

Talvez seja um vício querer me encaixar em algum fluxo homogeneizador, em algum grupo integrador de personalidade. Acredito que esse não lugar, esse limbo carnal e ao mesmo tempo metafísico, seja o meu grupo. Onde estou sempre negando, tentando me diferenciar para escapar a fixação dentro de um conceito.
Assim inicio uma briga entre ego e outros egos... Por isso também é que meu alterego intervém em algumas explicações. Renan por Renan, meu nome também poderia ser Lucas Silva e Silva diretamente do Mundo da Lua.
Uma novidade nesse tabuleiro foi a chegada do niilismo, principalmente anticristão (parece até pleonasmo), mesmo sem ter lido Nietzsche. Essas teorias e formas de viver estão ligadas a respostas que decidi dar para a vida nas provocações que me foram impostas.
A dês-importância das coisas e futilização do mundo ligam-se a isso, em uma transição da modernidade para um campo incerto e fugidio chamado de “entre-lugar”. Não confundam “entre-lugar” com “não-lugar”, o primeiro diz respeito a algo híbrido que me constitui na prática, mas escapa quando tento apreendê-lo (é o campo do real). O segundo diz respeito a um espaço ideológico que aflige pensamentos ligados a sensações (é o virtual/realidade).
Por essa barca navega Hercules demonstrando o turbilhão de autonomia e afirmação numa forma de personalidade em construção (salve Jung, okê arô Oxossi é caçador). Seria o primeiro passo de um adentrar a intelectualidade e arrogância ignorante, somados a guinada da auto-reflexão e meta-crítica que sacodem minha alma.
É tão gostoso estar em um “mundo em descontrole”, sabendo que “tudo vá um dia a explodir” enquanto eu persisto na busca por interlocutores. Muitas vezes os encontrando para perdê-los logo em seguida por acaso de desventuras de um destino...
Estou agora pensado: Será que sou uma Cigarra? Não faço nada a vida inteira e quando inverno chega procura um otário para sugar.
Na verdade, eu me consideraria mais um camaleão em que mesclo-me em meio às situações e camuflo de acordo com o que absorvo feito um vampiro manipulando igual a Maligna.
Por falar nisso eu amo a Maligna (Evil-Lyn) do desenho “He-Man”: “Pelos poderes de Grayskull” já falei bobeiras de mais. Futilidades por hoje: “Já deu, né?”.


Depois dessa eu prefiro pedir licença maternidade e arrancar os meus cisos.