sábado, 10 de outubro de 2009

Abaixo a amor

Na terra dos sonhos ficaram os colchões vazios pela inconstância do ser e a leveza que faz as coisas serem menos radicais para você do que para mim. Realmente acredito que as consumações carnais do passado (traições consumadas) não puderam ser efetivadas e olho sua alma vendo um ser honrado que cumpre acordos, ao menos um deles, o de fidelidade.
Agora me levanto para arrumar a cama e seu cheiro permanece no ar, em mim e provavelmente em você. Não modificar o passado, observar e sentir o presente sem alterar o futuro é o que faço melhor quando o (outro) está adormecido. Entretanto, quando ele desperta eu deixo de ser frágil e ingênuo para me tornar um escorpiano.
É quando o jogo começa e necessariamente precisamos ser sinceros a fim de não construir um castelo de cartas. Veja como é gostoso nosso dia-a-dia em meio a brigas e faxinas. Sendo assim, por que não poderíamos perlongar essa relação? Por enquanto o que possuo são respostas turvas de visões sem muito sentido. Não haverá alianças, apenas uma recordação no “espaço-tempo”, para não dizer que eu me tornei algumas palavras em suas (musicas/poesias):
Love...
...é tão complicado tentar não pensar que teremos que nos separar, e agora que to sozinho já tenho noção de como seria esta nova fase.
Todas pessoas que passaram por minha vida foram muito boa, mesmo com as mancadas, e você não tem sido só mais uma pessoa, você é meu companheiro, meu amigo e amor.
Temos tantas coisas, e ainda não entendo outras tantas.
Tenho me conformado todos os dias, e assim pretendo fazer para ir me acostumando e aprender a sofrer de outro jeito.
Cada um com sua filosofia e sigo com a minha, “quantas pessoas passaram por mim, e acreditava que nunca iria amar como amava – e cada um era um amor maior, próprio e maduro – e que nunca encontraria alguém tão bom quanto – e tem sido um melhor que o outro - . Por minha tese vivo, meus amores morrem e encontro forças para seguir por mais um dia onde alguém me espera.
Milhões de coisas passam em minha mente, e aqui tudo me lembra você, e eu só queria você aqui comigo.
=^+^= Love 04/8/2009 Terça 23:05.
Suas palavras entram em confronto com o que o (outro) tema sussurrar em meu ouvido, mas suas não palavras respondem muitas perguntas. É como nós destrinchamos sua personalidade para saber suas respostas. Meu campo de visão possibilita que eu veja dentro dos seus muros de pedra e sentimentos, porém me impossibilita ver a mim mesmo.
Talvez sua filosofia de vida consiga trazer aquilo que chamo de alma gêmea, embora o mesmo destino não pareça ser realizável para mim. Cada vez mais preciso gritar aos deuses que me libertem dessa maldição na qual estou impossibilitado de desfrutar da fixidez. Tudo começa com um acaso, o que acontece então quando você acha que chegou ao ponto máximo?
No meu caso outros poderão vir, mas meu tipo ideal, príncipe em personalidade, beleza por mim cultuada entre outras coisas...O que acontece quando esse ideal de pessoa existe e não pode ser superado por ninguém? E também não pode ser nosso. Temos de deixar passar e criar novos mitos que anestesiem essa memória, fazendo de conta que o (outro) é bom o bastante? Seria isso uma mentira ou uma necessidade de existência?
Sinceramente eu não acredito já de longa data que possa superar esse alguém especial, amor impossível (romantismo) condensado em alguém que jurei cultuar na minha solidão fechando meu corpo e direcionando meu tempo a estudos e outras formas de se fazer a vida.
Um beijo para vocês três, mas gostaria tanto que algum de vocês fosse forte o bastante para cessar a vida em mim? [Que pena, nenhum de você gosta tanto assim de mim].

