Às vezes parece que esse corpo que repousa na cama não vive. Não fluem líquidos, nem bate o coração. Em dado momento eu não percebo a respiração e os pensamentos se tornam mudos. Até mesmo o reino dos sonhos está bloqueado congelando radicalmente as reflexões. A isso eu não poderia denominar como dormir sem sonho, estado alfa de meditação ou mesmo a morte. Talvez não seja nada, ou é em si o próprio nada. Dominado pela apatia pós-moderna eu me perco em um não-lugar anacrônico em sua essencialidade. Salve então a dialética que toda manhã me desperta sem jamais querer ter acordado, e na noite insistente eu me deito querendo não voltar a levantar.
Mais uma vez me perco em confusões, embora agora com mínimas explicações aos casos narrados. Fui possuído pelo desencantamento do mundo e um criticismo racionalista do qual minha consciência está repartida em duas (o alterego e eu). Tudo isso piorado pela saudade de suas conversas negadas.
Eu que te admiro morro na desesperança de confirmar a negação do seu ser em relação a minha história. Se estamos vivos, já não me importa, da mesma forma que não me interesso pela realidade, eu só desejo a sinceridade dos meus sentimentos para com nossa amizade bloqueada no “Enjoy the silence”.Escravizado pelo ideal me enfureço quando você recusa em abusar de mim e não faz uso dos poderes que lhe conferi. Não se lamente pelo estado de ser em que você se encontra, mas reclame se preferir, da minha ineficiência no suicídio enquanto continuo desejando intensamente o que me foi impedido ou quem sabe algo tão grande que eu não pudesse dar conta.
Você é um tudo, um sonho que eu dividido em dois não tenho chances de me apropriar, porém estarei sempre na expectativa desse absoluto amor indecente e casual. São fatos ao acaso que fazem o cotidiano gostoso e ruim, como também minhas vontades e atitudes estarem norteadas nesse horizonte obscuro e distante de um: não sei silencioso...
Deixo outras reflexões para meu blog irmão.
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