um veneno cego em encerrar ao certo as batidas do coração. Tuas mãos abraçando meu pescoço, porém ainda é muito fraca para poder me estrangular separando o corpo da matéria alma. Nada mais de pensar, apenas apodrecer nesse doce romance que tanto me empolga.
Acasos involuntários do destino reto, certo e ditador. Armadilha pronta, portanto a luta está lançada entre Renan e Khydo, pesado e leve, amor e individualismos. Separados e unidos em um só fluído: lágrimas.
Não sei para que chorar lágrimas ácidas no deserto (solidão) por mim inventado?
Eu não falo aqui, as palavras se despedaçam e voam como letrinhas num esguicho em vômito. Como uma tela essa inconstância configura algo não escrito, mas sim desenhado em sensações. Talvez isso seja o surrealismo, onde o produto em expressão diz algo diferente do que mostra. Seria olhar além.
Já eu não sei para onde olho em meio a tanto sentimentos que geram angústias e incertezas. Parece, na verdade, que meu destino se torna cada vez mais certo: Burrices feitas, preços pagos.
Até quando serei escravo da insatisfação, insaciedade, infelicidade repetida. Serei escravo da necessidade moderna em ser individualista, andando apenas com minhas pernas, meu emprego, minha vida só minha?
Essa conformação existencialista que forja as relações humanas amorosas ou não da incompletude eterna do outro. Para sempre condenados a desejar, mas não obter o outro seguindo um horizonte esquizofrênico, inatingível. O inatingível é minha angustia, por que não posso compartilhar da alteridade?
Imaginação dos infernos que me acorrentou a um mundo de sonhos onde consigo enxergar mais do que as outras pessoas e ser sempre muito menos, muito menor do que qualquer um. Finalmente atingi a essência humana, vou me tornar um verme, uma bactéria me descomplexificando, devolvendo as questões a um nada.
Bom dia rapazes por que não abusam mais ainda do meu corpo, mente conjunto completo?
Já passou da hora de um asteróide cair e aniquilar a vida terrena; passou da hora de um demônio poderoso atear fogo ao paraíso; do próprio homem gerar uma bomba que coloque fim ao universo... Todos incompetentes.
Nem é raiva isso tudo, são negativos do que as palavras não podem dizer, os sentimentos não deveriam ousar traduzir e menos ainda os inteligentes conseguiriam compreender.
São lanças metálicas perfurando sem dor a minha carne de onde escorre um esperma viscoso mesclado em tons brancos e amarelado. Minha boca contorcendo-se de prazer por ver a rotina se realizando em um desejo sucessivo de masoquismo.
Seria tudo isso saudade de um imprevisto ou medo da repetição fugaz?
Por favor, peço a quem lê tão insanas declarações, por que você não ousa tentar me dominar e quando isso for atingido (se isso é possível), por que não tente possuir completamente além das conquistas que puderam ser imaginadas? [Retalhe meu corpo e me engula, não deixe para a terra o papel de me digerir. Faça você mesmo e me eternize em seu espírito humilde]
Intenso, é como eu traduzo as minhas muitas vontades/necessidades...

Segunda-feira, 13 de Julho de 2009

Ao menos uma vez certo
Me sinto órfão e sem sentido nas escolhas guiadas pela emoção. Quem me dera nossa maturidade fosse preparada o suficiente para selar o acordo em sangue marcado.
Você diz: "Não me deixe só..." Eu digo: "Why does my heart feel so alone?".
Eu trago minha certeza; você teme o impreciso.
Minha vontade é imperativa quanto ao risco necessário da minha decisão. É meu coração em jogo na luta por quem sabe um dia o teu eu, nós, o completo sem nome no amor, cumplicidade e compaixão.
Falar dessas coisas é difícil para alguém que cansa e morre a cada nova desilusão, além das palavras insuficientes que ousam falar de sentimentos e coisas ora materiais, ora metafísicas.
Será que você consegue entender o que a mim os descaminhos do destino proporão?
Motivo o qual você se tornou tão grande e irrecusável.
Como de costume eu invertendo as coisas e ao invés de seu coração se render a minha paixão, fui eu que cheguei no momento errado e me rendi a você. Escravizado pela vontade de realizar meus sonhos com e em você eu minto em poesia dizendo que está tudo certo sem nada a temer.
Quem me dera eu venha a ser bom o bastante ultrapassando palavras e me fazendo um presente irrecusável pronta entrega em sua porta.
Se for o caso de acertarmos as coisas diga me apenas quanto tempo e o que é preciso para eu ser tudo aquilo que você pudesse sonhar ter. Me ensine a ser perfeito e eu te ensino a ser...
Por um momento paro, enquanto minha vida corre, e reflito sobre quantas declarações sinceras de amor escritas eu já recebi. Vixe, Nenhuma! ¬¬
Para dizer a verdade eu nem sei se algum dia a minha hora há mesmo de chegar, no entanto desacreditar nisso seria motivo o bastante para abraçar uma forma de suicídio.
A passionalidade que bomba o sangue da minha motivação é na verdade aquilo que faz de mim alguém racional.
Gostaria tanto poder me tornar um ponto final de "n" transformações colando agora e ficando para sempre em sua vida. Tão intenso e tão assustador meus desejos incontrolados e apressados em olhos fixos nessa descoberta única que foi você.
Todo meu passado foi importante e necessário, mas não teria dificuldades em trocar tudo por alguém que descobrisse em si uma entrega da qual eu proponho.
Não sou o melhor, mas não sou igual a nenhum mais;
Não sou completo, porém isso é uma questão de tempo a ser resolvida quando você comigo firme estiver;
Não sou arrogante ao ponto de não aceitar sua vontade em recusa a todas promessas minhas;
Não sou exageradamente ambicioso para pedir mais do que você possa me dar.
Sou paciente, pois há 22 anos eu jamais encontrei o que ainda nesse instante quero;
Sou frouxo, afinal deveria ter ido com mais empenho e arrastado você até onde meu coração liricamente encontrou o sonho.
Estou seu escravo na espera de uma resposta ou atitude que de um novo sentido a Almagemea ou amor perfeito. Real ou ilusório, o importante é o que essas coisas significarão para nós de hoje até não sei mais quando.
Desta forma fica Eco embalada pelo sono idílico sobre Narciso a espera do momento exato do despertar. Cabe a Eros cumprir seu papel e concluir as tramas do nosso encontro

Segunda-feira, 13 de Abril de 2009

Traças pela casa

Nem sei a quanto tempo não limpo minha casa. As teias de aranha, as traças, a poeira e a terra vermelha, branca e preta dominaram todos os cantos.
Não vejo um lugar seguro onde as roupas possam ficar limpas ou os pratos e todas essas coisas que fazem duma casa um lar, possa readquirir sua decência. Minha residência está mais para um chiqueiro, sem querer chamar de lixão ou lugar sem dono, do que qualquer outra coisa.
Se a casa reflete seu dono, acho que deveria me preocupar mais com minha saúde. Talvez meus problemas sejam maiores do que a falta de dinheiro ou o cabelo que de liso, crespo está cada dia mais cacheado e arrebentado.
Estou desnorteado sem saber o que desejo. Mais silêncio ou mais barulho; pessoas ou namorados; ações práticas ou reações teóricas; viver ou voltar à vida?
Mesmo meu telefone que não tocava mais, tenta agora dar sinais de luta ecoando o som da saudade e da distância. Enquanto aqui chove, ai faz um pouco de frio. Sua voz e a forma como as palavras brincam em seus lábios, fazem cócegas em meus ouvidos que se riem e desejam ainda mais estar bem perto a ti.
Filmes velhos na tela quente, acompanhados de um chá solitário, que na verdade teimam em distrair-se com pensamentos abraçados a sua lembrança.
Brincar de falso amor é tão divertido quanto inventar relacionamentos e sorrir sinicamente diante das palavras de um blog fantasma. Talvez seja esse o motivo desta casa estar nesse estado, eu morri e virei fantasma.
Se foi isso que aconteceu, fico muito triste pelas possibilidades que serão negadas. Negadas a um novo amor de encontrar seu amado ideal; negadas a crianças de terem um educador; de terem amigos um ombro distinto; de terem as plantas e animais uma boca que os vá devorar.
Pensando assim até parece que sou muito importante. Para as traças talvez eu seja mesmo, afinal representarei a morte de muitas delas, como também serei aquele que sozinho com elas conversa.
Acho que é hora de me empenhar em uma faxina. Sabe-se lá quando uma visita pode aparecer. Um bom começo pode ser por concluir velhos trabalhos, organizar pendências da vida passada e retrabalhar os projetos futuros.
Por isso mesmo vou buscando meu isqueiro, bolando um grande cigarro de Dostoiévski em “O Idiota”. Como bom homo-literatus viciado no niilismo e pessimismo sadio da mudança destrutiva de um melancólico criativo. Quanta informação para dizer absolutamente nada. A arte da embromação é o que o Renan é.
Espero-te aqui em casa ímpeto criativo e menino camaleão... C212 eternizado, apreenda-me o quanto antes.

