quarta-feira, 9 de abril de 2008

Duas luas no lado B

Quando é que vou aprender a deixar de ser burro?
Aprender a deixar de correr atrás das pessoas e viver a vida verdadeiramente?
Será mesmo que tenho tão pouco valor assim a ponto de ser tão desinteressante e ficar esquecido por não ter corrido atrás? E quando se lembram é rememoração de algo passado ou necessidade em interesses específicos. Se de alguma forma conseguisse me libertar verdadeiramente dessas algemas que são a carência e a minha forma patética de viver. Quem sabe não mudaria um pouco os sorrisos de areia que dou.
Se as leis de Murphy ainda quiserem agir sobre mim seria melhor que viesse acompanhada de comprimidos a fim de fechar meus olhos no doce descanso eterno. Beijar a terra, abraçar os vermes, contar minhas mágoas a quem me ouça em meu eco. E finalmente sentir o calor do abraço que a morte fria silencia em meu peito, minhas loucuras.
Posso fazer tudo por um sonho, mas infelizmente o sonho não pode fazer muito por mim, ninguém pode!
É no abandono que nos damos conta da dimensão do humano, tão solitário quanto a ilusão que estaria junto a outros.
Ainda sim se as tempestades piorarem, pode ser que mesmo o pingüim mais sábio de toda Antártida, se perca. E encontre cedo as desilusões de uma vida errada.
Diria ainda que houve um tempo em que encontrei todos “artifícios mágicos” existentes em mim e pensei que me tornaria feliz. Agora sei que eles somente funcionam quando dados a outros. Se alguém quiser me avise, pegue a faca e corte meu peito. Lentamente indicarei a direção de como realizar seus desejos e assim realizo os meus de morrer pouco a pouco tendo feito algo por alguém. Se ainda tiverem piedade respondam apenas minhas perguntas dizendo, por que é que negaram-me outros tipos de felicidade ou sorte?

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