Prefiro a sinceridade dilacerante de tuas palavras a
mentiras reconfortantes de inverdades e omissões. Foi ao acaso e no despreparo
que descobri meus equívocos sobre quem tu eras e desarmadamente fui cativado
por tudo o que não imaginava fazer parte da pessoa que tu és. Que tamanha
covardia ser você algo tão mágico e especial assim. Se eu tivesse conhecimento
prévio teria corrido o mundo de distância para me prevenir dessa proximidade
que já me viciou. Intensidade inebriante que é impossibilitada de ganhar
substancialidade para além do sonhado por mim.
Por favor, não me mutile ou maltrate mais do que eu mesmo já o faço por
utilizar as forças que tenho a fim de dar a você o que você quer e precisa, e
não o que eu almejo e descontroladamente desejo. Não acredito que seja culpa
minha ou de ninguém, foi algo dado aos acasos da vida que me deixaram de quatro
pela descoberta de um ser tão ímpar.
Meu medo é perder o que possuo hoje, mas acho tão injusto
não poder ser plenamente sincero, por medo de que isso seja pesado de mais as
suas vistas. Dessa forma, aquilo que tínhamos seria ameaçado pelo descontrole
de um sentimento incontrolável. Queria te perguntar o que eu faço? Pedir sua
ajuda, não por mim, mas por você. Porque eu gosto do que sinto, só não gosto que
isso vá na contramão dos teus objetivos.
Não gosto de me sentir um inconveniente o qual tu precisarias
medir palavras.
Não gostaria que se limitasse por minha causa e destruísse assim
nossa naturalidade livre de ser.
Perdão, eu disse que em algum momento estragaria as coisas e
juro que foi de forma inocente. Eu literamente não entendo como pude deixar de
não me sentir atraído por você. Tudo o que você parecia estar imune no passado
é agora ressaltado dentro de mim, me deixa zonzo, me deixa eufórico, me deixa
feliz e absurdamente passional.
E também um cadinho ciumento.
Que vontade louca de cuidar de ti, tanto da forma como você
deseja quanto não, mas que precisa.
Guardo em segredo o que só posso contar para mim mesmo, esse
dilema paradoxal de escolher contar tudo o que se passa e ver como poderia me
ajudar sonhando que nada iria mudar entre nós (ou se mudasse que fosse para o
que eu quero), ou então pagar o preço do mesmo acaso que me fez te conhecer,
fazer ver você lentamente indo... esfarelando como o tempo sempre faz, mas
libertar-me do que guardo no peito.
Talvez a melhor escolha seja manter esse amor platônico o
qual divide espaço com a doce amizade que me oferece sempre. Ir vivendo e
aguardando o tempo apagar a lembrança e os acasos que construíram essa
sentimentalidade, esses desejos.
“Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve
ser a pior maneira de gostar”
Quero manter-te livre e gozar da felicidade que posso
desfrutar de você, mesmo que para isso eu a limite. Me satisfaço dessa forma,
ao menos por hora, já que não sei o que é certo ou errado a se fazer. Não sei qual atitude mais adequada a tomar. E te peço perdão por gostar,
tanto,
tão rápido e desmedidamente assim...
tanto,
tão rápido e desmedidamente assim...
Num silêncio escorpiano que faz barulho, manterei a
fidelidade desse sentimento pelo tempo que minha memória e corpo resistirem.
Junto a isso, aquilo que sempre te digo: Obrigado, obrigado, obrigado sempre
pelo que me fez e faz sentir.
Amor pesado, amor doído, amor secreto, amor amigo... se pudesse ao soprar minhas velinhas realizar apenas um desejo, sei bem qual seria e como seria. Essa é a vida, desencontros que nem sempre se realizam.
Amor pesado, amor doído, amor secreto, amor amigo... se pudesse ao soprar minhas velinhas realizar apenas um desejo, sei bem qual seria e como seria. Essa é a vida, desencontros que nem sempre se realizam.
Um comentário:
"fiz mal a mim mesmo e me mutilei várias vezes pelo que não podia evitar, pois queria que um amor maternal pudesse criar, proteger e dar tudo aquilo que sonhava a pessoa por mim amada desejar, porém ferida. Ferida ao acaso pelo descontrole da vida ficou eu não ela, sofridos pelo perdão jamais a se realizar"
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