Quarta-feira, 19 de Novembro de 2008

Por Favor!

Bom seria se pudesse estar enviando essas mensagens por cel como me era possível antigamente, dando uma sensação de maior proximidade por assemelhar-se ao tempo presente. Mesmo assim, é claro que vou ficar imaginando você lendo, rindo ou se assustando com minhas bobeiras.
Minha intenção inicial era narrar algumas das coisas que eu imagino em casa, na escola ou outros lugares. Como você sempre me pergunta, o que será que ele está fazendo?
Vai vendo:
Geralmente eu estou estudando mesmo, raras vezes estou na casa dos amigos ou saindo com eles para algum lugar quando você me liga ou manda mensagem.
Quando estou em casa, geralmente começo pensando como sou triste, infeliz e o diabo a quatro. Todas questões sobre o por que da minha demora em realizar determinado trabalho, o por que de tanto coisa inacabada em minha vida.
Em outras ocasiões, fico reclamando para mim mesmo sobre como pode as pessoas próximas a mim não me darem valor (salvo raras exceções) e as que estão distantes serem namorados em potencial? Chegando a conclusão de que ou eu sou muito chato pessoalmente, ou eu seria muito feio, fedido e qualquer defeito desafiador de relacionamentos.
Com tantas bostas em minha cabeça eu quase não faço nada de útil... Assim sigo em meu almoço, jantar e limpeza da casa. Eu lamentando sobre meus próprios fracassos e frustrações.
Conforme a noite cai o frio aumenta e eu como doces (afrodisíacos para mim), começo imaginar se você estivesse aqui o que poderia ser diferente?
Talvez com você por aqui eu poderia abraçar e apertar. Teria alguém com quem conversar e dar risadas, falar bobeiras e dar mais risadas. Me confundiria com amizade, amor e cumplicidade. Faria tudo o que não imagino possa ser a felicidade (como sou dramático).
Assistiríamos televisão; brigaríamos por cobertores, pois os pés sempre ficam para fora. Dividiríamos um pouco de sorvete que sobrou ainda gelado no congelador.
Sairíamos para festas, baladas e locais públicos/privados nos divertindo e também brigando (isso também é divertido). Assistir a filmes, comer pipoca, beber, beber, beber... E ficar bêbado!
Adoraria poder elogiar e ser elogiado, fazendo cafuné enquanto recebo, sendo recíproco ao brincar de re-apaixonar-me toda manhã.
São tantas coisas, bobeiras ou não, não importa. Seriam coisas nossas e só nossas. Chame como quiser, intimidade, cumplicidade, sonho, realidade, desde que eu possa sentir não me preocupo com a denominação.
Por que tem de estar assim tão longe de mim, parecendo inatingível e fugidio?
Quanto tempo precisarei movimentar até conseguir tornar essas palavras em suor e sentimento carnal?
Adoro fazer perguntas, principalmente quando não posso respondê-las sozinho, ainda mais quando eu teimo em dizer que assim estou!
Não quero sexo, isso já tenho facilmente.
Não sou egoísta, nem orgulhoso, pelo contrário tenho baixa-estima e falta de amor próprio. Por isso é tão fácil arrancar minha roupa, colocar uma camisinha quando não lambuzar meu corpo com o seu de leite espesso e talhado. Morder minha face, avermelhar minhas costas enquanto minha saliva corre sua orelha, sua boca, seu pescoço.
As mãos inquietas anestesiam os pensamentos em movimentos que não precisam ser de vai e vem, mas de carinho e delicadeza. Isso quando o cliente não pede agressividade, daí batemos, forçamos, “bombamos”.
Ansiosamente a pele transpira e a respiração se altera, algumas vezes gemidos, mas a sensação de esvaziamento é sempre a mesma. O momento ápice de algo indescritível e viciante passa, e tudo não passou de sexo.
Estou eufórico por algo novo como o amor.
Isso se algum dia eu conseguir entender o que é isso. Talvez uma busca inútil ou não, não vejo motivos para não tentar já que estou mesmo frustrado sem nada a fazer.
Prefiro ser otimista e acreditar que alguma coisa produtiva nessa procura há de surgir, que alguma coisa de mágica em nossas conversas há de nós unir.
Talvez devesse enfrentar logo meus medos e morrer sozinho, deste modo eu faria menos mal ao mundo. Faria menos mal a alguém e, talvez fizesse menos mal a mim mesmo. Afinal de contas, sou ruim em tudo que faço.
Agora estou eu aqui como um boneco a espera de alguém que me pegue e venha brincar comigo. A pessoa usa, abusa e joga fora.
Sim, eu sou descartável. Entretanto adoraria encontrar alguém que me ajudasse a mudar isso, sozinho e apenas seguindo as lições da vida não tem sido o bastante. Preciso de alguém e não sei se esse alguém seria você.
Pior ainda seria você dizer que eu não deveria me rebaixar a tanto dizendo que não tenho forças, que me sinto incapaz de mudar algo sozinho. Que eu deveria me dar o valor, assumir um mínimo de dignidade. Porém não é assim que me vejo, que me sinto e literalmente isso significaria que você não é a pessoa certa para mim.
Eu também em sinceridade lhe digo: “Não quero te usar para me sentir melhor, atingir um ponto de auto-suficiência e depois partir invertendo a lógica, transformando você em um boneco. Eu quero você e só você para fazer o te amar”.
Mesmo que tudo de errado no final, terá dado certo e proporcionado felicidade nos momentos em que durou.
Você precisaria ter paciência, pois saiba eu voltei a ser virgem nesses assuntos do coração, sempre tão caros e dados a desastres visto meu dom da burrice e do azar.
Nossa! Escrevi muito é melhor parar por aqui antes que uma preguiça tome conta de você por ouvir assuntos tão desinteressantes quanto o lamento de um homem, eu acho!
Desde já, obrigado as mensagens, os momentos, as fotos, os telefonemas, as tantas coisas e tão poucas... desde já obrigado pelos acidentes. Eu vou ficar aqui esperando ansioso você vir reclamar meu amor embrutecido pelos ventos gélidos do norte.

Comentários:

des-contente disse...
"Mesmo que tudo de errado no final, terá dado certo e proporcionado felicidade nos momentos em que durou.Você precisaria ter paciência, pois saiba eu voltei a ser virgem nesses assuntos do coração..."adorei, adoro você, não esquece :*
21 de Novembro de 2008 01:45

KaHh kobayashi disse...
lendo tudo isso,só tenho a dizer,se joga! se joga nesse mundo q gira e gira,se joga nessa vida que ri de todos nós,"Mesmo que tudo de errado no final, terá dado certo e proporcionado felicidade nos momentos em que durou."=*
29 de Novembro de 2008 03:57

Quarta-feira, 10 de Setembro de 2008

So tell me he-he-he-hey: Do you wanna drink some alcohol?

