sexta-feira, 15 de abril de 2016

Expurgo do coração

Palavras que ecoam dentro de mim como um grito, eu grito, é mudo, é sufoco, é imundo, é mito. Simplesmente o exagerado exageramento do eu, louco, perdido, histérico, paranoico, possessivo, asfixiante.
Dos olhos a necessidade de fuga, o principio, escada para salvação ou danação. Destino incerto, palavras obtusas. Escrevo como se as mensagens fossem meu desabafo, a principio no celular, posteriormente diário.
O afeto teima em não me dar postura para dizer se vá de uma vez, mas a permanência latente corrói cada célula me dando enjoo como se a vida não devesse continuar. É uma disputa de hipocrisia e felicidades aparente, uma disputa por sobreviver, lembrar, esquecer importando-se ou não.

Com boca calada falo com olhos, pele, movimentos cujo quais sempre me comuniquei e que representam a forma a qual eu consigo expressar o que quero... Não faça o amor virar ódio, não enfie lanças em minha bexiga, pois nada é simples e talvez seja até um pouco mais complicado. Me cansa pensar, deixo os dedos digitando sem parar, sem correções, apenas falando o interno o que meu eu talvez não veja, aquilo que me escapa.
Relação morta em estado de putrefação afeta a ambos, mas apenas um adoece. Que escolha tenho?
Não há mais o que tentar, estou morto e assassinado dia após dia por ter você a meu lado lembrando me do estado – inerte.
Me sinto tão egoísta quanto a vontade de ficar isolado, sem força, sem dinheiro, inteligência, beleza ou esperança quero apenas estar deitado no silencio e ter todos rostos apagados, de um passado sem registros, sem família, sem substância... Muitas palavras e nada de me entregarem as tintas que aguardo em frente à casa a antiga.
 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Tulinho ^^

Corpo fechado sem o uso estimado positivamente me deprecio, decaio, deprimo. Viver a vida separado, namorando a mim mesmo, me “insatisfaz” e deixa latente o eu feliz. Por ruas escuras no silencio da noite paralelamente nossos pés arrastam nossas semelhanças e dissabores. Cada um em um momento, tu me apoia e eu te apoio - seguimos. Olhos miúdos e redondinhos como jabuticabas docinhas, boquinha de patinho, postura de homem, coração difícil, é desta forma que te admiro, tu sabe ter o melhor abraço do mundo e sem maiores necessidades me cativou. Ajudando-me passar, pelo que sempre se repete em dados períodos...
Gostaria de saber quanto tempo durará nossa insensatez?
Tu poderia ser meu “laotong”, mas só o tempo dirá se conseguiremos firmar e honrar esse contrato.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Take Shelter

A garganta sufoca e a boca empapuça de sangue. Soco após soco a inconsistência dorme inconsciente... sentidos perdidos. Dor, agonia, ossos quebrados fazem parte desta festa consecutiva – eu me perco.
Nenhuma palavra muito unida, tudo separado – simbólico/real. Tudo o que consigo pensar é “Take Shelter”, mas o sentido é diferente.
Esse texto parece quebrado, meio misturado, uma confusão, uma desconexão linear. “Take Shelter”.
Boca calada,
não consigo falar!
Com braços murchos perco as forças para escrever e volto o sono dominado pelo Ego Onírico... “Take Shelter”.
If you want to get used
Then get used!
Take the pressure
Just tell me what I have to do
To keep myself apart from you
All your colours start to burn

So, take shelter!