Egoísta eu, egoísta. Egoísta que me desejo e quero tudo
apenas para mim mesmo, eu e a mim (me desejo).
Fechado em meu mundo eu excluo todo o resto usando e
abusando apenas do que me faz feliz na minha medida das coisas. Se o real não é
valido posso sempre me refugiar no imaginado por mim. O mundo se dobra a minha
vontade guiado por meus olhos bocas e ouvidos complacentes.
Passando por cima dos outros, quando muito em confronto,
preciso analisar o quanto estou apto a fazer o mais positivo possível em meu
benefício sem que precise ceder tanto para tal. Nada de exorbitantemente novo,
essa é a relação social em que nós cada vez mais narcisos escolhemos o nosso
próprio sol e umbigo como centros de felicidade e ação. Desapegadamente os
sentimentos são meras reflexões do meu mundo murado. Pareço forte enquanto a
sustentação não ultrapassa esse espelho delirante do ideal individual, cada vez
mais em ascensão.
Em meio as tempestades, todos eus adentram o inconsciente e
são sublevados pelo superego. Dominadores e dominados giramos a roda da
consciência por personalidades diversas com um fim sempre semelhante. Preso a
essa vanglorização, megalomania, sentimentalização tão encantadas a minha
observação, eu me perco igual a todo mundo. Perdidos através de fotos, sorrisos
ensaiados, necessidades produzidas para reproduzirmos o ideal padrão de vida
plena. Assim segue a felicidade do Narciso refletindo e definhando em insensatez,
em esvaziamento da leveza do ser. Nos considerando tudo, somos pouco mais do
que um nada.
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