segunda-feira, 13 de abril de 2009
Um antes
Nossa que vontade de um abraço quente e inescapável.
Hoje vou escrever para você alterego, esperando uma vista que já há tanto tempo não nos faz.
Não sei se isso está relacionado à falta de uma vida boemia ou mesmo a necessidade de você ir de rua em rua, casa em casa na busca do meu par perfeito. Essa sua mania de ser cupido as vezes me incomoda. Ainda mais, quando temos de sentar com aquele outro lado mais nerd ou mesmo voltar atenções a criança interior.
Você sempre foi mesmo o mais rebelde e indelicado. Falando o que vem no inconsciente e bebendo muita vodca com Nietzsche. Em partes eu tenho mesmo que concordar que não tem nada de tão real ou tão importante em tudo, sendo esse tudo uma mistura de muita imaginação e pó mágico, que possa valar a pena em definitivo.
Assumindo a sua postura, eu pouco ligo se alguém será capaz ou não de compreender o que aqui está acontecendo. O negócio é nós nos entendermos e ponto.
Deixa eu contar o que tenho feito e depois se puder venha conversar comigo.
Hoje assisti Doug, li um livro, escrevi e-mails e ainda estou esperando a hora de ir fazer coco. Não fiz meus trabalhos e nem sei se vou fazê-los. Não fui ao cinema e não paquerei o Mister Potato.
A falta de dialogo e esse isolamento devem estar me fazendo mal. Minha atitude foi embora, você também não dá sinais de que vai voltar. Minhas histórias de falsas conversas em relacionamentos inventados não tem sido produtivas.
Os amigos de conversa e relações acadêmicas estão escassos, ao mesmo tempo em que os relacionamentos concretos estão se desmanchando pelo ar.
Minha virgindade incontestável está se tornando algo efetivado pelo tempo e sede de uma boca e corpo tremulo pronto entrega a manipulação.
Acho melhor ouvir menos “Collide-transfer”, e ler Paulo Coelho. Será que assim não estarei mentindo para mim?
Nossa por falar nisso, e a quantidade de boas surpresas que tive essa semana passada. Uns meninos bonitinhos, sem explicações do destino, com o futuro ainda incerto aparecendo em minha vida. Nessas horas meus dentes se afiam e sinto a vontade doce de beber sangue. Coisa que tem feito amigos se afastarem.
O que eu poderia fazer, se isso é um vício que até confunde-se com maldição?
Nossa como estou falando de coisas abstratas. Por falta de concreticidade nesse dialogo/monologo entre vômitos sucessivos de incoerência e desdizeres eu vou ser obrigado a parar de escrever.
Pior ainda é que encerro essa loucura na certeza de quem se expressa bem em nossa relação não sou eu, mas sim você. Se você me deixar definitivamente o que será de mim? Tantos já me deixaram, será que consigo fazer de você mais um ou deveria eliminar todo sentimento que tenho e te vampirisar totalmente até que não sobre nada?
Eu voto pela insensibilidade, espero assim conseguir roubar-lhe lágrimas e desespero que alimentarão meu sadismo e desejos de posse.
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