Após tanto tempo, eu perdido por ai, vim aqui cuspir outras partes do eu vivido. Estive sumido como pretendo permanecer devido os trabalhos jamais concluídos, viagens desprogramadas e não sei mais o que!
Semana retrasada estive viajando, fui de caminhão até Piracicaba almocei com amigos meus e pegamos um carro para nos jogar estrada a fora. Nos perdemos, nos arriscamos e como sempre alguma coisa aprontamos.
Inúmeras aventuras entre risaiadas, com o combustível na reserva e os caminhões loucos pelas pistas. De São Paulo a Curitiba, passando frio até chegar em Joinville.
Amei essa cidade, tanto considerada das flores como dos Príncipes. Literalmente príncipes, inúmeros “boys”, quero dizer garotinhos branquelos, magrelos, narigudinhos e ... [realmente é melhor não comentar].
Nossa foi muito gostoso passar em Joinville, descobrir seus banheiros modernos nas relações sociais entre homens, cabelos e pintos. A batata gigante, o mirante que treme, a Dani e seus pais e muitas coisas impossíveis de narração.
Tendo abusado dois dias seguimos viagem para Camboriu, encontrando toda sorte de esquisitices no caminho, sendo a principal delas eu. Demos uma rapidinha em Camboriu para continuarmos viagem até Floripa.
Em Florianópolis corremos para o evento “Fazendo Gênero” na UFSC, a federal de Santa Catarina. Nem preciso comentar que a semana que passamos nesse local fora palco de uma quantidade enorme de bafos. Desde roubo de comida, a seção de descarrego, zoeiras com funcionários (Laranjinhas, Narigoman, etc), alunos (alternativos Lélianos), professores (Mirian Grossi e companhia), pessoas da cidade (Andrezinho, Zé Pelintra e muito mais).
São tantas coisas que não quero narrar, prefiro o ao vivo, pois selecionar uma ou outra coisa não seria legal. Enfim, essa viagem me ajudou a perceber que sou cachorrofóbico (não gosta de cachorro), mesmo tendo brincado com o Ufscão.
Ah me esquecia de dizer que dormi num mosteiro com mais 20 pessoas de Marília, foi uma zona essa coisa toda de coletivo, banheiro e sons de sexo frustrado.
Terminada todas missões acadêmicas começaram os fervos extras. As pessoas da facu com quem tinha me divertido tanto nesses dias foram embora com o final do evento. Nós deixamos o mosteiro e seguimos meio sem rumo em busca de lugar para ficar.
Acabamos ficando numa casinha maravilhosa no alto de um morro. Todo lugar aspirava a Poullan, mesmo sua dona Laís. Para melhores ilustrações vejam as fotos que serão postadas futuramente no fotolog.
Fomos em barzinhos alternativos (estilo UNESP [acho um tédio]), fomos em baladinhas como o Divago (Perfeito). Nuca vi tantas pin-ups ou coisa assim entre pop, rock, punk tudo regado pelo alternativo. Um lugar onde tocava “Cansei de ser sexy”, “Ting Tings” (estourado nas baladas européias desbancou até a Madonna do primeiro lugar), etc. Ninguém era de ninguém, um pedacinho do paraíso em aparências.
Eu e um amigo também fomos na pior balada de Floripa, o Mix Bar. Fora os Go-go-boys e o menino de cara emburrada não tinha nada mais naquele lugar.
Teve um dia em que dormi no carro, outro dia corri atrás de um menino só para descobrir a marca do seu calçado. Fomos em um restaurante vegetariano tailandês e muitas, muitas coisas.
Fomos nas dunas da praia da Joaquina, pegamos frio em quase todas as praias, na noite e na lagoa. Mesmo assim fomos duas vezes na praia de nudismo. Não tive chances de ficar pelado, entretanto estou me planejando para ainda esse ano ir a outra praia, com outras pessoas ou mesmo sozinho, ficar peladinho [alguém quer vir?]. Melhor parar com essas putiças, seu Zé Pelintra já me visitou em Floripa, melhor não abusar.
Tantas coisas de Florianópolis se perderam em minha memória, restando as cicatrizes de um abdômen que sacolejou em gargalhadas. Por fim iniciamos o retorno, indo ferver mais uma última noite em Joinville.
Claro que não poderiam faltar bafos como eu subindo no palanque dos Bo-bo-boys e ficar dançando. Depois disso tive uns tri-li-lis e no outro dia finalmente pegamos o carro de volta a Marília.
Excluí várias coisas para não ficar enchendo o saco de vocês. Apenas outras informações: Minha alergia atacou em Marília devido o ar seco em choque com a umidade de SC.Adorei comer a banana do André, pela manhã na solidão de um sol morno e desejoso. Realmente é bom parar por aqui, tem coisas que ninguém sabe: Quando o sapo dorme a borboleta voa, não é mesmo Ta?!

Comentário:

Matt disse...
kkkkkkkkkkkkkkvc e suas maluquices!;*
14 de Setembro de 2008 19:54

†. [gєєh].† disse...
"Quando o sapo dorme a borboleta voa, não é mesmo Ta?!"oO'é mesmo.. num deve contaa tudo em detales o que fez!Depois se conta pra mim escondidim.. saudade :*
17 de Setembro de 2008 18:13

Sexta-feira, 8 de Agosto de 2008

Te-téia

Novamente as formas que me rodeiam se esvaziam e a rotina torna-se um papel cinza viciado pelos meus olhos de angústia. É tão fácil enjoar-me da vida, que onde alguns questionariam como alguém poderia pensar em suicídio eu pensaria o contrário, como fazer para querer sempre estar vivo? O pior nisso tudo é que nem mesmo a morte serve de solução, algumas coisas persistem em faltar. Falta de sarna para me coçar não pode ser, pois por enquanto nada de que eu realize meus trabalhos pendentes da faculdade; Nada de que eu de um jeito em minha vida social; Nada de que eu saia vitorioso e minhas lutas psíquicas; Nada de que eu me livre do exílio e reveja amigos distantes ou distanciados.
Vendo pelo lado bom nisto tudo parece que estou ficando ótimo na prática do “não fazer nada”. (Não estou me queixando de nada ou querendo culpar a cor cinza pelo meu negativismo, pessimismo ou qualquer coisa, no fundo, talvez eu me divirta com tudo isso do mesmo modo que alguém degusta “desventuras em Série” por mais de uma vez no cinema ou na tv).
Estou me conformando e podem até fazer DNA para a certeza de toda nação: Eu sou um Addams! Não é atoa que na escola já fui chamado de Tio Xico, enfim, vou pular esses assuntos blá, blá, blá que sempre incluo, para poder falar um cadinho de minhas férias.
Eu vadiei ao máximo, descontrolando horários de dormir, alimentação e sei lá mais o que. Sem beber uma gota de álcool fervi horrores, tolerei a Festa do Peão e inúmeras party-house, aniversários e festinhas de família. No meio dessa bagunça toda, abandonei minha agenda de miss, conheci umas pessoas e uns parentes (outro dia eu falo deles), enganei uns trouxas, dancei e fumei com a Pomba-Gira e mais umas artes. Fiz o grande favor de perder a Parada Gay em SJ. Do Rio Preto, repleta de Punks, o que aumentou ainda mais minha frustração.
Conheci outras bandinhas que em alguma medida passam pelo pop/alternativo como Ting Tings, uma outra música do Vampire Weekend postada no orkut e outras coisas mais exóticas como Rasputia e Collide. Aproveitando a falta de coerência e coesão do texto, tem mais uma coisa que adoraria lembrar, pois me divertiu bastante: “Não sorria (toda séria ela ficou)... bilu, bilu, bilu... é mesmo um palhaço (risos). Pior de tudo é que você não é chato, só nasceu errado [tomara que tenha concerto e eu consiga realizar meus desejos]

Comentários:

KaHh kobayashi disse...
q tenho a dizer,é q me sinto uma amiga desnaturada,q deixa vc pensar essas coisas semeu pra pensar, fazer, sentir, se iludir e iludir junto.saudade fato.=*
14 de Agosto de 2008 17:22

Matt disse...
ting ting e vampire weekend são boas bandas alternativas... eu gosto ;D
21 de Agosto de 2008 23:23

Jana Escremin! disse...
Quanto tempo não vinha aqui :DLi o texto inteiro, ADORO a forma que você escreve :}O "nada" é nada mesmo né? HUAHAIUAHIUABooom se te reconforta estou quase me vendo no seu texto...Agora que não tenho mais conflitos emocionais com outro alguém não tenho mais o que fazer !ISSO ME INTRIGA! kkkkkk :}Será que também tenho DNA da Família Adams? Porque sempre me chamaram de Mortiiicia, acredita?!Ou da Samara Morgan !! :@@hahahahahaBeeijos! :*
1 de Setembro de 2008 21:06

