Queria poder pensar delicadamente em palavras às quais tirariam meu fôlego, denunciando assim a felicidade timidamente escondida atrás de lágrimas preguiçosas em meu rosto. Lágrimas teimosas que não sabem agir para o bem ou para o mau, elas ficam paradas sem me dar descanso.
Sinto-me rotineiramente entalado, entalado por lágrimas, por sorrisos, por abraços, por apertos no coração, por vaidade, teimosia e inexperiência.
Não procuro respostas, não procuro perguntas, simplesmente desejo um sentido, mesmo que ele seja dês-norteador, só quero poder me sentir bem por estar vivo. Bem, não pelos outros, mas para mim mesmo. Deixando de me sentir fracassado errando mesmo antes de tentar.
Riscando meu corpo, meu rosto antes mesmo de deixar alguém me gostar.
Fechando-me, trancado, jogando fora a chave e esquecendo onde fui deixado órfão sem sangue ou companhia.
Entretanto, não entendo por que estou reclamando se essas escolhas são minhas. Por que é que eu sempre escolho andar sozinho pelas ruas, estabelecimentos, residências? Meu pequeno ensaio sobre a cegueira.
Por mais que as escolhas sejam minhas elas também me superam e se tornam algo além. Cresce tanto que não sei mais controlar. Porém não desejo ser levado pela correnteza fluída e incerta desse tipo de vida.
Não gosto de rotina, mas gosto ainda menos de me perder. Sou sempre assim, não é?
Sou sempre o mesmo melodramático – passional – excêntrico – destrutivo (quase emo).
Sempre contraditório, complicado e quem sabe “bobo” (dizem que isso é bom, mesmo quando utilizam outras palavras para dizer-lo).
Continuo em dúvida sobre mim e sobre tudo. Duvidando em mentir para mim mesmo, adormecendo minhas tragédias; vendo o mundo em cor-de-rosa. Vivendo ainda num mundo em que a música “dancing queen” é melhor que o próprio viver.
Cadê a minha história, a minha cúmplice em enrascadas, desventuras e toda sorte em sortilégios para aquilo que gostaria de chamar... ?
Um comentário:
Hoje eu vou comentar, mas não sei o que dizer. Eu tenho algo a dizer, mas acho que não existem palavras para isto, ou melhor, acho que elas existem, mas ninguém pode saber... Mas eu posso dizer que eu quero muito poder "brincar" com você!
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