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Silêncio

Às vezes parece que esse corpo que repousa na cama não vive. Não fluem líquidos, nem bate o coração. Em dado momento eu não percebo a respiração e os pensamentos se tornam mudos. Até mesmo o reino dos sonhos está bloqueado congelando radicalmente as reflexões. A isso eu não poderia denominar como dormir sem sonho, estado alfa de meditação ou mesmo a morte. Talvez não seja nada, ou é em si o próprio nada. Dominado pela apatia pós-moderna eu me perco em um não-lugar anacrônico em sua essencialidade. Salve então a dialética que toda manhã me desperta sem jamais querer ter acordado, e na noite insistente eu me deito querendo não voltar a levantar.
Mais uma vez me perco em confusões, embora agora com mínimas explicações aos casos narrados. Fui possuído pelo desencantamento do mundo e um criticismo racionalista do qual minha consciência está repartida em duas (o alterego e eu). Tudo isso piorado pela saudade de suas conversas negadas.
Eu que te admiro morro na desesperança de confirmar a negação do seu ser em relação a minha história. Se estamos vivos, já não me importa, da mesma forma que não me interesso pela realidade, eu só desejo a sinceridade dos meus sentimentos para com nossa amizade bloqueada no “Enjoy the silence”.Escravizado pelo ideal me enfureço quando você recusa em abusar de mim e não faz uso dos poderes que lhe conferi. Não se lamente pelo estado de ser em que você se encontra, mas reclame se preferir, da minha ineficiência no suicídio enquanto continuo desejando intensamente o que me foi impedido ou quem sabe algo tão grande que eu não pudesse dar conta.
Você é um tudo, um sonho que eu dividido em dois não tenho chances de me apropriar, porém estarei sempre na expectativa desse absoluto amor indecente e casual. São fatos ao acaso que fazem o cotidiano gostoso e ruim, como também minhas vontades e atitudes estarem norteadas nesse horizonte obscuro e distante de um: não sei silencioso...
Deixo outras reflexões para meu blog irmão.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Comunicado 2

Meu outro blog já está vivo... ainda faltam readequações, contudo minha pause nesse espaço se estenderá por mais umas semanas!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Fotografia do anteontem

Eu sentado em frente a meu pé de Jabuticaba sentindo a brisa das seis da tarde, enquanto descanso dos meus estudos bebendo chá com bolachinhas de mel. Meu celular está morto no chão a minha direita no mesmo instante em que o som do computador atravessa a porta ao lado da Jabuticabeira e grita Robots in Disguise juntamente as codorninhas fazendo sua folia rotineira a minha esquerda. É a tarde se despedindo de mim no meio do meu repouso acadêmico com direito até a formiguinhas no chinelo.
Estar sozinho para escrever e poder olhar em redor causa tristeza, mas é agradável, porém também é angustiante. Logo retornarei as minhas atividades fúteis e esse mundo insignificante do “ao redor” voltará a seu estado invisível.
É nisso que dá cumprir com o tempo do capital. Deixamos de enxergar o mundo, sentir cheiros, dar valor ao real para cumprir funções motoras de necessidades e reflexões inventadas. Parece até que deixei de estar Renan para me tornar um Renan. Se é que alguém ainda consegue lembrar a diferença entre estar e ser algo para poder entender o porquê das minhas palavras industriais... Aff, vou aproveitar mais da minha segunda-feira, nesse feriado, sujando louça!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Renan, 26 de Agosto de 2009

Você me desorienta, me deixa zonzo quando eu já me encontrava forte e racional (novamente).
Tudo isso no que diz respeito apenas a uma lembrança. Pequenos acasos que unem e separam pessoas sem qualquer explicação possível. Contudo, tais sentimentos me parecem positivos, crescentes e reais.
Estou com sono... Meus dedos semi-guilhotinados e trabalhos acadêmicos banalmente irrealizados ou mesmo sem retornos visualmente espelhados. É o que fazemos quando estamos apaixonadamente melancólicos e saudosistas no desejo negado.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Capítulo II - Entende? (Deu merda!)


Capítulo II (Eu prático)

Algumas pessoas pensam no bem da humanidade e semelhantes a pequenas peças de um quebra-cabeça cumprem suas funções motoras contínuas: médicos, cientistas, etc. Todos presos a um norte, o de transformar as coisas.
Eu como humanista vivo uma palavra e norteio meu existencialismo na escolha de ser uma forma de romance entre o drama e o amor. Vivendo compulsivamente enquanto funciono para dar movimento independente de transformar ou racionalizar o mundo.
Não quero escravizar-me na ciência, religião, entre outros absolutos fixos. Ao contrário, desejo experimentar meu corpo, minhas sensações e me tornar o conceito entretenimento no sentido de um fútil necessário. Afinal, as coisas importantes, boas e necessárias são todas invenções, não são?
O que faço é tentar de formas iguais e diferentes falar e ver o mundo. Formas estas que não são racionais, nem mesmo o oposto é uma outra coisa. Talvez seja ele um ato (ação-reação) que escapa a forma humana e positiva de olhar, falando em realidade empírica ou natureza na qual não importa a humanidade estar viva ou morta, essa coisa existiria por si mesma.