Segunda-feira, 9 de Junho de 2008

Bastaria dizer valeu a pena, você tem valor!
Mas é claro que vou escrever sobre, não poderia ser mais óbvio, sobre como um ponto nuca finaliza. Estou me referindo a um não-namoro, entretanto uma forma de relacionamento meta-paradigmática embebida de pós-modernidade e transições.
Quando a tragédia e os dramas superam nossas expectativas podemos fazer e enxergar nosso diário de desventuras enquanto um romance, como poesia ou pura melodia. De modo que o cinza se torna colorido e minhas lágrimas em suspiros.
Seria indigno lamentar ou mergulhar em devaneio, querer dobrar o destino para viver utopias, sendo que fiz tudo o que pude. Assim felicito-me pelas descobertas, os momentos doces que pude colecionar repetindo algo que já disse: “Caso tudo termine agora já teria valido a pena”. E é com essa concepção que eu obrigo meu coração a não apertar-se ou sufocar-se nas tristezas, pelo contrário me arriscarei nessa coisa de ir curtindo os momentos.
Se não deu certo agora, ontem ou amanhã; Se daria certo ou não de outra forma; Se existe, existiu ou existirá outros possíveis, não são questões que eu precise me deter. “Tudo valeu a pena”. Cada palavra gasta, cada carinho realizado, cada trapalhada, cada pedacinho do que se fez. Nesse sentido que eu digo nada mudou, o que eu acredito ter ganhado é meu e ninguém me tira. Já me conhecendo, sei que são tesouros permanentes e de difícil explicação (não são lembranças, é outra coisa).Sempre soube que não estávamos amarrados, nuca desejei um prisioneiro, portanto sabia que tudo poderia acabar de uma hora para outra e teria de vê-lo ir-se embora. Para ser mais sincero, existiriam outras palavras que sintetizam tudo em uma pequena frase, no entanto eu não gosto delas, por isso não as repetirei.
Claro que alguma tristeza, alguma ressaca fica, entre muitas coisas que ficam e não somem, elas podem no máximo se transformar com o tempo. Viver é permanecer em transformação, e embora eu não me esforce verdadeiramente em ser claro, me fazendo entender, procuro sempre conservar um “q” de incompreensão, de subjetividade aguda porque minhas mensagens sempre chegam a algum lugar.
O importante é que as partes encontrem a felicidade fazendo o que considerem mais correto. Não existe certo e errado, apenas escolhas, momentos, sinceridade e blá, blá, blá.
Eu aqui fazendo esse “samba-lê-lê” porque assumo com todas palavras como esse não-morado foi uma das melhores coisas que já me aconteceram. A tal ponto que foi a única pessoa a me satisfazer, saciar não seria possível o gostinho de quero mais é eterno. Ainda mais quando nos referimos a um anjinho do acaso.
Agora experimentemos uma amizade e vejamos o que é o “Tempo”. Minha vida ainda está sem rumo, mergulhada em incertezas cada vez maiores se desembestando por mil caminhos. Ninguém é perfeito, quanto menos imperfeito e menos ainda coerente 100% de sua existência. Estou vivendo esse fluxo de relações perpassando universos e simplesmente fazendo uma das poucas coisas que nos são permitidas: sobreviver.
O Matt é um desses universos que comporta saudade, odores, sorrisos, estresses, etc. Definitivamente ser “perfeito” não é o bastante, precisa ter um pouco de artifício mágico, que muitas vezes é confundido com a sorte.
Finalizando (não quero ficar falando muito,a final posso usar esses espaço para me redeclarar quantas vezes quiser ou sentir que quero, né!), eu adoro toda família, amigos, pessoas que envolvem esse momento. Ci, Kah, Rafa, Gi, Bia, Jana, Jéssica, Thi, Any, Tias e avó, entre outros que me esqueci, todos nesse e em universos paralelos ao do {B}ezzi.
Você sabe que sou seu fã, se fosse necessário por em teste, dê bastante tempo e aplique uma prova. Existem algumas coisas que não mudam (não vou explicar o que, deixe que os desentendimentos ajam). Um ponto nunca é o fim, é ai que começamos a refletir e iniciamos nossas viagens por outras ilhas e ...
Beijos, abraços, boa sorte, tchurururú, obrigado, snipes, mantenha contato e amizade...
{ ( . ) Quando “menos” se espera aparece um ponto, onde dizemos Pronto Agora é o Fim!}

Comentários:
†. [gєєh].† disse...
num entendeu o meu atual post?é a festa do niver do Lazin..Tiramos essa fotuu.. ficou rox ne?ou vc num entendeu o que comentei pra vc?:*
9 de Junho de 2008 14:40

†. [gєєh].† disse...
Poxa, li esse post aqui na faculdade. Na real Rê a tempos que num parava pra Ler um post seu.. se sabe que são grandes e taus.. hehee..Mais num sei que me deu hoje que o li enteiro.Num sabia do que tava acontecendo, bom, pelo menos não sei.Mais imagino algo.. mais deixa pra lá.Pelo que imagino, axo que vc ta sendo forte, e me encorajo so de saber que existem pessoas fortes como vc que quer o bem de uma pessoa que marca a vida da gente de uma forma dificl de esquecer.Na verdade num sei nem o que fala sobre isso pq ultimamente nem vontade de comenta o que esta acontecendo na minha vida ou pelo menos escreve algo para as pessoas lerem.Sabe pq? de medo das pessoas verem como minha vida é.. que esse modo alegre meu de ser so num passa de um sorriso infeliz.. que por dentro de mim.. em minha alma ah uma ferida incuravel a anos...Mais enfim num estamos aqui pra fala de mim.. so quero que saibaa..que to aqui pra o que der e vier.. que mesmo tando longe vc e o Diego são as pessoas que realmente confio. que realmente posso dizer que são "meus melhores amigos".Sorte ai... bejuss e se cuuuida
9 de Junho de 2008 14:51

kahh disse...
Acho lindo o jeito o angulo q vc está olhando a vida e esses acontecimentos.qto a mim, digo q para o q precisar estou aqui, pois, nesse não namoro d vcs, acabei ganhando nao só um amigo feliz, como um novo amigo tbm, e espero q isso não se perca, nem agora nem nos proximos momentos da vida q estao por vir. Pq a vida, a vida é uma caixinha de surpresas! aauehaue,nao resisti...mas enfim, t adoro, se precisar me grita! se nao precisar tbm...bjooo
11 de Junho de 2008 14:16

[M]att. disse...
e páginas de nossas vidas foram viradas...novas histórias vão surgindo e todas vão ser MARAS!te adoro, capeta.;*
12 de Junho de 2008 23:17

Quarta-feira, 28 de Maio de 2008

\__________Abraça-me__________/
Propriamente quando começo a compreender um pouco as idéias de Nietzsche, Descola, o mau uso de termos como pessimismo, além de conseguir abstrair uma pequena parcela do pensamento Cristão em relação aos meus, entra em jogo o destino. O que é essa porra de destino? Ele existe de fato?
Antes deixem que eu me explique.
Como comentei em outra postagem, minha Vózinha não estava bem, pois então, agora ela está pior. Se já não bastasse os problemas com a depressão, como os de coração, ela agora está com câncer. Para melhorar ainda mais, é o bendito do maligno que se escondia há cinco anos.
Abro os olhos e vejo o mundo indo embora rapidamente. Sempre do mesmo modo: as pessoas que gosto sumindo sem me levar ou tentar ficar comigo. Quantas pessoas precisarei perder até que chegue minha vez?
Quem me dera fosse capaz de viver sozinho em desafeto. Estou sempre na carência de algo, seja inteligência, seja amor, seja alguém, seja o que for. Num dia o desânimo rouba meu sorriso, no outro a morte ainda menina, no outro... Depois não querem que eu faça festa de minha vida!
Pelo contrário, viver uma festa contínua seria o melhor para desligar-me do passado, viver completamente o imediatismo, dos momentos aos momentos. Deixar de ser sério ou responsável (tradição familiar) para me tornar um santo baladeiro (experiências passadas).
Opa! Calma ai, minha avó não morreu ainda. Ela irá fazer uma cirurgia e tentar continuar viva. O ser humano é assim, sempre tentando sobreviver mesmo quando se mata. Independentemente do que aconteça não irei chorar, por enquanto, não enquanto não vivo. Entretanto mais tarde chorarei em dobro o tempo perdido, as palavras não ditas.
Tenho ódio de mim por ter sido parcialmente carinhoso na infância e totalmente frio nos dias de hoje. Pior ainda é que não tenho forças e o tempo não para. Um dia o tempo acabará e terei perdido todas chances de viver esses possíveis com quem quer que seja.
Parece-me que esses fatos tanto unem, como separam pessoas, ainda mais na fase da vida em que me encontro, onde, por mais que me considere um lixo, o que não importa de fato, o que me importa mesmo é ter sido importante para alguém independente de mim mesmo. E que tenhamos compartilhado felicidades, que na minha opinião, felicidade egoísta, dessas sozinhas nunca é tão boa quanto à outra.
Ontem, por exemplo, recobrei um pouco meu animo com uma mensagem tão doce de preocupações sobre minha vida e a declaração do sentimento de saudade. Às vezes parece tão raro receber algo inesperado, ainda mais algo assim: saudade.
Enquanto isso estou aqui, escravo das bibliotecas, dessa universidade, dessa vida de preparo, produção, consumo e sei lá o que. Realmente, o Diabo e sua ampulheta me superam sempre e me pergunto: Se existe o destino, como eu poderia chantageá-lo?
Nada do que desejo se realiza. Viver nos sonhos não adianta, aceitar a realidade não vale a pena. Puta merda, para que continuar vivendo então?
Talvez no meu caso, por persistência. Quero insistir mais e ver se ganho algo da vida. Na verdade estou sendo ingrato, ganhei muitas coisas. Pessoas maravilhosas, momentos únicos que me enfeitiçam em nostalgia.
Nesse instante acho que quero sair entre árvores e gramíneas, andar sozinho com plantas, animais e pensamentos em meu redor. Me curtir, beber, fumar e fazer qualquer coisa sozinho, para depois procurar quem me abrace. Melhor ainda seria ser surpreendido em minha solidão, por um abraço... que fosse o doce abraço da morte, da minha avó, do amor, do vento ou mesmo de minhas ilusões...
Solto como uma folha seca eu caio e sou levado pelo vento, meu destino é incerto e minha existência finita em suas palavras. Já as certezas, ilusões de uma realidade que queremos transformar em fortaleza como o amor e a segurança, o sonhado e o vivido. Tenho saudades de todos e temo o dia de suas mortes, porque a minha só tem sentido pela relação que constitui com as outras... Sou um retardado mesmo para dar um de falso filósofo! Pa-ra-béns Renanzito!!!

