Anne Sexton - Barefoot
Loving me with my shoes off
means loving my long brown legs,
sweet dears, as good as spoons;
and my feet, those two children
let out to play naked. Intricate nubs,
my toes. No longer bound.
And what's more, see toenails and
all ten stages, root by root.
All spirited and wild, this little
piggy went to market and this little piggy
stayed. Long brown legs and long brown toes.
Further up, my darling, the woman
is calling her secrets, little houses,
little tongues that tell you.
There is no one else but us
in this house on the land spit.
The sea wears a bell in its navel.
And I'm your barefoot wench for a
whole week. Do you care for salami?
No. You'd rather not have a scotch?
No. You don't really drink. You do
drink me. The gulls kill fish,
crying out like three-year-olds.
The surf's a narcotic, calling out,
I am, I am, I am
all night long. Barefoot,
I drum up and down your back.
In the morning I run from door to door
of the cabin playing chase me.
Now you grab me by the ankles.
Now you work your way up the legs
and come to pierce me at my hunger mark
***
De que servem os anos, os objetos, infortúnios e
furtividades? Todas realizações, decepções, possibilidades, lágrimas,
sorrisos... qual o propósito que inventamos quando nós fazemos existência no
mundo?
Isso importa?
Na brevidade do tudo que nos é permitido conhecer, e na
indiferença dada pela realidade que a natureza nos apresenta, são estas questões
deixadas ao vento. Ao invés de pensar em viver devemos viver de fato. Ao invés
de refletir se de fato existo devo seguir minha plenitude de acordo com o que
me é ofertado agora. O presente momento (isso que por um instante fica preso as
lembranças perduradas pela nossa vivência) é o tesouro acima de qualquer
lembrançinha material. A experiência que pudemos ter de nos conhecermos para o
mundo pouco importa, para mim é um tudo muito importante. Um breve oi, um breve
adeus, como uma brisa que mesmo quando esquecida não tem anulado o prazer que
nos foi proporcionado. Assim busco palavras imensuráveis pela alegria de ter te
“conhecido”, redundantemente aqui repetido.
Na insustentável leveza de ser
Que sejamos sempre essa felicidade sem definição
pura e simples
assim como você
assim como o vento
Livres
Livres na mente e no coração
Essa foi minha impressão que de ti ficou
Abraços metafísicos
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