Um coração dolorido sente o peso da solidão inconectável que
habita nosso corpo. Em minhas entranhas sinto a dor dilaceral de encontrar em
cada rua, cada estabelecimento, cada parte dessa cidade a crueldade do nosso
silêncio. Embora adore brincar de signo não há vingança que modifique os
sentimentos doídos. Não vejo reparação suficiente para que a vida se inicie
mais uma vez.
Fomos distanciados à força a uma distância tão grande que correr atrás poderia levar uma vida inteira e ainda assim não sermos bem sucedidos. Toda vez que tento pensar o contrário vejo que não há disposição verdadeira o bastante de nenhum dos lados para passar pelas provações necessárias. A vontade vaza o corpo junto ao suor e os sons de “No regret” se tornam, também, distantes. Somos como em “Dolls” arrastados pelo fio do destino negando a realidade, esquecido, perdidos.
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