Comentários:

Jana Escremin! disse...
Poxa você escreve muito bem, expressa o que sente com tanta naturalidade..Eu já me senti assim, do mesmo jeito que você tá se sentindo :/ Não vou dizer coisas "clichês" como: 'Tudo passa...' e essas coisas. Porque sei que é irritante escutar isso qdo o que se quer é apenas um abraço, demonstração de afeto, certo? A saudade que você citou ai é a melhor forma de amenizar nossas agonias, é a saudade boa aquela que mostra que somos alguém para alguém..Que saudade que tenho dela :~ !Bom, mais na minha cabeça que não é muito certa já vou avisando, acho que você deve curtir sim a vida, e dar valor desde já as pequenas coisas.. Muitos problemas? Não é preciso resolver todos eles, aproveite-os. Tire o que eles tem de melhor, talvez lá no fundo e mais para frente você vai sentir uma imensa alegria. O destino é um tremendo fdp, eu sei. Faz as coisas irem embora para não voltar, principalmente aquelas que queremos guardar em potinhos de vidro e não deixar nem à mostra. Na sua solidão você sempre vai ter quem te dará um abraço, contar alguma piada ou inventar algo para te fazer sorrir por miléssimos de segundo, bom.. pelo menos é o que acontece comigo.Não pensa muito no destino não, porque ele acredita em você e te faz as maiores surpresas :( Todos nós tentamos trapacear ele, queremos viver mais e queremos que as pessoas vivam mais..Nem sei como explicar, mais ele possui duas caras. Sorria para ele em troca você vai ser recompensado ;)FILOSOFEI ¬¬' HAHAHAHAliga nãão, só tentei ajudar!Beeeijos! Adorei o texto :*
28 de Maio de 2008 12:37

KaHh kobayashi disse...
carpe diem meu bem!adoro filosofos de plantão, concordo com a prima do matt q eu nao conheço, vc escreve mto bem,saudade**
31 de Maio de 2008 16:10

Diego disse...
Acho que eu sou o centro mesmo...não que esteja sendo egocentrico...mas pelo amor de Deus que texto é esse...gente o titulo dele ta errado..."abraça-me"...devia ser..."mate-me"...eu nunca vi tanto pessimismo vindo de uma pessoa só. Que vê oq tem de errado e não faz nada pra mudar toda essa realidade, tudo bem a vozinha ta com câncer, mas não está morta...e tem o direito de lutar pela vida sim...da mesma forma que vc quer curtir ela tbm queira...se vc não chora ou não faz elogios o suficiente tente mudar isso caralho comece agora antes que seja tarde...pq dentro do caixão não vale nem a pena dizer, fumar, beber não é curtir a vida não tá, pois muitos de nós não precisamos disso pra encontrar um caminho que nos traga luz...alias se vc acredita que o Diabo esteja fazendo isso tbm deve crer que ond ah trevas ah luz...olhe ao redor nem tudo é perfeito, mas ficar se lamentando é o fim da picada...eu descordo dos comentarios anteriores...pois devemos ter força de vontade...nada cai do céu meus amores...pode me chamar de Madre Tereza se quizer...mas vejo sim um mundo mais lindo...com flores e cavalos correndo pelo campo...kkk...aloka gente pensei no "My litle pony"...se não acreditarmos na vida e em nós mesmos...meu anjo vamos crer em que?!Se vc quer mudar Renan comece logo antes que seja tarde...não passamos por nada atoa...um super abraço e saiba que te adoro...mas seja mais positivo...a alegria mora dentro de cada um saiba encontra-la!Bjos
3 de Junho de 2008 15:16

Anônimo disse...
Cuidado com o que lêem crianças. Eu trabalho com símbolos, ironia e sarcasmo. O texto se propõe o oposto por isso sito Descola entre outras coisas, que representam o contrário do que possa leva-los a pensar. Na verdade estou repleto de reflexões realista que não se propõe ao otimismo nem ao pessimismo. O motivo de dizer parabéns para mim no final é que esse texto realmente é filosófico e de difícil compreensão sobre o que é real. Mas minha crítica principal é sobre a efemeridade das palavras, das ações, etc. (coisas que darão num artigo científico, caso decida me explicar aqui).Resumindo, falo de meus limites e dos limites das possibilidades... se eu pudesse fazer algo já teria feito e não estaria verbalizando. Na verdade tem muita da crítica de Descola, que não é simples. Peço perdão e aprecio os comentários, pensem em mim com essa tríade de sarcasmo, ironia e simbolismos. Não fiquem presos a aparência dos textos eles dizem mais do que aparentam sobre coisas... já falei de mais!Alterego sublevado!
6 de Junho de 2008 09:32

Sexta-feira, 16 de Maio de 2008

Quem ama cuida e não domina ou impõe!
“Não digo que não me surpreendi

Antes que eu visse, você disse e eu não pude acreditar

Mas você pode ter certeza de que

O seu telefone irá tocar

Em sua nova casa que abriga agora a trilha

Incluída nessa minha conversão

Eu só queria te contar” Cássia Eller

Pois vejam só no que resultou minha carta, recebi uma carta resposta:

“Giovana 13/05
Primeiramente, você escreveu tudo, ou um pouco o que eu estou passando agora.
Não imaginava que você me visse tão bem.
Eu também tenho dificuldade em demonstrar carinho e afeto, não consigo, não sei porque.
Queria muito tocar, abraçar, beijar, mas não consigo.
Eu sempre achei você e o Raul perfeitos (filhos perfeitos), mas agora Renan não te acho apenas perfeito mas muito (especial) nós pais que deixamos a desejar.
Quero muito a felicidade de vocês.
Estou tentando mudar um pouco, mas é muito difícil, eu sou fraca, indecisa, tenho vergonha de enfrentar a situação e conseqüências.
Tenho dificuldade de aceitar as minhas mudanças, mas vai acontecendo aos poucos.
Em relação a você ser gay eu e seu pai já sabíamos eu só queria ter certeza.
Porque sei das dificuldades do preconceito.
E foge do que achamos normal.
Se você quer isso para você, escolheu esse caminho difícil, vai precisar de muita força e coragem.
Aos poucos vou conseguir encarar com naturalidade.
Acho o Matheus uma graça.
O que me preocupa é sua saúde.
Abraço de sua mãe que te ama muito, e quer melhorar como mãe”.

Minha decisão em tornar público tal resposta foi pela noção de reciprocidade, vejam de que caldo cultural eu saí.
Como já escrevi muito e bastarão algumas semanas para que essas palavras se percam em meio a outras postagens é melhor ir encerrando.
Ah, antes que me esqueça. Não poderia deixar barato, olha só Matt ela te acha uma graça kkkkkkkkkkkkkkkk, realmente é melhor parar antes que isso termine em seqüestro, tragédia ou casamento.