Eba suspendam a ética... O que é ser pós-moderno?

É dessa forma que tudo some e tudo existe radicalizando a dialética, sublevando o existencialismo no mesmo instante em que a respiração se aproxima da “estética” em desespero na busca de algo mais que também não tem importância alguma (real).
Um pouco de esquizofrenia social com frieza psicótica parecem estar presentes na minha arrogância. Questões que nasceram da minha luta entre o que é cultural e o que é biológico, entre o ser deus (pensar) e ser animal (existir), coisas separadas e unidas eternamente pela maldição das almas-gemeas. Representando a descoberta fundamental que estrupa o ser na busca do que é a essência?
Misturas entre criador e criatura, verdade e mentira constituindo quem sabe uma ilusão?
Retorno aos pontos cartesianos em que existiria um gênio enganador, mas de que me importaria isso se o que eu busco não é a verdade, nem mesmo um absoluto?
Salvai-nos o budismo da maldição cristã das certezas e coisas fixas para nos tornarmos transformações constantes e possíveis devir. Posteriormente, salvai-nos o ceticismo niilista das transformações infinitas e conclua tudo em angústias perante as limitações do “sobrenatural”.
Sigo assim fazendo um eu prático paralelamente a alegoria de Elizabete a qual abandona o ser mulher para se tornar um conceito puro de Rainha a Virgem forjando sua supremacia em algo que legitimava a soberania divina de sua escolha e função.
Nesse caso apelo a Pan, Eros ou outros mitos gregos que me apóiem através de nossas heranças e limites em ser e pensar para poder dar continuidade ao rotineiro e cotidiano.
Acho que ainda estou um pouco perdido, porém pensando e sendo adolescente. Meus incertos são guiados pelo coração que não escolhe, mas sim reage a situação nascente e se obriga a cumprir compromissos firmados pela honra de minha integridade ideológica/carnal.
De tudo o que eu disse não é a contradição o grande problema... São os finais dialéticos inconstantes, incontroláveis das minhas escolhas covardes, arrogantes e egoístas.
Ainda há muito a se falar, fazer e etc para o Renan... Nada!
Parece que estou tentando inventar uma forma de escrever muito para não dizer nada. É como dar pronuncia ao impronunciável. São antíteses e antinomias em meio a Liberdade e amor dramático como os conceitos que regem a minha verdade-mentira no ser eu mesmo.
Não gostaria ainda que isso ficasse marcado com um refúgio da ignorância, de onde eu falaria de um não lugar sem teorias (usando conceitos chavões) ou reflexões para fazer a “revolução (entenda por isso transformação ampliada). Não estou descolando minha teoria da prática, estou é inebriado pelas possibilidades de escolhas que me são dadas enquanto eu mais estudo, mais leio, mais desejo, enfim, mais vivo”. Deixando pouco a pouco de estar certo ou errado, de precisar da ética, moral... minha nossa, será que isso vai dar merda?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

nada


I've seen it
With my own eyes
How we're
Gettin' otherwise
Without the luxury
Of leavin'
The touch
And feeling of breath
And times
You're both technically
Something you've got
To believe in
Connect the cause and effect
One foot in front of the next
This is the start of a journey
And my rhyme is already gone alone
Somehow this doesn't concern me

And you can stand right
There if you want
But I'm going on
And I'm prepared
To go it alone
I'm going on
To a place in the sun
That's nice and warm
I'm going on
And I'm sure
They'll have a place
For you to oohoohooo

Anyone that needs
What they want
And doesn't want
What they need
I want nothing to do with
And to do what I want
And to do what I please
Is first vual my to do list
But every once in a while
I think about her smile
One of the few things
I do miss
But baby, I've to go
Baby, I've got to know
Baby, I've got to prove it

And I'll see you
When you get there
But I'm going on
And I'm prepared
To go it alone
I'm going on
May my love lift you up
To the place you belong
I'm going on
And I promise
I'll be waiting for you
Oohoohooo

Freedom is
Me
Still I try
I never know what to do
Don't follow me

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Capítulo I - Existencialismo e o meu cu

Capitulo I (Eu teórico)

