quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Me-me-me...

Dorme em mim minha memória embebida por muito vinho, sangue e sentimento. Adoecendo mais do que meu corpo até atingir aquilo que chamaríamos vulgarmente de alma ou espírito.
O sopro de uma amnésia branca, azul, rosada (não consigo saber ao certo. Eu não me recordo) atacou minhas fotografias.
Minhas músicas, minhas palavras, meus sentimentos tudo esfarelou-se. Um pó satânico que corrói, corrompe e impregna as dimensões. Tudo está tão incerto, encoberto por algo sombrio, coisas as quais não consigo definir.
O que é medo? O que é a felicidade? O que é estar vivo?
Estou tão triste com essa magia... [Desanimo] [Alzheimer]
Estou tão petrificado com essa carência...
Estou tão perdido com toda urgência.
Em Pandora me inspirei para guardar quantos tesouros consiga, em cada pessoa que comigo esteja nos momentos de vida.
A maçã podre caída do paraíso a qual mordi e destruiu minhas fortalezas sexuais foram responsáveis também pelo seqüestro do deus Onírico e conseqüentemente o assassinato da Mnemosine.
Os lapsos já são a memória e a memória tornou-se pequenos fragmentos voando impacientemente, quando não, quando nunca, repousando poucas vezes no meu ombro.
Ao menos as lágrimas ficaram (des)significadas, os sorrisos transparentes, o ódio adocicado e o amor tornou-se “impar”. Coisas essas resultado dessa grande perda. Perda essa muito poderosa, assassina de mim, do eu, do alterego e qualquer outro morador.
Perda do metafísico e a insustentabilidade do empírico, do Padre Hume.
Não adianta trocar os óculos, tomar remédios, cantar Mari, dançar Ruana...Assim funciona meu espírito de elefante envolto na ejaculação farpada do TOC irmão, quase gêmeo da Depressão.

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