Comentários:

[M]att. disse...
meu carisma!todos me adoramHJSHUSUHAUSAHUAHSxD
17 de Maio de 2008 15:18

†. [gєєh].† disse...
olooooooooooooco..na reall Renan paguei pau agora pra Titia Giovana..vamo arma agora de ir pra riberão pra come aquele pastelão que so a Jane sabe faze.. sabe ne aquele de 2 metros?too muitoo felizz.. e pela sua atitude e principalmente a da sua mãe de num ser egoista, e saber que independente da sua escolha vc é filho dela..^^amrrazoooooooooooooo!bejuuuuuuuuuuuus amo vc
19 de Maio de 2008 15:14

Diego disse...
Nossa que resposta teve essa carta...fiquei surpreso com toda essa reviravolta que o mundo deu...depois vc reclamava da sua mãe, mas no fundo ela foi a mais cabeça aberta de todas...pelo menos ela quer sua felicidade e vc não teve que ouvir que prefere um filho morto do que um filho gay...mas isso é bom Deus nos dá oq podemos carregar...nunca uma carga mais...mesmo vc não sendo fiel a ele...é a ele que devemos respeito...fico surpreso e muito mas muito feliz mesmo com a resposta dessa carta. Isso indica que nossa familia apesar de tudo pode ser unida e feliz um dia...não que não seja, mas a varios impecilios que impedem isso ou melhor nós mesmos não queremos ser felizes pois uma coisa taum simples que tornamos taum dificil...vejo agora que falta apenas mais um passo...só falta eu virar drag de vez...kkkkkkk...e subir no scarpin...adoroooo...um grande abraço meu primo querido e que tudo se encaminhe corretamente e eu consiga passar o 1º semestre de engenharia...BjãoMas a tia Giovana só errou em um ponto encheu a bola do primo Matt(cabeça de coqueiro)demais...kkkkkkk
22 de Maio de 2008 11:25

Quarta-feira, 7 de Maio de 2008

¬¬ EU Egoista???
Ui! Cheguei em Marília e o frio terrível logo veio ME atormentar. Incrível como pode variar tanto a temperatura em regiões tão próximas. Quero só ver se existem cobertores o bastante a fim de substituir o calor em ser aquecido por outro corpo sobre o MEU. O que ME lembra um pouco a gatinha do sonho que narrei.

Mudando de assunto, aconteceram milhares de coisas nesse final de semana que pretendo deixar de preguiça e escrever em algum lugar ou rezar para que alguém o faça preservando assim MINHAS lembranças.

Recordo que estava meio desencantado em postagens anteriores, porém, existem pessoas que não se cansam de ser perfeitas até mesmo em seus defeitos, não é mesmo Matt?
Se já não bastasse a realização de alguns sonhos, desejos, fantasias (não sei como classificar); tais como: cenas de Paulo de Faria, Votuporanga, conversa ao luar na prainha, etc. Agora surgiram mais dois mementos espontâneos extremamente mágicos para MIM.
O primeiro foi quando assisti um filme, somente nós dois, com pipoca e muitas lágrimas MINHAS em fuga. Lágrimas tímidas que escondem seus motivos, enfim, mesmo assim me senti confortável e satisfeito...
Já o segundo momento foi quando ficamos conversando na frente da casa da Kah, bem no MEU último dia, em que EU vomitava palavras e você ME ouvia. Senti como se tivesse um cúmplice, mesmo quando algumas coisas não foram ditas com palavras, nem olhares, elas o foram com intenções e atingiram meu coração (\o/).
Adorei quase tudo o que aconteceu, entretanto as coisas mais especiais para MIM, foram ter vivido mesmo rápido e ilusoriamente essa coisa dos MEUS momentos mágicos. Coisas que nem EU, nem a Poulain conseguimos explicar. Simplicidades que nos dão prazer e dispensam qualquer sapo com boca amarrada.
MINHA única preocupação é que quando acumulamos energias positivas e felicidades alheias, significa que alguma bomba está preste a estourar. Espero estar enganado, caso contrário à carta, a facu, minha poupança ou amigos de Votu, qualquer um poderá ser o canal desse mal futuro. Vixe! Melhor ME preparar e começar a cruzar muita faca no chão.


Comentários:

kahh disse...
ahh esse tempo,T_Te o fds teria sido perfeito sem o rinite.><'e to com frio dmais pra kualker historia.bjaoo
7 de Maio de 2008 14:30

Terça-feira, 22 de Abril de 2008

[Epitáfio] abraço etério
Boas notícias vieram somadas a bons ares, que chegaram trazendo tanto uma chuvinha nojenta, como a princesinha de Londrina. Parece mesmo que é quando tudo dá errado que as coisas dão certo, ou seja, mesmo com uns desencontros e dias preenchidos por desventuras em série conseguimos iniciar o processo de si conhecer.
Si conhecemos na cozinha, cozinhando e comendo (beijinho, lasanha, etc).
Si conhecemos na minha casinha, enquanto primeira visita que recebo em Marília.
Si conhecemos indo pela primeira vez numa boate GLS, vendo uma revista pornográfica (prefiro não comentar).
Si conhecemos, ela me ouvindo cantar e desfilando seminu pela casa... si conhecemos, um cadinho de nada!
Sinto-me mais leve em ter tentado compartilhar o Renan solitário de Marília, mesmo em seus complexos e dificuldades afetivas. Diria até, como os Titãs: “Queria ter abraçado mais, amado mais, aproveitado mais, as pessoas como elas são... os amigos, o por do sol, etc”. Completaria dizendo que nossas vidas só tem sentido se aproveitada nesses pequenos momentos.
Pena eu só me expressar com palavras, estou tentando aprender uma forma de ser mais carinhoso em meus atos cotidianos. Podendo me orgulhar da simple life que tenho, além de dar esperanças a minha alma de Muriel/Mariel (querendo ser outra pessoa e poder me casar).
Talvez a pior coisa que admiti nesse final de semana, foi minha condição de turista. Sou um turista por não poder conviver, compartilhar uma história com as pessoas que gostaria. Da mesma forma que elas me admitem enquanto um turista e por isso eu só existiria no verão.
Me senti leve, relaxado, des-carente com a visita da kah, mas me descobri: desesperançado, desanimado em ficar querendo construir algo que não posso. Infelizmente o Diabo já venceu com sua ampulheta e meu tempo passou. Não sou mágico, não posso fazer as coisas sozinho, nem inventar algo que não exista: uma vivência, uma cumplicidade de longa data com meus amigos de Votu. Desse modo à realização nas pequenas coisas, em dados momentos, tornou-se um artigo de luxo fazendo do meu coração uma fumaça invisível.
Digo em verdade minha querida, que se os fantasmas me deixassem eu faria um pacto com seu coração. Eu em lágrimas e em vontade de unir forças, lutando por sonhos. Aquela coisa de um pensar no outro e conviver, estar junto.
Por favor, não deixe a vida nos vencer assim, não deixe os sentimentos sumirem... não quero perdê-los como faço todos os dias. Isso em especial para a Kah, o Rafa e o Matt. Todos os dias eu perco vocês, e mesmo as palavras não podem trazer de volta, mas me ajudam a permanecer enquanto um turista que de vez em quando visita vossas vidas.
Acho que é melhor ser um turista do que um cadáver, esquecido ou lembrado, mas totalmente abandonado... “São fantasmas que me sopram aos ouvidos coisas que eu nem quero saber...”.
(Queria escrever mais, mas se o fizer pode ser que ninguém leia, e nesse caso eu gostaria de que essa postagem fosse lida. Ao menos isso para não me tornar um cadáver heheheheh... mil beijos galerinha, até mais. Tudo depende do próximo pacote de viagem).

Comentários:
kahh disse...
Nao teria graça eu ter um blog qdo vcusa tao bem as palavras e diz tdo.turistas...eu sinto q sinto o mesmo,mas prefiro pensar nisso como akeles festivais d livros e filmes q tdo mundo vai e onde tdos se divertem e q soh acontecem nos veroes e primaveras da vida.se tdo fosse sumindo assim, acabariamos, nao. Na verdade nao se some, se soma, e os sentimentos acabam se fortificando mesmo q seja por tras da neblina da saudade.^^o proximo pacote vai ser ainda melhor, com direito a mais gente, mais comida, mais coisas a compartilhar.kianças xeias d coisas para fazer antes d morrer, nao eskeça do lanche q vc ainda tem pra ir comer lah, ahuaehue.=**
23 de Abril de 2008 20:53

Terça-feira, 15 de Abril de 2008

Eu confesso
Sim, não nego que estou apaixonado. Após ter enfrentado a tempestade desse mês, em minha bipolaridade de ser, voltei às primaveras e devaneio.
Na verdade isso ocorre porque lentamente elimino pesos dos meus ombros. Começando pela carta, em seguida pelas aulas, logo após pelos compromissos acadêmicos encaminhados e por fim, uma das melhores partes, por ter falado com quem queria via net ou celular.
Parece que tudo pode fuder-se ainda mais. Até vejo as coisas se complicando de uma forma terrível, mas, no entanto, estou tranqüilo, me sentindo bem e acho até que sei o porque. Talvez por compreender melhor o tipo de dialética em que vivo hoje. Se por um lado estamos sozinhos em nossos problemas particulares, por outro ganhamos um pouquinho de segurança por não estarmos assim tão sozinhos.