Não consigo definir claramente em que se baseiam minhas posições teóricas e filosóficas. Talvez por isso mesmo eu não consiga ser sempre coerente com aquilo que não identifiquei ainda. Sendo assim, tentarei vomitar um pouquinho como eu penso as coisas.
Sou radicalmente oposto as ciências exatas clássicas e qualquer pretensão a uma verdade absoluta é extremamente ridícula a minha imaginação. Simplesmente não é possível afirmar nada, qualquer certeza é sempre uma nova dúvida.
Estou acostumado a desconfiar de tudo, até mesmo da desconfiança. Estou viciado na dialética e no ceticismo e ainda sim quero me libertar de tudo. Filho da pós-modernidade anseio em vestir sua roupa e poder desfrutar de um desprendimento superior ao Cristão/Platônico.
Para mim, tudo é imaginação. Nós inventamos o mundo, o que vemos o que sentimos o que sabemos e o que não sabemos... Pensar em si constitui um mundo próprio e limitado. A materialidade, a objetividade e tudo que está para além do que eu penso, do que é independente da imaginação não pode ser apreendido. Portanto nos é desprezível e incompreensível o real absoluto.
Sobre a objetividade eu reservei tudo àquilo que ultrapassa as explicações captadas pelos nossos sentidos. Seria onde para uns localiza-se Deus, para outros seria a essência, etc. Eu nem me preocupo, já que é algo inatingível e completamente desnecessário. O que eu sou e o motivo que me faz existir estariam presentes na dimensão desse campo objetivo, funcionando como um instrumento inicial de uma máquina possibilitadora do mundo em que definitivamente vivemos: o da imaginação.
É nesse mundo em que tudo acontece. É nele que nos movemos, criamos teorias, verdades fazendo acontecer o que acreditamos ser objetivo. Alguns desejam a segurança da verdade e por isso desejam acreditar em sistemas lógicos como se eles fossem à ordem do universo.
Se pensarmos na religião ela tem sentido para quem está dentro dela e deseja crer em tudo o que ela e seu sistema de pensamento podem compreender, mas não para além disso. Já a ciência inventa novas verdades e formas de se pensar o mundo, mesmo assim não consegue representar o real. Deste modo, sempre que tentamos falar da realidade estamos falando de algo construído subjetivamente e por sua natureza preso a subjetividade.
Até mesmo a literatura já nos deu exemplos desse pesadelo niilista, no qual um homem acorda e não sabe se ele é real ou se pertence à imaginação de outro e de outro sucessivamente. No entanto dizer que tudo é imaginação não significa destruir um motivo de existência ou buscar a dês-essência.
Mesmo a esse mundo imaginado existem regras criadas que o regem. Se por um lado não podemos ter certeza de nada, nem mesmo se o que acreditamos é ou não um sonho, ao menos podemos manipular esse mundo de “sonhos”.
Isso é o que fazem todas pessoas no dia-a-dia em qualquer ação. Tanto pessoas normais, quanto as ditas loucas, como qualquer pessoa que pense conforme eu posso pensar.
Na verdade eu mesmo não posso me libertar dessa prisão e acreditar de fato que tudo o que vejo e ocorre não é uma imaginação ou sonho. Que a reação das pessoas, seres e não seres que leriam essas “coisas” seriam parte desse mundo imaginado.
Talvez essa crise tão grande de incerteza e relatividade na qual eu mergulhei sejam frutos de uma busca incessante pela essência, por uma verdade absoluta frustrada no decorrer do meu caminho intelectual.
Eu vivo o mundo, eu o manipulo jogando conforme suas regras no limite do que uns chamariam de sanidade, mas gostaria de extravasá-lo algumas vezes. De poder me surpreender com algo impossível, de compreender as coisas sem ambigüidade, dualidade (por que tudo tem de ser e também não ser ao mesmo tempo?) etc.
Poderia ser mais fácil me domar e acreditar numa dessas verdades vendidas pelas ruas como as de um messias, ou dos cálculos perfeitos, ou mesmo de um controle da mente que me liberte do Matrix (mundo ilusório) e me faça dobrar colheres, flutuar sobre as águas descobrindo do que é feito o feito.
Talvez eu tenha me enganado quando disse que eu sou incoerente, afinal minha perspectiva sobre as coisas possibilita isso dentro desse campo de dialética. São tantas dúvidas para nenhuma resposta. Quem sabe eu estaria menos triste se me fosse possível estar inebriado pelo amor.
Essa é outra forma de distanciar a cabeça e voltar aos sentimentos, outra parte desse todo imaginado. Se as pessoas ou qualquer coisa existem de fato para além de mim, da minha imaginação e se eu mesmo existo nessa bagunça toda, os sentimentos e qualquer outra coisa seriam algo igual a todos?
Nos inventamos tantas classificações para as coisas querendo atingir a compreensão do outro e até hoje não encontrei uma leitura que me desse essa certeza dogmática. No entanto, ficar preso a essas teorias relativistas são sufocantes para o espírito. Eu não sei nada de mim ou dos outros e mesmo o que pretendo saber eu dialeticamente não sei quando sei.
Enfim, quando estava cansado de mais de me deprimir em querer algo mais das coisas eu desisti e voltei às velhas práticas.
Que práticas vocês poderiam me perguntar, eu lhes digo: Você escolhe um norte ou uma teoria, ou ainda se desejar pode seguir como um camaleão mudando as formas conforme as circunstâncias. O importante é seguir nortes que direcionem ações de existência, e dessa forma transformar as coisas de acordo com seu plano. Isso no que diz respeito à vida e a imaginação.
Você pode desejar não viver e não mais existir, como também jamais ter existido, tentando quantos planos for necessário até conseguir objetivar. Embora eu não saiba se as finalidades podem sempre ser atingidas, como eu mesmo querendo escapar ao mundo imaginado tento. Na verdade eu nem sei para que e o porquê dessas questões!
O que queria era estar além dessas questões existenciais, estar além da dialética, estar além das minhas verdades próprias que se configuram como incerteza. De estar além da minha capacidade de sonhar coisas, para atingir o impossível.
Meu desejo megalomaníaco, egoísta e arrogante de sanar as frustrações adolescentes pelo saber de um desejo que nasce em mim e pode ao mesmo tempo em que também não pode ser explicado.
Eu quero o tudo, eu sinto algo como se fosse o todo ao mesmo tempo em que parece que tudo isso é a representação real do nada. Do absoluto abstrato presente na contradição do mundo em si visto por mim.


