segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Continuação de: Alguma coisa igual a começo!

Vou continuar minha história mesmo que ninguém compreenda, pois ela corre em meus olhos de forma semelhante a um filme. Portanto, lá vamos nós...
Não tenho certeza, mas acho que dia três de fevereiro, todo atrevido e próximo a um sofá qualquer foi quando decidi nadar mais rápido cansando todos meus fluídos até atingir a redoma matriarcal.
Deflorada a inocência, a juventude sussurrada em ares de mudança. Mudança dos tempos, o muro de Berlim que iria cair ao mesmo tempo em que uma barriga cresce, pessoas nascem, ou trás morrem... etc.
Assim começa minha aventura, em um coito mal interrompido estava minha mãe grávida do meu pai (mais obvio só com pleonasmos).
Por meses tive de resistir a investidas de um chá forte, sabor canela, na tentativa de uma jovem reaver sua menstruação. Quando finalmente chega a notícia de sua gravidez é um alvoroço, um escândalo. Como pode uma menina de quatorze anos estar grávida!
Logo se acerta. A família da jovem decide pegar na espada e decidir na esgrima: ou casa, ou cadeia. Das duas formas toda papelada acabaria indo parar no Fórum.
Foi dito e feito, meus pais casaram-se e um mês depois eu nasci. Entretanto as coisas não foram tão simples, eu ainda tive de me segurar enquanto mamãe matava aula, subia em muros, corria, caia de bicicleta, ia para a beira do rio, talvez tenha mais coisas eu nem consigo me lembrar agora, só sei que em todos os casos ela estava barriguda de sete meses.
No dia 27 de outubro de 1986 eu fiquei cansado da rotina e monólogos solitários, decidindo deste modo conhecer novos lugares. Me ajeitei e comecei a fazer pressão, assim que minha mãe entendeu o recado começou a brigar com o médico. Ela iria fazer cesárea, mas uma injeção rack ninguém aplicaria, se quisessem teriam de aplicar uma geral.
Não tendo saída e conforme minha impaciência aumentava, deram meia vacina anestésica de tamanho poder. Em geral foi o bastante para que um atrevido conseguisse retirar-me de uma preguiça puxando-me para fora.
“_Mas vejam só o médico parece que é japonês!”
Eu olhava para um lado, para outro. Quiseram que eu chorasse, chorei; Quiseram que eu mamasse, mamei; Quiseram tantas coisas e eu aceitei.
Ainda sim minha mãe conseguiu ficar com depressão pós-parto e eu nem tinha demonstrado minha personalidade.
Por quinze dias fiquei de um canto a outro conhecido por “Bebê”. O nome secreto que meus pais haviam escolhido era significado de mais e tiveram de trocar.
Graças a Deus (que ainda existe nesse momento) naquela época existia televisão e assim ao invés de ser conhecido como Vimael decidiram que eu seria Renan mesmo, mas não o do vôlei. Seria Renan Menezes Cardozo o de Paulo de Faria, sem mais ou menos.
Ah, sim! (Memória é uma coisa louca né. Nunca linear e completamente incontrolável, por isso conforme eu for escrevendo alguns fragmentos vão, outros virão e assim se o Alzheimer me pegar um pedacinho de mim estará por ai sonhado em histórias).Então conforme ia escrevendo, tinha esquecido de registrar que eu nasci entre 10 e 11 horas da noite, ninguém sabe ao certo por causa do problema em relação ao horário de verão. O importante é que em ambos horários eu permaneço sendo de Escorpião com ascendente em Gêmeos.

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