Queria eu poder escrever um manifesto aos carentes e solitários que sofrem, as pessoas que se matam por alguns motivos. Resumindo, tanto a meus pais que precisam sacrificar e ainda irão se sacrificar mais, tentando me fazer aprender a andar com minhas próprias pernas, abrindo mão de parte de suas vidas. E ao pai do Matt que está enfrentando uma barra dura afim de “sobreviver” pela e para sua família.
Ninguém está só ou isento de reconhecimento por determinados atos. Nós, filhos, às vezes nos fechamos e não esboçamos nossos sentimentos, pensamentos, entretanto eles existem, mesmo quando acreditamos que não seja necessário dizer.
Isso tudo até ajuda a me fazer voltar e pensar sobre a noção de sacrifício. Será que ainda não posso me doar mais? Achava que tinha chegado a meus limites, mas em vista de tudo, do mundo e da minha vida, será que não deveria derramar mais sangue, mais lágrimas antes de respirar minhas mágoas, minha preguiça?
Seria uma questão de lutar para viver ou viver para lutar, acho que não nos resumimos a isso!
Comentários:

thais disse...
oi tudo bomeu achei bastante interessante eu seu blogEu queria muitíssimo que voce fosse no meu,eu faco poesias eu sempre gosto de saber as opiniões dos outros se voce puder da uma passadinha laabraços.
15 de Abril de 2008 08:42

thais disse...
fico feliz por vocebom eu sempre olho os blogs a por conscidencia eu achei o seuvolte sempre no meu quando quiserbjs
15 de Abril de 2008 16:32

Domingo, 6 de Abril de 2008

Meu nome amarrado na boca do sapo
Lembro de todo plano arquitetado, mensagens de celular e expectativa corrente... eu correndo de um lugar a outro, além de fugir dos meus pais. Tantas coisas as quais tive de me submeter para poder conseguir uma carona e finalmente chegar até a chácara da Ires em Votuporanga.
Sem saber aonde ir ou o que fazer, um amigo passava mal dentro do carro e eu ansioso. Não tive duvidas, abandonei todos, pois já estava mais de duas horas atrasado. Com a coragem que não possuo entrei. Entrei com esperanças de que iria te reconhecer, o que não ocorreu me forçando a sair e... não me lembro se dei toques, ou algo semelhante, no seu celular.
De qualquer forma você saiu meio de repente e em um rápido susto, meu coração parou. Trocamos ois, no que minha memória permite, acredito que sentamos numa cadeira na entrada para conversar. O sagrado “si conhecer” que eu sempre falo.
Entramos, bebemos, tentamos dançar, vimos alguns amigos seus, tudo muito rápido e confuso, até que de súbito você “não” ousado, me beijou. Foi tudo o que queria, mas não tinha coragem. Após alguns beijos terminamos a noite entre nos conhecer e voltar a beijar.
Senti-me a Cinderela no baile do príncipe. Cheguei tarde e tive de ir embora cedo, todo apressado porque a minha carruagem ia se desfazer. O que colaborou para o clima de vontade e se possível espero ter deixado o meu sapatinho de cristal perdido em você.
Acho que deveria inverter as coisas que digo cotidianamente, e ao invés de eu te buscar, já que você ficou com o sapatinho, você poderia vir aqui me buscar. Reclame o que é seu por direito ó majestade. Tire-me dessa vida de limpar o chão, de gato borralheiro.
Ah! Memória terrível que teima em me deixar. Queira a sorte preservar em mim o que há de precioso: sentimentos, vida e [censurado]... melhor encerrar antes que...!!!!
Fim!!! (desculpe a confusão do texto)


Comentários:
kahh disse...
q lindo isso.^^abstraida dmais pra fazer comentarios longos.bjuu
6 de Abril de 2008 14:10

[M]att. disse...
kahh: "abstraida dmais pra fazer comentarios longos."'abstraída' aqui quis dizer: eu bebi a noite inteira, vomitei meu cérebro e comentários não saem.então, comentar sobre o que, né?acho que eu sei de mais detalhes que você daquela noite!huauhauha;*
6 de Abril de 2008 17:58

Rafa disse...
Relmente, eh lindo!!!Matt:"acho que eu sei de mais detalhes que você daquela noite!"Que nesse caso quer diser:" sou eu quem o dono do blog se refere em seu texto sua inerente!"by: Rafa, o Padrinho Mágico.

Sábado, 29 de Março de 2008

Matheus Escremin Moreno (assim, assado e etc)
Estou num momento de despertar o sono no qual dorme minha consciência; libertar meu senso crítico; aventurar-me, me arriscar em tomar posições me conhecendo ao refletir aprendendo a errar. Aprendendo a errar para acertar e mais a frente acertar sem ter de errar.
São algumas contribuições, coisas que afloram e devo grande parte, já vindo aqui a agradecer você, Matheus. Você que não conseguiria compreender com palavras e explicações as experiências que faz saltar em mim. A melhor coisa é perder o chão, olhar para baixo e finalmente enxerga-lo de modo mais claro.
O que é ver? O que é compreender? O que sou, posso, deveria e não poderia ser inúmeras coisas, infinitude de universos que experiêncio em mim graças a você.
Enxergar um mundo oculto e ainda sim propriamente meu. Não sei quais são minhas contribuições em sua vida, essas que narro expressam apenas uma parcela não podendo ser um todo que incluiria várias esferas de coisas, mas é algo muito significativo. Representando algo muito importante nesse momento do meu crescimento.
Expresso abertamente minha gratidão em receber sua amizade, sem desmerecer outras pessoas também muito importantes como amigos e familiares. Mas a você devo algo mais no sentido de ter colaborado para meu despertar, para uma tomada de atitude sobre minha forma de viver.
Claro que isso se insere num processo, mas a pedra impulsora de todas as mudanças e sensações têm nome e data marcada: Matheus Escremin Moreno, 12 de Janeiro de 2008 (me corrija se estiver errado, sabe como sou para essas coisas de datas e memória), dia em que descobri uma nova coragem em forma de viver.
Por favor, não pense que estou exagerando, pois estou apenas narrando um momento e uma forma a qual sinto e percebo as coisas. Existe muita riqueza em você que se encaixa propriamente sobre os estágios de minha vida, sobre minhas vontades e objetivos. Espero que tudo não represente uma ilusão, nem em algum momento de sonho passe a ser pesadelo, ou pior que em algum momento acorde e descubra que nada era real. Viver a vida sendo enganado por ela é tão ruim quanto à possibilidade de não ter amigos e morrer em completa solidão.
Se possível farei mais elogios contemplando outras pessoas, descobrindo significados conforme o tempo passa. Pode ser que não o faça agora, mas é um exercício que certamente farei em meu inconsciente.
Não procuro valorar ninguém, mas demonstrar como cada pessoa possui uma importância especial em minha vida. E nesse momento não vejo forma melhor, que começar elogiando você, carinhosamente chamado de: [M]att. Você é o primeiro de minha lista, coisa que poderia mudar caso alguma fatalidade ocorresse como alguém precisar urgentemente de mim. Por exemplo, se meu pai viesse a morrer precisaria privilegiar outras pessoas em função de necessidade, mas de vontade permaneceria privilegiando dentre algumas pessoas você.
Novamente obrigado por ter aparecido em minha vida, sou muito feliz principalmente quando converso com você. Haveria muitas coisas a serem ditas ainda, mas somos limitados por várias barreiras. Prefiro, portanto, encerrar com um abraço, beijos, blues e poesia...
...você sabe que é muito mais do que isso!

Comentários:

kahh disse...
a importancia dessa pessoa na vida q qm as cerca nao tem tamanho...ninguem sabe a imensidao.
29 de Março de 2008 12:21

[M]att. disse...
meu deuuuuus!eu me sinto bem lendo tais coisasbem poer ler teu post e bem por ler o comentario da kah!aahhh, é bom saber que vcs realmente gostam de mim!eu gosto muitos de vcs tb, viu?só não consigo expressaruhsauhsauhsauhsbjão!=]
29 de Março de 2008 12:34

†. [gєєh].† disse...
Ain que lindoo..Mattzinho.. se num imagina a imencidão do meu carinho por vc..^^Renannn Linda a Homenagemm.. linda mesmoo!;*
31 de Março de 2008 07:32