Indicação de filme ilustrando tempestades, questões e não-respostas. Bons devaneios aos aflitos expectadores fictícios.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um antes















Nossa que vontade de um abraço quente e inescapável.
Hoje vou escrever para você alterego, esperando uma vista que já há tanto tempo não nos faz.
Não sei se isso está relacionado à falta de uma vida boemia ou mesmo a necessidade de você ir de rua em rua, casa em casa na busca do meu par perfeito. Essa sua mania de ser cupido as vezes me incomoda. Ainda mais, quando temos de sentar com aquele outro lado mais nerd ou mesmo voltar atenções a criança interior.
Você sempre foi mesmo o mais rebelde e indelicado. Falando o que vem no inconsciente e bebendo muita vodca com Nietzsche. Em partes eu tenho mesmo que concordar que não tem nada de tão real ou tão importante em tudo, sendo esse tudo uma mistura de muita imaginação e pó mágico, que possa valar a pena em definitivo.
Assumindo a sua postura, eu pouco ligo se alguém será capaz ou não de compreender o que aqui está acontecendo. O negócio é nós nos entendermos e ponto.
Deixa eu contar o que tenho feito e depois se puder venha conversar comigo.
Hoje assisti Doug, li um livro, escrevi e-mails e ainda estou esperando a hora de ir fazer coco. Não fiz meus trabalhos e nem sei se vou fazê-los. Não fui ao cinema e não paquerei o Mister Potato.
A falta de dialogo e esse isolamento devem estar me fazendo mal. Minha atitude foi embora, você também não dá sinais de que vai voltar. Minhas histórias de falsas conversas em relacionamentos inventados não tem sido produtivas.
Os amigos de conversa e relações acadêmicas estão escassos, ao mesmo tempo em que os relacionamentos concretos estão se desmanchando pelo ar.
Minha virgindade incontestável está se tornando algo efetivado pelo tempo e sede de uma boca e corpo tremulo pronto entrega a manipulação.
Acho melhor ouvir menos “Collide-transfer”, e ler Paulo Coelho. Será que assim não estarei mentindo para mim?
Nossa por falar nisso, e a quantidade de boas surpresas que tive essa semana passada. Uns meninos bonitinhos, sem explicações do destino, com o futuro ainda incerto aparecendo em minha vida. Nessas horas meus dentes se afiam e sinto a vontade doce de beber sangue. Coisa que tem feito amigos se afastarem.
O que eu poderia fazer, se isso é um vício que até confunde-se com maldição?
Nossa como estou falando de coisas abstratas. Por falta de concreticidade nesse dialogo/monologo entre vômitos sucessivos de incoerência e desdizeres eu vou ser obrigado a parar de escrever.
Pior ainda é que encerro essa loucura na certeza de quem se expressa bem em nossa relação não sou eu, mas sim você. Se você me deixar definitivamente o que será de mim? Tantos já me deixaram, será que consigo fazer de você mais um ou deveria eliminar todo sentimento que tenho e te vampirisar totalmente até que não sobre nada?
Eu voto pela insensibilidade, espero assim conseguir roubar-lhe lágrimas e desespero que alimentarão meu sadismo e desejos de posse.

