segunda-feira, 2 de agosto de 2010

T.T Por que não brincamos de Eros?


Essa insônia em um momento descabido só me fez recordar o quanto o acaso é dialeticamente precioso. Digo isso, pois não sei determinar se é bom ou ruim. Na verdade eu não sei bem como julgar, parece que estou perdendo essa prática e me assustando dia após dia com as possibilidades nacionais de existência.
Que o viver ou o morrer são insuficientes a um passional, podendo até mesmo ser entendido como uma banalidade tão grande quanto às rotinas amorosas que esse e outros blogs descrevem, narram e sei lá mais o que, é plenamente previsível. E isso consegue repetidamente me entristecer.
As pessoas não mudam, as probabilidades são tão exatas quanto à inexatidão pode ser prevista (viva a física quântica e as que estão por vir). Não sei nem mesmo se poderia descrever isso como uma radicalização do desencantamento do mundo.
São sentimentos que inebriam a mente intensamente atingindo o que chamaria de alma (me perdoem, mas esqueci como se escreve em alemão. Talvez num segundo momento eu consulte o Norbert Elias). São coisas que estão se tornando feridas constantes aos meus amores fantasmas.
Desde o último selo que criei meu coração se tornou um pedaço plástico sem graça ou gosto. Algo que ocorreu no mesmo momento em que desaprendi tudo o que poderia fazer de mim uma pessoa com “orientação sexual” (Ri alto).
Cada “EX” importante possui uma característica que constituiria minha falsa força.
O primeiro guarda os segredos do amor cego.
O segundo os segredos do amor verdadeiro.
O terceiro o segredo do amor possível.
O último o segredo do amor ideal.
Se pudesse existir um quinto, seria exatamente aquele que me daria vida ou morte, mas quanto a isso me vacinei quatro vezes. Não me permito para além do que já vivi. Quero sim, e tento me tornar um eremita. Existem outras coisas capazes de acalmar a mente, e embora minha essência, se assim posso dizer, seja formada pela minha necessidade compulsória de amor (no filme Hedwig existem ótimas canções sobre isso) eu viverei a incompletude radicalizando outras potencialidades do meu corpo.
Viver essa meia satisfação, felicidade (escolha o nome que quiser) também aumenta minha melancolia, mas as forças que eu tinha foram roubadas e todo dia um novo sonho ou “conto de fadas” é destruído pelo acaso.
Minha nossa como eu queria encontrar a felicidade que a Teresa pode experimentar ao morrer. O acidente foi o fecho para tudo o que o casal merecia encontrar... Acho que as coisas estão começando a se complicar, talvez eu devesse simplificar um pouco.
A quinta forma de amor, a única capaz de escapar aos selos é o amor impossível. Ele não pode ser previsto, não consegue ganhar forma e não pode pertencer a ninguém. É uma forma de amor que escapa ao ideal e se torna uma coisa sempre além... não tem como eu determinar o que ele é porque eu não o conheço verdadeiramente e duvido muito viver o bastante para conhecer. Para dizer a verdade, eu acho que esse amor leva a vida toda para ser descoberto e só é reconhecido no ultimo suspiro de vida.
É com esse amor que provaria todos os sentimentos que guardei em meu peito sobre um ou outro dos “EX” ou “FUTUROS” amores.
Agora me perguntem, por que é que escrevo tais coisas?
Mais uma vez o mundo me provoca. Literalmente não tenho poderes para compreender o futuro, mas é sempre igual. As pessoas estão vivendo suas vidas e significando seus atos cotidianos. Qual a importância disso tudo, eu diria: Depende. Tanto pode ser o motivo de um universo todo existir, como outro acaso bobo em que variáveis desordenadas geram a sorte de um e o azar para outro que fica sentado diante de suas lágrimas, utilizando o “tempo” de vida que lhe resta para chupar dedo na espera de mais uma casualidade qualquer.
Meu diagnóstico sobre essa apreciação só pode indicar a tristeza a que meu coração nórdico foi amaldiçoado pelos atos destinados a terceiros, via msn, impulsos elétricos reais ou não... O mais clichê nesse momento seria dizer: “Ai! Fulano só ama quem não dá valor a ele”; “Vai colher o que plantou”; “Quando não procuramos o amor aparece, é só esperar”; e blá blá blá... Depois me criticam de querer ver logo a morte, mas é muito Blasé essa sessão da tarde chamada Vida.
Chega de me esconder nos blablaismos, isso tudo foi para dizer: “Não ame, não sinta. Use e manipule o que pode e quando sobrar um tempinho se auto-engane, ao menos assim terá um culpado a altura para poder punir”. Resumindo ainda mais, seja altista, egoísta e muitos istas... ou ignore tudo isso e espere um próximo astronauta vir te fisgar.
Devo admitir que não tomei partido ainda, estou pendendo para as duas escolhas, mas no momento que for necessário decidir eu jogo uma moeda e vejo se dá cara ou coroa.
Quando quiser é só me ligar para marcarmos de beber um bom vinho e discutir as chatices interessantíssimas do amor romântico.

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