Segunda-feira, 3 de Março de 2008

A Ampulheta e Eu
Interessante como a vida de um dia para o outro nos ensina a ter calma. Calma por nós e terceiros. Aprender a perdoar o que não necessitaria perdão, aprender a esperar e saborear os desejos de esperança tal como ele deva ser apreciado.
Hoje começa meu comprometimento com a faculdade, com a nova vida e com o futuro. Às vezes as coisas menos prováveis surgem e adquirem força inversa, ao invés de ódio aprendo a ter compaixão. Da depressão ganho força de superação, da ansiedade a paciência, do tempo uma esperança.
Finalmente a faculdade volta a ter vida e os mundos que me dividem se assentam à espera, pois desta vez não sou eu, e sim o Diabo quem terá de esperar toda areia cair porque eu estou estudando.
Além de estudar estou, como todo mundo, aprendendo a viver de modo diferente um “libra’s way of life” ou o que poderia chamar de fusão entre: escorpião + libra / pela distância x a esperança = medo, incerteza e muitas coisas boas ainda no presente. As más fazemos de conta que não ocorreram, ou melhor, aconteceram para nos fazer crescer.
Meus problemas por enquanto são: *Viver uma experiência de Frankenstein sem saber o que sou? O que deveria ser? Em que situação me encaixo no entre mundos o qual vivo? E que tipo de atitudes tomar em cada mundo?
*Minha “porra” de monografia que tem de nascer esse ano. Praticamente um filho que nascerá de minhas entranhas. Pelo menos já tenho certeza sobre uma coisa, a frase perfeita parece ser esta: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.Livro dos Conselhos citado por José Saramago em Ensaio Sobre a Cegueira.
*A grande possibilidade de que nem tenha aulas direito, por enquanto tenho aulas apenas na sexta-feira, fora isso espero saber como utilizar bem esse tempo livre. Afinal estou me esforçando por mim e pelo futuro que espero estar me aguardando quando tudo acabar.
*Minha última questão/problema diz respeito à melhora urgente de minha escrita. Meu gravíssimo problema de escrita que detona toda minha vida acadêmica. Realmente espero que esse possa ser um ano de superações. Assim tenho seguido minha vida... assim tenho alimentado esperanças!Fora essas questões poderia fazer uma rememoração acerca de minhas férias e o início desse blogger o que provavelmente ficará para próxima postagem.

Limbo


Não há um começo, um meio e um fim, apenas uma mescla sobre estados de consciência inventados. É como uma personalidade onde os segredos de Pandora são manipulados para os quais ao Renan está reservado a aparência social e ao Khydo a essência intelectual desenfreada (sem limites). As somas desses dois formam um terceiro eu incógnita sobre a real essência. Os estados de existência nos quais eu me construo cotidianamente são fluidos, independentes de qualquer essencialidade. Tudo tanto pode, como não, ser imaginação. Questões inteiramente simbólicas de valorizações elencadas ao acaso dessa mistura que é o “todo” aparente. Experiências sensoriais que não possuo classificação convencionada pela ciência para enquadrar... Quem sabe não seria a fenomenologia?
Assim nasce um blog escondendo o que ao Renan deveria ser natural, porém inconveniente para sociedade e as situações de acaso. Somos um constructo de ânsias por liberdade esquizofrênicas enlouquecidas pela velocidade do eu dialético.
Não esperamos a compreensão de terceiros, pois nos bastamos em sentimentos e códigos ocultos. Publicizamos o discurso na intenção de alargar essas experimentações, como também nos reinventarmos em outros espaços como o virtual.
Independente de qualquer engessamento que as palavras e as imagens venham representar aqui, eu acredito que podemos dialogar revisitadamente o não eu já estranho a quem lhe pariu (circunstancialmente irreconhecível), para algo além da hermenêutica ou semiótica. Apenas ansiamos o “nada” pós-moderno apático que desencanta ou desmerece qualquer supremacia de coisas e megalomanias culturais.
Não somos nem estamos, nem isso ou qualquer questão tem mesmo importância. Criticamente recriticando tentamos atingir um estado desconstrutivo, irracional... Fim.

O Bom Cristão

Se cabe apenas a Deus julgar os homens, porque é que as pessoas tem a pretensão de assumir seu lugar e querer tanto julgar como condenar por ele? Imagine você que a bíblia foi profanada (Deus escreve certo por linhas tortas; do mesmo modo que: São obscuros os caminhos do Senhor...) [IMAINE APENAS]: Que a bíblia foi modificada e que em nenhum momento constaria o pecado em ser gay ou lésbica. Mesmo que seja verdade e ser gay é pecado, não cabe a Deus fazer o julgamento e determinar a punição? Já a você, bom fiel, não deveria amar e respeitar o próximo como se essas fossem as leis máximas? Ou você é hipócrita ao se contradizer, ou usa a religião para brincar de Deus, como também brincar com ele. Se na época de Moisés eram punidas as mulheres adulteras com pedradas, de que é que adiantou o sermão que diz: para aquele que nunca cometeu pecado que atire a primeira pedra? Qual pecado é maior, aquele de ser gay e amar todas as criaturas, animais, plantas e seres humanos com igualdade, ou seria amar apenas os heteros iguais a mim e destruir todo o resto que me foi dado como graça para fazer o que bem entender, seja com a natureza ou seres humanos. Afinal de contas, a lei de amar ao próximo como a ti mesmo só vale para aqueles que são iguais a mim (filhos de Adão o Machão e de Eva a Fêmea oriunda de uma costela, ou seja, para sempre inferior, para sempre um pedaço de tudo o que o homem é)? Resumindo, você acha mais fácil odiar por capricho do seu orgulho e desejo de manipulação bancando Deus e eu o papel de seu escravo, do que me amar por ser eu humano e ter a capacidade de te amar talvez maior do outros que você encontre por ai? Diga-me o que ganhamos com isso, além da distância, o desafeto e momentos positivos que se perdem por capricho de um novo pecado, o orgulho. Amar é mais difícil que odiar, ou a ignorância não permite nenhum dos dois a você?

domingo, 5 de setembro de 2010

DeScAbElAdOs


O telefone toca, e os olhos ainda avermelhados pelo sono não vencido, rapidamente são queimados com a claridade do sol na procura do aparelho causador de todo distúrbio. Na outra linha o destino vem dificultar aquilo que deveria durar mais do que um instante. Não é só pensamento, são sentimentos, são corpos, são momentos irreproduzíveis.
Mais do que um abraço, é você dividindo uma parte da sua existência com a minha. É a cumplicidade de palavras simples desaguando sinceridade que escapa pelos olhos lacrimais ou pelo doce toque de dedos. Incalculável é o valor dessas situações, sejam elas retirando três pelos de uma pinta ou colocando e jogando travesseiros para fora da cama (nossa guerra noturna). Afazeres compartilhados numa mescla de paixão inicial, arte e (Benditos Cartões de Crédito). Seria isso outra aventura a me frustrar?
Não sei responder tal questão, só posso dizer que estou a fim de correr o risco. Ao menos já temos um acordo firmado e, com certeza, vejo a verdade em você. Dá até vontade de dizer para mamãe: olha o que eu quero ter quando eu crescer – um ∞ - mas fazer isso poderia tornar-te um objeto eu não quero abusar assim da minha sorte.
Não preciso ter, preciso estar. Estar junto, viver essas coisas como tem ocorrido e que tão facilmente é atrapalhada pelos 100 km que me separam carnalmente de uma rotina.
Assim eu estava pensando enquanto você despertava para cumprir com as ordens impostas pelo destino. De nada adiantou a ligação para mãe e o banho se tornou inevitável. Tudo ocorre tão rápido e preciso que até da à impressão de ter esquecido algo, e de fato esqueceu, esqueceu de me dar um beijo mais, um carinho mais, é a dívida que fica sempre a ser paga no mais uma vez (dias ansiosos a espera de um reencontro, uma novidade, uma loucura mais).
De todas as coisas ditas a que mais me tocou foi a clareza com que você desvendou o segredo de muitos relacionamentos. Parece que tudo e todos começam pelo corpo e pelo sexo, quando eu todo pirracento comecei pelo medo e pela curiosidade das suas miudezas (pintas, cheiros, sonhos, signo). Talvez por isso também eu te goste tanto, você me dá chances de ser eu mesmo sem me cobrar banalidades, afinal de contas não penso que sejamos caretas em querer que um beijo tenha significado, assim mesmo como o sexo. Nada precisa ser apressado, pois não vai para um livro de histórias e sim para a memória.
Quanto mais lentamente tudo é saboreado, mais forte e sólida é, ou pode ser nossa amizade. Uma construção que exigirá esforço de ambos os lados dadas às dificuldades que o mundo apresenta, mas que pode em muito ser recompensada por algo que jamais vi comparável em valor: um gostar puro, simples e sincero.
Deste modo partiu seu ônibus retornando você a teu mundo cotidiano tendo ficado eu descabelado pela vontade teimosa de que você ficasse um pouquinho mais... Não há melhor modo do que terminar o dia com essas lembranças enquanto leio o mito de “Idas e Marpessa”, sobre o qual talvez eu comente outro dia. [Não quero ser um Apolo em sua vida, quando o que bastaria é ser apenas o que preciso ser, um Idas, ou no meu caso: Eu mesmo!]