sábado, 11 de abril de 2009

Desanimadinho

De repente é como se um surto tivesse retirado todas as forças daquilo que eu até hoje não sei determinar o que é, mas é o que me move e me faz vivo. Deixando-me assim meio emo, meio gótico, meio bosta.
Agora quando penso em falar sobre isso e tantas coisas que ocorreram nas férias, volta essa coisa de: “Ah, deixa para lá”, ou então “Outro dia eu escrevo, outro dia eu faço, outro...” e assim vou adiando. Adiando um beijo, um encontro, um trabalho, um almoço. Estou emagrecendo, perdendo não somente quilos, mas dias, pessoas, células, até fodas bem dadas. Enquanto ouço uma música, que eu nem sei o que ela está fazendo aqui (Imitosis – Andrew Bird Armchair Apocrypha), e fico nesse nada, nada.
É tão comum falar dessas coisas que todo mundo sente e que nós particularizamos como algo que só ocorre conosco, né? Atitudes emo-egoista, e eu nem desgosto dos emos ehm!
Essa falta de dinheiro e do que fazer me dá uma vontade louca de ir na esquina começar um programa. Quando irritado até comento com minha mãe sobre isso, querer uma vida fácil, muito dinheiro. Não sei ao certo o que ia fazer com isso, talvez cheirar mais, chupar mais rolas ou bucetas, ter mais tempo para fuçar no nariz ou mesmo desperdiçar todo o meu tempo salvando o mundo e lendo muitos livros. Tudo inutilidades para alguém que quer nada.
Olha eu todo mentiroso aqui, claro que tem algo que eu quero muito. Se querem saber o que é me perguntem no msn: renanmcardozo@hotmail.com, e caso fiquem interessados... Chega por hoje, to afim de ir para o lixo tirar uma soneca. Até mais!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Rascunho 2009

Não sei se foi a mudança de ano, os contextos ou as pessoas que conheci, mas em algum momento eu perdi as palavras que semanalmente vomitava aqui.
Sinto tanta saudade de coisas que estão longe, foscas e complicadas pelo excesso. Colocando em dúvida até quando terei forças em prosseguir, mesmo assim eu me animo com as possibilidades.
Sei lá o que irá acontecer esse ano. Tudo o que sei é o que pretendo: des-estabelecendo metas; dês-construindo expectativas; me desdizendo repetidas vezes.
Queria poder realizar meus antigos sonhos impossíveis, enquanto converso calado com as paredes do meu quarto em um romance imaginário.
Você me surpreendeu com suas palavras de sensibilidade e fez mais do que em qualquer brincadeira de mentiras nas quais sempre caio.
Não é novidade que existam inúmeras pessoas interessantes a ser encontradas ao acaso, virtual ou cotidianamente. O que muda tudo é o momento e o por quê fazemos nossas escolhas.
Quem me dera poder deslocar as coisas para experimentar te conhecer em outra ocasião desfrutando de algo mais que o virtual. Talvez seja por isso que luto todo dia em busca de uma vida minha, sem dependências ou medo de fazer escolhas difíceis.
Como sempre me complico nas palavras, vou resumir tudo isso em admiração e bem querer que eu guardo em segredo por você, dizendo: sim, estou sentindo falta de nossas conversas, em divagar sobre sonhos de como seria se...?
Vejamos a que respostas poderemos chegar conforme esse espaço sobreviva.
(Por isso aguardo passar dia 26, quando novamente em minha cadeira esperarei você vir conversar. Sendo que, na verdade, eu desejo muito mais do que apenas isso).