Egoísta eu, egoísta. Egoísta que me desejo e quero tudo
apenas para mim mesmo, eu e a mim (me desejo).
Fechado em meu mundo eu excluo todo o resto usando e
abusando apenas do que me faz feliz na minha medida das coisas. Se o real não é
valido posso sempre me refugiar no imaginado por mim. O mundo se dobra a minha
vontade guiado por meus olhos bocas e ouvidos complacentes.
Passando por cima dos outros, quando muito em confronto,
preciso analisar o quanto estou apto a fazer o mais positivo possível em meu
benefício sem que precise ceder tanto para tal. Nada de exorbitantemente novo,
essa é a relação social em que nós cada vez mais narcisos escolhemos o nosso
próprio sol e umbigo como centros de felicidade e ação. Desapegadamente os
sentimentos são meras reflexões do meu mundo murado. Pareço forte enquanto a
sustentação não ultrapassa esse espelho delirante do ideal individual, cada vez
mais em ascensão.

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